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31.3.04

O último momento antes do fim 


Ah, ah, ahhhhhhh...Ela fechou a porta; trancou, evidentemente; sentou-se na cama. Olhou para ele e sorriu. Timidamente. Ele retribuiu, mas isso não importa, só vamos nos concentrar nela. Por enquanto; quando as coisas começarem a esquentar, a gente divide a atenção. Ou a tensão. Enfim, ela sorriu pra ele. Desviou o olhar e começou a tirar os sapatos. Eram sandálias, na verdade, com um leve salto, nada muito exagerado, afinal, ela era alta o suficiente. E bem bonita.

Tirou as sandálias e deitou-se na cama. As pernas levemente abertas, ligeiramente flexionadas. Soltou o cinto do jeans. Bem len-ta-men-te. Abriu o primeiro botão. Esperou a reação dele. Um sorriso, no caso (agora estão começando a importar as reações dele. Portanto, daqui pra frente, ele participará um pouco mais da história). Sorriu também e abriu o segundo botão. Ele tentou agarrá-la e abrir seus botões um pouco mais rapidamente. Foi rechaçado: ela afastou seu braço com um gesto delicado, mas enfático. E fez que não com a cabeça. Abriu mais um botão.

Abre parênteses: neste momento, ele quase não consegue mais controlar a ereção que teima em fazer com que seu pau comprima a calça, causando leve desconforto. Quando ele tentou abrir a calça, ela disse-lhe que não fizesse isso. Ainda. Fecha parênteses.

Finalmente terminou de abrir a calça. Evidente que tirou em seguida, sempre len-ta-men-te. Vestia uma calcinha preta, de lycra, bem pequeninha, cavada. Sua blusa tinha um decote grande que ia até o meio dos peitos. Aliás, seus peitos eram bem bonitos, mas ignore descrições físicas e permaneça concentrado na ação. Que vai esquentar. Tirou a blusa, sem sutiã. Seus seios perfeitos ficaram expostos. Agora, vestia apenas sua calcinha sexy.

Então ela deixou que ele também se despisse. O que fez rapidamente. Pulou na cama. O colchão era d'água e ela quase caiu. Riram bastante. Começam as preliminares. Beijaram-se longamente. Apaixonadamente.

Ele acariciou os peitos dela com carinho, mas com firmeza. Chupou-os. Os mamilos já estavam excitados neste momento. Apenas ela ainda vestia algum tipo de roupa. Mas ele resolveu isso rapidamente. Tirou sua calcinha e começou a chupá-la com vontade.

Isso era uma coisa que ele sabia fazer. E logo ela descobriria que sim. Nunca havia sentido nada tão bom, nunca havia gozado com tanta intensidade, profundidade e PRAZER. Quando ele terminou, ela ainda precisou de alguns momentos pra se recuperar das fortes emoções por que acabara de passar.

Então, ela o chupou. Coincidentemente, ela também era boa nisso. E logo ele descobriria que sim. Nunca havia sentido nada tão bom, nunca havia gozado com tanta intensidade, profundidade e PRAZER. Quando ela terminou, ele ainda precisou de alguns momentos pra se recuperar das fortes emoções por que acabara de passar.

E finalmente começa a putaria. Talvez eu deva poupá-los dos detalhes. Ou não... Treparam de todas as maneiras que conheciam. Por alguma conjunção astral bizarra, seus corpos se encaixavam com mestria inigualável, era como se tivessem sido feitos sob-medida um para o outro. O tamanho de seu pau e da buceta dela coincidiam milimetricamente. Suas alturas eram parecidas, as pernas se entrelaçavam num balé esquisito, porém muito ERÓTICO. Suas mão buscavam o corpo do outro nos locais que, embora não soubessem, eram os preferidos. E o toque era fantástico. Sentiam-se em chamas a cada toque.

As mão se afastavam, apenas para retornar logo depois, em local diferente, mas igualmente bom. As bocas se tocavam e se beijavam loucamente. E, naquele movimento de vai-vem, que, às vezes, -dependendo do parceiro- pode ser até monótono, era atomicamente sincronizado: ela se afastava, ele também; ela se aproximava, ele também.

Treparam por horas.

Quando acabou, largo sorriso adornava seus rostos. Além do cansaço inefável que sentiam. Não conseguiam se mover. Nem falar. Apenas sorriam idioticamente.

Depois de alguns minutos, ele se levantou. Foi até o banheiro, lavou o rosto, mijou e voltou ao quarto. Beijou-a uma última vez, vestiu-se, separou duas notas laranjas da carteira, pôs em cima da mesinha de cabeceira e saiu.

Foi a melhor trepada da vida dele. Dela também, mas ela encarou como se fosse rotineira.

Nunca mais se viram.

Kill Bill 


Por isso é que se fez o Kill BillPutaquepariu!!!!!!! Eu odeio o Bill Gates, filhadaputa!!!! Fato que estou indignado!!! Eu tava com um post maior lega aqui e ia postar coisas reveladoras -de verdade!- e aí o IE simplesmente apagou meu post. Filhadaputa!!! Era um post legal, mas agora eu não tou mais com pique de escrever aquilo de novo!!! E agora vou ficar um post inteiro xingando esse filhadaputa monopolista que oferece -quer dizer, obriga, impõe- aos consumidores, vírgula, nós, um produto de baixa qualidade, preço alto e suporte remoto. E remoto aqui não é porque seja on-line, não. É remoto de quase inexistente mesmo. Se a grande vantagem das janelas era a interface gráfica que facilitava o uso, isso já está acabando, o Linux já está mais bonitinho, mais fácil de usar e ainda -e sempre- é grátis. Ou melhor, livre!!! Software livre é o futuro! Cuidado senhor Bill, seu império está ameaçado, o senhor -espero que em breve- não mais será o ser humano mais rico do planeta ocidental. Ainda mais às custas do sofrimento virtual alheio! Há de chegar o dia em que ninguém mais se lembrará das tais janelas. E se alguém -um ancião, evidentemente- lembrar, será com indignação, como quem se lembra de uma derrota de campeonato ou uma ditadura que se foi. Seu grande FILHADAPUTA!!!

Ah, ele é bonitinho, mas tão sem-graça... 


Sabe o que é estranho? Ver uma menina soltar raio pelos deods e dar golpes com o... CABELO! Mas isso é no video-game. E eu nunca fui muito bom de video-game, nem de bola. "Não sou ladrão eu não sou bom de bola. Nem posso ouvir clariiiim" -com direito a desafino no clariiiim- e não sei andar de bicicleta. Quer dizer, mais ou menos. Fato que não...

Mas o estranho é que eu não consigo fazer piadinhas aqui no blogue. Talvez o meu (mau-) humor seja reativo e não criativo... se alguém fala alguma coisa, eu imediatamente faço uma piadinha. Não que seja boa, mas me esforço. Agora, quando sou eu que falo... sem chance. Portanto, se alguém quiser fazer piadinhas com meus comentários, sinta-se à vontade.

Mesmo.

Gostosa pra caralho 


Então, você não entendeu a mensagem?Quando você fica assim, com a boca meio aberta, a língua semi-pressionando os dentes de baixo, me olhando com olhos de ressaca (nunca soube bem o que é isso, mas sempre usaram pra mulheres sensuais. Por isso usei...) por trás dessas lentes que só fazem aumentá-los, respirando lentamente, seu peito arfando -subindo e descendo-, esse seu cheiro no ar (um cheiro bem característico) e as mãos no meu peito, você fica INSUPORTAVELMENTE SEXY

30.3.04

Felicidade induzida -o que quer que isso queira dizer 


Problemas? Nunca tive...E é só ficar contando histórias. As pessoas gostam, lêem, comentam eficam todas felizes. É tipo dar um prozac pra elas e esperar fazer efeito.

É engraçado como as pessoas reagem ao ouvir uma história, elas se entretem, se concemtram. Quer dizer, eu digo que é engraçado porque não é sempre que as pessoas prestam atenção em mim. E quando prestam, é sempre por alguma merda que eu disse ou alguma coisa estúpida que fiz. É foda não ter senso de ridículo.

Mas quando eu conto minhas histórias, tudo muda. Elas ficam atentas a cada detalhe. É bem legal, posso me pretender um diretor de cinema: sutilmente, mudo a locação, dou um movimento de câmera diferente, ponho um corte-seco aqui, um fade ali... quebro um pouco a linearidade da narrativa, meto um flashback no meio.

E elas ouvindo, envolvidas naquilo, tentando estabelecer alguma relação de realidade naquilo tudo. Ficam tentando saber se aquilo é real, falso ou meramente uma piada. Ninguém nunca sabe o que pode acontecer. E elas ficam buscando informações na minha biografia pra tentar estabelecer paralelos com o que está saindo da minha boca.

Mas não é sempre que as coisas dão certo. Às vezes eu não conto uma história boa, decepciono as pessoas, elas ficam me olhando como se eu fosse um imbecil -talvez eu seja mesmo- e não entendem PORRA nenhuma. E eu fico mal com isso, me sinto o maior dos imbecis e tomo mais um prozac. Aí me sinto bem de novo.

Na verdade, depois disso, me sinto um gênio incompreendido, à frente do meu tempo.

Olha isso... 


O cara do meu lado entrou num chat de fotos sexo e ficou vendo fotos de como aumentar o pênis. Talvez ele precise... sei lá. Evidentemente, não porei fotos... deixa o pau do cara pra lá...

Casa nova, é? 


Que beleza de vista, em Queirós?Subi os três primeiros andares de escada. Depois, cansei e peguei o elevador. Subi os outros quatro dentro da máquina. Fantástico: a porta fecha e, quando abre de novo, você está em outro lugar. Assim como as escadas rolantes. Você sobe sem subir. Mas a coisa mais legal que eu já vi foi uma escada rolante caracol. Nunca entendi como funciona sem engripar. Mas nada disso importa.

Só importa o que tinha no sétimo andar. Era o andar mais bizarro do prédio, era escuro. Era frio, tinha o teto mais baixo e umas empresas... curiosas: uma transportadora especializada em animais empalhados, uma gravadora de gravações de histórias pornô e o meu escritório novo. O aluguel era mais barato no sétimo andar e agora eu sabia porquê.

Sala 72. A menor dela, o aluguel era menor ainda; as janelas eram menores e a vista, uma merda...

Mas serviria aos meus propósitos...

29.3.04

O teto tá girando 


Sabe que eu te considero pra carlho?Eu estava bêbado, mas não tanto a ponto de não lembrar o que houve. Deviam ser umas duas -ou três- da manhã. Eu tinha começado a beber lá pelas oito ou nove. Haviam sido umas seis horas de bebedeira incessante, vários tipos de goró: breja, istanhéga, vodka, uiscão... maior estragação. Mas tudo bem, eu nem bebi tanto assim.

Ela entrou no bar e todos olharam. E não foi só por causa da saia curta e do decote. Pausa: decote. Que decote. Era um decote longo, vinha quase até o fim dos peitos dela. E eles eram muito bonitos, bem formados, do tamanho certo, bem redondos, firmes... Deixa eu voltar pra história antes que comece a pensar demais.

Todos olharam pra ela. Evidente que era bonita, charmosa e sexy. Muito sexy. Mas não era isso. Ou antes, não era só isso. Era a forma como ela andava e como olhava, claramente, todos nós nos olhos. Profundamente. E parecia que pedia muita ajuda.

Foi entrando no bar, olhando a todos. Caminhou por entre as mesas -ainda atraindo olhares, embora já houvesse passado aquele frisson inicial-, e sentou à minha. Do meu lado. Meus amigos, três, que estavam comigo olharam-se intrigados; antes de olhar pra mim, intrigados. Ela sentou e me olhou como se me conhecesse já há muito tempo.

Fato que também fiquei intrigado. Talvez a conhecesse, mas não lembrava mesmo. Talvez já tivesse tido algum tipo de relacionamento com ela. Pela cara dela, se tivemos algo, foi importante.

Mas eu acho que estava bêbado demais, no fim das contas... não me lembro do resto... não sei o que aconteceu, só me lembro, na manhã seguinte, de acordar do lado dela em algum quarto de motel.

26.3.04

Vinte minutos 


Passinho à frente, faz favor...O que se pode dizer em vinte minutos? Quanta coisa pode acontecer em vinte minutos? E se sua vida dependesse de vinte minutos, e vinte apenas? E se sua vida dependesse de vinte minutos e você soubesse? E se você soubesse e não pudesse fazer nada?

18:40

Ônibus cheio, trânsito pesado; congestionamento, a bem da verdade. Tudo parado. Av. Faria Lima, ali no Itaim, perto daquelas obras que mais parecem trincheiras de guerra: os buracos que estão sendo feitos para as fundações do túnel, ao menos por enquanto, são tão estreitos e fundos que só podem ser trincheiras.

Tratores indo e vindo. Sempre de ré, ao que parece. Com suas lentas rodas, e cheias caçambas, vindo de ré. Em sua direção.

-ESPERA AÍ!-

Deixa eu dizer que, se fosse um filme, agora entrariam os créditos iniciais e a história começa antes de onde parou. Mas não é flashback, é uma NARRATIVA NÃO-LINEAR (tem que explicar porque eu acho que não vou me fazer claro, então deixo explícito que é fora de ordem). São três pessoas no ônibus. Elas são amigas, mas já é hora de ir pra casa, e talvez o dia tenha sido estressante o suficiente para que elas não queiram conversar. Talvez algo tenha ocorrido ao longo do dia que fez com que essas três pessoas, que até se parecem fisicamente, não queiram conversar.

Um pequeno cão corre atrás de um carro vermelho que se move lentamente. O cão ofega bravamente, mas segue. É um vira-lata, mas é guerreiro, não se cansa de seguir carros atrás de carros. Uma das pessoas do ônibus vê o cão e se enternece. O cão nem a nota, segue acima de tudo, nada o alcança.

O carro dobra uma esquina, despista o cão e some na paisagem cinza e laranja. Fumacenta. O ônibus pára em todos os pontos, aparentemente. O caminho é monótono e lento. Muito lento. Nada acontece.

18:50

As pessoas sabem que vão morrer. Elas têm a certeza disso. Mas nada mais pode ser feito. Tudo está decidido. A morte dista dez minutos deles, dez míseros minutos. E essa certeza parece transparecer em seus olhos. Eles se negam a falar. Mesmo uns com os outros. Eles não abrem a boca. Não dizem nada. A ninguém. Nem a si mesmos. Não pensam, não há essa possibilidade. Eles sabem o que acontecerá, irreversivelmente, em dez minutos.

14:30

As três pessoas saem de suas respectivas casas. Com uma estranha sensação de que algo estranho acontecerá. Algo que será, de alguma maneira, determinante. Talvez todas as coisas, no fundo, bem no fundo, sejam determinantes. Ainda que determinem coisas pequenas. Mas tamanho é relativo, mesmo...

15:40

O ponto de encontro era um bar, na Vila Madalena, perto do Sujinho, mas não importa... A cerveja era cara, mas eles tinham dinheiro o suficiente. Chegaram praticamente juntos, com meia hora de atraso. Sentaram-se num canto e conversaram. Beberam. Mas não riram. O tom solene da conversa manteve-se por todo o encontro.

18:56

Começam olhares. Apenas olhares. Suores... sem sorrisos. As mãos apertam-se nelas mesmas, os dedos crispam-se em desespero.

05:36

Sonhos estranhos permeiam o sono das três pessoas. Há visões do que se consideraria -por puro senso comum- deus e diabo. Vida e morte e todos esses clichês premonitórios que se habituou sonhar antes da morte propriamente dita. Quer dizer, efetivamente dita.

18:57

Cento e oitenta segundos, três minutos. A fúria. O medo. Somos,afinal, todos extremamente frágeis ante os desígnios da vida. Da morte, no caso. Não foi culpa daquele carro funerário que quase bateu no ônibus momentos antes. Não, não, eles já sabiam, não é uma certeza que começou dentro do ônibus. Não foi nenhuma epifania; mais uma revelação.

16:27

Almoçam junto, conversam banalidades. Riem, despreocupados. A certeza atroz que pairara sobre eles por todo o dia já se dissipou. Ou antes, omitiu-se.

18:58

Sabem que nada poderá adiantar ou atrasar seu destino. Só lhes resta aguardar, imaculados, os dois minutos que faltam...

15:59

O último gole de cerveja é servido. A solenidade do evento já se desfez. Quase por completo. Quase riem. Rirão, sabem disso. Em breve, talvez em outros ares, talvez... A leve embriaguez do álcool os afastou da certeza da morte. Quem sabe, se morressem bêbados, não sofressem tanto. Embora não estivessem sofrendo.

18:59

A qualquer momento tudo vai acabar. Aliás, não é a qualquer momento, é no momento exato que chegará em exatos sessenta segundos.

19:00

O ônibus pára no ponto. As portas se abrem, alguns passageiros descem, muitos sobem e as mãos das três pessoas se seguram fortemente. A do meio fecha os olhos e, entre lábios, sussurra um mantra hindu. A da esquerda apenas derrama uma lágrima. Mas é a da direita quem aperta o detonador que manda o ônibus pelos ares.

57 pessoas morreram, 29 ficaram feridas. Três dias depois, nova onda de atentados chocou a cidade, mais de 350 pessoas morreriam em apenas um fim-de-semana. A guerra civil durou dezoito meses, três presidentes foram eleitos e depostos em quinze meses, 4587 pessoas desapareceram e todos os milicianos rebeldes foram mortos pelas forças do Estado.

Depois, uma ditadura militar se instaurou, durou 16 anos e todos aqueles que se sacrificaram -em vão- pelo fim do regime ilegal foram cruelmente assassinados.

Anos depois, nos livros de escola, ensinava-se que a explosão do ônibus havia sido o estopim, que as três pessoas eram os piores criminosos de guerra do país. Mas ninguém comentou os motivos que os levaram a cometer esse crime. Nem eles mesmos.

25.3.04

Burocracia de cu é rola! 


Colabore com a burocracia, vote aqui.Será que não? Na verdade, não foi o que me disseram. Aliás, é engraçado isso: não me disseram e eu acreditei. E o interessante é que, há muito tempo, deixamos a cultura da oralidade para uma cultura de visualidade. Não importa mais como palavra -digna de crédito e crença- apenas a palavra. O que conta como palavra é o que se viu, não o que se disse.

Mas tudo bem, não era nada daquilo, mesmo. Tudo que estava sendo dito ali, tudo que estava em discussão, tudo que se cogitou discutir, tudo, ABSOLUTAMENTE tudo!, era falso. Uma mentira. Nada daquilo fazia sentido, e tudo era como se fosse uma cortina de fumaça.

Um mero desbaratino para acontecimentos muito maiores, como se toda aquela discussão fosse uma desculpa, não sei explicar. E todas aquelas pessoas lá, flando, discutindo, brigando, batendo boca e não chegando a lugar nenhum.

De repente -e não mais que de repente (argh!)- alguém lançou o comentário mais aguardado do dia, pelo menos por mim: "Isso é mentira!!!"

E todo mundo ficou indignado e quiseram expulsar a pessoa que lançou a pérola, tentaram fazer uma votação pra ver se ela poderia permanecer ou não, se era legítimo ou não. Se era permitido ou não. Mas a pessoa que lançou a idéia se levantou e saí da sala. Ganhei a rua, comprei uma cerveja e ri -muito- da babaquice alheia...

24.3.04

Pede água! 


Tinha muita gente na sala. As janelas estavam todas fechadas, o ar desligado -o que ainda não descobri se é bom ou mau- e todo mundo reclamando de frio. E tudo, tudo fechado. Nem uma frestinha, nem um vão. Nenhum lugar por onde o ar pudesse entrar.

Senhoras e senhores, o ar foi feito pra circular. Ele não é uma coisa pra se ficar aprisionando, guardando. Oquei, talvez oxigênio, nitrogênio...

Abre parênteses: será que nitrogênio é uma pessoa extremamente inteligente porém explosiva? Tipo... nitro-gênio? Oquei, assumo que foi ruim. Sim, reconheço que errei. E fecha parênteses.

Os gases que compõem o ar talvez sejam aprisionáveis, mas são elementos do ar. O ar NÃO foi feito pra isso! Portanto, abram as janelas, deixem o ar circular.

Ei, eu tou falando com você! 


Obrigado, valeu. Depois eu te agradeço direito.

Pára de ser BURRÃO!!! 


Cabaço...Ontem eu comentei com a minha mina que eu ia falar sobre alguma coisa aqui. Mas não lembro o que era. Então, gatinha, se você lembrar, faz favor, faz...

23.3.04

HAHAHAHA 


HAHAHAHAHA!!!!! Foram vetados os quinze minutos. Fato que darei linha agora. Em três, dois, um... linha!!!

Um sobre quatro 


Um quarto de hora. 25% de uma hora. Quinze minutos. Novecentos segundos. Quer fazer um favor? Vai aí me fazendo uma contagem regressiva até o zero e, quando chegar, me dá um toque que eu dou linha. Mestríssimo...

O riso como forma de subversão 


Aê, cabação, aproveita que Jésus te amaEu não gosto de palavras como "convenção", "instituição", "institucionalizado". Se uma coisa se torna convenção é porque as pessoas já se HABITUARAM a aceitá-la sem questionar. Se é uma instituição, a mesma coisa.

Eu gosto de palavras como "duvidar", "questionar", "escrachar". Aí sim a gente permit que as coisas não nos deixem cristalizar. E isso também nos possibilita crescer.

Aê, galerinha, o negócio é o seguinte: sair aloprando tudo que pareça, mesmo que de longe -e bem de longe- conservador!

22.3.04

Criminoso violento à solta em São Paulo 


Vai, vai, vai... vou te mandar subirCuidado senhoras e senhores, vocês estão lidando com um perigoso meliante. Um mau-elemento, um câncer da sociedade. O inimigo público número um. Não, não sou Clara Crocodilo, nem Charlie Manson. Mas também sou um facínora. Um câncer -repito- que deve ser extirpado antes que chegue à metástese. Cuidado comigo. Atenção, mães, tirem suas filhas da rua. Elas não são mais seguras. Enquanto eu estiver em liberdade, todos correm perigo. HUA HUA HUA HUA HUA HUA!!!!!!

Miguel 


Aê, vamo dá um migué?Hoje de manhã tava chovendo e foi difícil acordar e ir pra escola. Na verdade, a chuva é sempre uma boa desculpa. Eu não estava, na verdade, nem um pouco afim de ir à aula. Quer dizer, médio. Eu até -e ressaltando bastante o até- queria ir pra ver a professora, que é uma gostosa e fica empinando a bunda pra classe. Calma, não pense mal dela: ela dá aula de Biologia e, quando vai demonstrar os problemas cervicais, demonstra de uma maneira, digamos assim, plástica.

Mas esse é apenas um detalhe. A questão é: existem detalhes grandes? Ou detalhes obrigatoriamente implicam pequenez? E por que no Brasil nós usamos essa palavra e não a que se usa em paragens lusitanas: pormenor? E fecha parênteses...

De qualquer forma eu não queria ir à aula, queria ficar em casa, dormindo, bem tranqüilo, embaixo das cobertas -não que fossem muitas, mas ao menos um lençol- e, evidentemente, bem confortável. Mas não me deixaram dormir.

Apesar da chuva, me acordaram, me enfiaram no banho e me fizeram tomar café. Café é bom, mas quando é bom. Declarações imbecis. Momento de retratação: café é bom quando é forte e amargo. Sem açúcar. Açúcar me faz mal, me deixa hiperativo. Quer dizer, cafeína também. Então, eu opto...

Saí na hora... eu bem que tentei dar um migué pra me atrasar um pouco, mas foi em vão. Fato que, quando se trata de escola, um atraso sistêmico & sistemático de pelo menos meia hora é fundamental. Saí na hora. O que não quer dizer que eu tenha chegado na hora. Atenção, senhoras e senhores, sair na hora não implica chegar na hora. Existe sempre, e eu digo SEMPRE, uma maneira de dar um migué. Puxa, no meio do caminho eu encontro um amigo, fico com vontade de mijar, o metrô atrasa, paro pra comprar uma breja, um rango, sei lá...

Cheguei, providencialmente, atrasado. Era aula de Matemática. Caralho. Teoria dos números complexos. É tão complexo que lida com raiz de número negativo, coisa que não existe. Sabe quanto vale raiz de menos dois? Vale i... é sério, vale i. E sabe pra quê que serve? Pra fazer asa de avião. Agora me diz como um número que não existe entra no cálculo pra fazer asa de avião. Mas é uma boa desculpa: cai um avião e, imediatamente, a companhia alega "Puxa, foi uma fatalidade, mas vocês têm que ver que, na confecção dos aviões, são utilizados números aque não existem. Ainda não encontramos a caixa preta, mas acreditamos que uma possível causa é justamente essa." E, nós, meros mortais imbecis e iletrados nos números, acreditar.

Agora eu preciso ir embora, mas a minha história continua a qualquer momento. Fiquem atentos. Eu prometo que vou começar do mesmo jeito, pra vocês acompanharem.

Viu como sempre dá pra dar um migué?

19.3.04

Dear Deer 


Querido, olha a estrada
Era só o silêncio. Todos os barulhos tinham cessado. Todos, rigorosamente todos. Nem um pio. Nada. Zero. O famoso "PORRA nenhuma". Silêncio. E ele continuava repetindo -embora sem se ouvir- as mesmas palavras. Continuava, mesmo após tanto tempo -apesar de a percepção do tempo ser relativa- a repetir aquelas palavras. De alguma maneira faziam sentido, sim. Talvez não soubesse explicar, mas o fato de repeti-las, incessantemente, fazia com que se sentisse bem. Reconfortado,eventualmente.

Três anos antes, numa noite de Natal, ou no dia 24, talvez, as lembranças já não faziam muita diferença. Na verdade, ele nunca soube;de alguma forma bizarra, seu cérebro meio que apagou os eventos na forma como eles realmente aconteceram. Ele sabe de tudo que aconteceu, sabe que foi, de certa forma, o grande culpado e sabe que tudo aquilo era -havia sido- irreversível. Mas não sabe como aconteceu.

(Por sorte, dispomos de um narrador onisciente -digam "Amém", caralho! Olha o respeito...- que também testemunhou tudo e pode nos narrar. Atenção, para a continuidade da narrativa é necessário um depósito no valor de R$1,99 na conta do narrador. Deposita aí, senão ele não conta a história...)

Claro que estava chovendo, senão não haveria história. E, como poderia começar uma história sem abusar dos clichês? Atenção, você não está lendo nenhum gênio da literatura. Atenção: NÃO SOU LUIZ RUFFATO... embora quisesse. Minhas histórias são clichês, sim, mas o que posso fazer?

Chovia, a estrada estava molhada, e os freios não estavam lá grande coisa. Mas ele estava dirigindo numa boa. Sabia do perigo que corria. Aliás, não corria. Ia a uma velocidade confortável e segura. Só que nunca imaginou que aquele cervo fosse atravessar a rua. Aliás, por que o cervo atravessou a rua? Envie sua resposta para este imeio que as respostas mais criativas vão ganhar... nada!!!

Atropelou o pobre cervo. E deu sorte. Quando as quatro pernas do viadinho quebraram e seu corpo invadiu o habitáculo do carro, conseguiu se abaixar um pouco, apenas o suficiente para não morrer. Mas ela não. Não se sabe se não teve tempo, se não teve instinto ou se simplesmente quis morrer.

Calma, revelações pesadas. No meio da história, como quem não quer nada, talvez faça com que as afirmações percam sua força literária. Meu editor me disse que eu era leviano em algumas afirmações, que eu fazia com que elas perdessem a "força literária". De qualquer forma, retomarei a história de onde parei.

Ela já tinha uns desejos de morte havia algum tempo. Estava cansada da vida, do emprego, dos amigos. Até dele, que por anos a fio, havia sido a coisa mais importante em sua vida: foi ele que a salvou do naufrágio do iate em que ela perdeu toda sua família. Ela tinha apenas dezenove anos. E, desde então, devotou-se sempre a ele. Mas agora queria morrer. E planejava, até, sua morte.

Quando ela viu o cervo, fez questão de não se mover. Sabia que ele a acertaria em cheio. Evidentemente. E ele apenas... apenas?... ficou surdo. E tudo foi silêncio desde então. Na vida e na mente dele. Ah, no coração também, mas a narrativa ignora esse detalhe porque, se contasse do meu jeito, esse sentimento perderia sua força literária.

17.3.04

Conto de terror, morte e pânico 


Todo o terror daqueles tempos voltariaTalvez seja verdade. Talvez, não. O fato é que me contaram assim. E vai ser assim que vou contar. Quer dizer... Bem... Na verdade não foi bem assim. Foi mais ou menos, mas a essência é a mesma. Você se importa com a essência da história? Tudo bem, ela não mudou. Só um pouquinho, mas você não vai nem perceber. Aliás, nem sei por que estou falando isso, você não ouviu a história, eu ouvi. Você não tem como saber se eu mudei algo ou não, né? Mas tudo bem, eu vou contar a história e ponto final. Ponto final.

Era uma vez...

Não, não, peraí. Deixa eu começar direito, assim tá muito cara de conto-de-fadas. E nós NÃO queremos isso, queremos? Fala "não" que você acerta. Certo, então estamos combinados. Então vamos começar logo essa história que você já tá lendo há um tempão e nada acontece.

Aliás, por falar em nada acontece, não te dá uma agonia quando você tá vendo um filme e não acontece nada? Você fica lá, esperando a ação, esperando acontecer alguma coisa, esperando um pouquinho, pelo menos, de aventura, e nada. Nada. É muito chato, nada acontece. E quando você começa a ler um livro e o cara fica divagando, naqueles fluxos de consciência -inconsciência, às vezes- intermináveis e você, ali, esperando algo acontecer. E quando você tá xavecando uma mina e ela até corresponde, mas nada acontece. Você tá a fim, ela também e nada acontece.

É, realmente é uma merda. Mas deixa eu contar minha história, senão vocês acabam parando de ler e eu perco meus fãs. Todos os três. Aí fica foda, como vou viver na sociedade do espetáculo sem fãs? Como perder meu status de celebridade? Aí eu ia ficar deprimido, chamar o TVFama pra contar minha trágica história, até imagino o GCzinho que os caras colocariam: "Famoso escritor perde fãs e tenta suicídio ritual". É foda ser um superstar nos dias de hoje, você tem muito a zelar pra não perder sua pose.

Deixa eu começar minha história. O dia começou como um dia qualquer. Peraí, preciso cagar.

Ufa. Agora que já caguei, estou bem melhor pra contar. Ué, a campainha?

15.3.04

Você acha pouco? Eu podia estar com o termômetro no cu, PORRA! 


Brrrrr... Tou com calor!Caralho!!!! Eu odeio ficar doente! Além dos trezentos e cinqüenta milhões, quatrocentos e trinta e sete mil, oitocentos e quarenta e quatro dias que fiquei de cama, o único dia em que consegui sair da cama, foi pra sair com ela e... bom, já sabia que não ia poder beber, que não ia conseguir comer nada. Mas achei que fosse conseguir, pelo menos, trepar. É, talvez eu seja ingênuo demais... Otário! Burrão! Cabaço! Doente! E ainda gerou preocupaçãonela, né? Você acha isso bonito? É, sua mãe deve achar uma graça...

PORRA, toda vez que a coisa começava a esquentar, começava a esquentar mesmo. Meio que: eu começava a esquentar demais. Eu lembro quando meu carro começou com frescuras, uma época: andava três quarteirões ecomeçava a ferver. Fucking radiator... isso, em inglês, significa, radiador do caralho! Enfim, me senti a velha Unosa. Radiador zoado, quando começa a diversão, a luz vermelha acende e começa a vazar água e a sair fumaça. Quer dizer, vapor...

Fato que fiquei puto da vida, mas fazer o quê? Talvez, largar a mão de ser burrão e parar de sair pra trepar quando tiver com febre. Ou, parar de ser burrão e ir ao médico ao primeiro sinal de febre, PORRA!!

13.3.04

O que dizer a seus pais 


Só... podicrê... tô ligado...

Jisuis mininu, esse cara é o fio do dêmu! 


Jesus te ama. E daí?A questão é: por que será que Maria Madalena foi perdoada? Bom, claro que os cristãos dizem que é porque ela se arependeu e se devotou ao senhor e tal... Ah-han... e, claro, eu nasci ontem. Ou melhor, no século XII. Fato que acho que não. Acho que ela deu pro JC e, assim, comprou seu perdão.

Quer dizer, comprou, não. O velho JC a concedeu, mas acho que ela não fez com esse intento, não... Talvez ela tivesse pena daquele cara parecido com o Oswaldo Montenegro, com uma tiara sadomasô, crucificado como um criminoso comum e resolveu dar a ele uma última alegria: uma gulosa. Afinal, seria difícil trepar com ele naquela posição.

Oquei, cristãos, me excomunguem, é tudo de que preciso pra completar a minha missão aqui e atingir a plenitude da alma que todos vocês buscam. Acho que, aí sim eu poderei transcender a níveis mais iluminados da existência.

11.3.04

Todo homem tem seu preço. Será? 


Ay, que nerbios...É porque tava chovendo pra caralho. Se não fosse isso, faria o que precisava. Mas talvez não tivesse coragem. A chuva, no fim das contas, foi uma ótima desculpa. Eu estava, sim, com medo de fazer aquilo. Não que nunca tivesse feito isso antes, mas sabe como é, né?

Ah, não sabe. Bom, conforme eu for contando, explico melhor. O fato é que, por volta das quatro da tarde, começou a chover. E chovia aos cântaros.

Pausa. Beleza, finalmente consegui usar a expressão "chovia aos cântaros", achei que só ia ouvir gente velha usando. Fato rápido: cântaro vem do grego, kántharos, pelo latim cantharu, é um substantivo masculino e um "vaso grande e bojudo, com uma ou duas asas, de barro ou de folha, para líquidos" (fonte: Dicionário Aurélio).

Retomando: chovia pacas. Não que chovessem pacas, mas chovia muito; foi o que quis dizer. E sabe como é São Paulo, caem três gotinhas e, num piscar de olhos, todas as pessoas saem com seus carros à rua só pra poder ficar todo aquele congestionamento. Até porque a cidade quase não tem problemas com enchentes...

Com um trânsito desses, fica impossível sair (olha a desculpa esfarrapada aí...). E eu tenho responsabilidades, tenho coisas a fazer e contas a pagar. Mas não queria fazer. como já disse, estava com um pouco de medo. Claro que isso é uma bobagem, afinal, não sou nenhum amador e já fiz isso diversas vezes. Será que eu tou perdendo meu feeling pra essas coisas? Claro que não! Preciso parar de ser um imbecil.

Mas é que, nessas condições, até um cara mais calejado como eu se assusta. Não é todo dia que um pai encomenda a morte da filha. Única. E pede requintes de crueldade. Eu devia é cobrar mais caro por esse tipo de serviço. PORRA! O cara devia era conversar com um psicólogo sobre isso, não me contratar pra matar a guria.

Enfim, eu disse que sou um profissional. Talvez nem tanto. Mas depois eu descobri que o cara nutri um amor incondicional pela filha, com uma sexualidade incontornável e, sendo um cara muito cristão, preferia vê-la morta a fazer qualquer coisa com ela. Antes uma morte nas costas que um incesto. Sei lá, cada louco com sua mania.

Fato que, no dia seguinte, eu devolvi a grana e disse que não podia fazer...

10.3.04

Abre farol, abre logo... 


blim, blim, blem, blammmm...Numa esquina -congestionada, claro-, parado num farol, tudo pode ser só barulho. Ou não.

Num posto, dois frentistas tocavam alguma sorte de xilofone. Talvez fosse, de fato, um. Talvez fossem barras de ferro sendo percutidas por chaves-de-fenda, alicates e martelos, para os compassos mais altos. O ritmo seguia sempre quase igual, o andamento não era perfeito, e as notas não necessariamente se seguiam. Mas o som era agradável. Sutil, talvez. Ao menos afinado.

Uma velha louca gritava e dirigai-se aos carros, meio que nos obrigando a todos a comprar suas balinhas. Coitada, louca foi força de expressão. Mas com seus cabelos desgrenhados, sua boca desdentada e gritando alucinadamente, foi a impressão que tive.

Talvez em São Paulo nem tudo seja barulho, talvez ainda exista algum som agradável. Mas é claro que essa é a percepção de alguém chapado.

9.3.04

Que fome... 


PORRA, que larica dos infernos!Achei que hoje eu fosse ficar sem almoço, mas, após uma longa jornada automobilística, deu tempo de passar em casa e tomar banho. Mestre!

Foda foi passar o dia no carro. Ir até Santana, Itaim, depois ir até Alphaville, voltar pro Itaim, ir pra casa, tomar banho (e olha que hoje nem é sábado!) e vir pra Santa Cecília. Santa paciência. Santa saúde de ferro, Batman.

6.3.04

exPIRAÇÃO 


Ah, então você VAI sair comigo!Eu descobri de que jeito você me inspira. Sim, eu sei que é meio chato ficar falando sobre isso aqui, que isso não tem nada a ver com a proposta do blogue e tal, mas é que foi uma descoberta boa.

Normalmente, quando eu me sinto inspirado por alguém, é uma coisa meio obsessiva, eu fico pensando só naquela pessoa e nada mais.

Com você é diferente. Eu fico pensando em você, claro, mas eu fico pensando em mim, também. A inspiração que você me gera talvez seja o estímulo que eu precise pra fazer determinadas coisas. Por mais triviais que sejam.

Isso sem falar que você é uma mulher incrível. Altamente surpreendente. E sagaz. Você tem uma forma de perceber certas coisas que me assustam um pouco, talvez seja seu lado bruxa. Talvez eu seja ingênuo demais. Inebriante. Só uma palavra. Essa.

Mas o que mais me assusta em você é a forma como você me desarma. Ou como eu me desarmo. Sei lá, você tem essas coisas. Não sei -ainda- explicar muito bem isso. Mas é esse tipo de coisa que você gera em mim.

Em poucas semanas você me fez progredir mais do que, talvez, em diversos anos.

Claro que eu posso estar só apaixonado e exagerando tudo; mas enquanto for bom, tá valendo.

5.3.04

Flash é maior legal! 


HTML de cu é rola

Pesquisa infrutífera 


Putz! Outro dia eu fui procurar no Google uma imagem pra pôr aqui no fraldas, no post que tem a capa do disco do Ultraje. Eu dei um google em Ultraje a Rigor, na parte de imagens. Caralho, a segunda -PORRA, logo a segunda...- foi uma do Roger pelado. Bizarríssimo, ele com os braços cruzados, pau duro e aquele sorrizinho dele, meio cafajeste... aquele meio "E aí? Vamo Fazer amor?" que no rola no fim da Festa... se é que você me entende. Obviamente, este post não terá ilustração, não quero passar vergonha ao publicar no fraldas uma foto do Roger pelado...

insPIRAÇÃO 


Quando é que você vai sair comigo?Algumas mulheres me inspiram. Outras, não. Você me inspira, está no primeiro time; grupo de elite. Mas com você é diferente. Você me inspira de uma maneira estranha, diferente de tudo aquilo que já me inspirou antes.

Outras mulheres já me causaram esse comichão, essa coisa que eu tenho que me irrita bastante: na presença dessas mulheres eu fico meio afoito, afobado mesmo... é bem difícil eu me comportar devidamente na presença de mulheres como você. Por mais que elas me dêem a brecha de que preciso. E você dá.

Mas, de qualquer forma, é uma coisa diferente a forma como você me inspira. Oquei, eu sei que é a maior furada ficar tentando descrever uma coisa como essa. Aliás, usando a palavra "coisa" só dificulto mais.

Deixa eu tentar...

É que as gurias sempre me trazem uns sentimentos -além dos depravados, que, afinal, não sou de ferro... e nem quero ser- meio românticos, umas neuras de fazer poeminhas e ficar pensando nisso um tempão, me dedicando a isso. Você, não. Você me surpreende de uma forma tão extasiante que fica difícil explicar mesmo. Talvez sejam as pequenas coisas que você lança no meio do papo. Assim, como quem não quer nada...

Essas coisas que você faz sutilmente... falar disso ou daquilo. Ahn... oquei, será que tenho que ser mais explícito? Sei lá, você falar, como quem não quer nada, que gosta de coisas estranhas. Ou então, virar do nada e lançar, ao melhor estilo "nós mulheres somos meio bruxas", uma pérola dessas: "Quando vai estrear o filme do Tarantino?" O quê? Você tem certeza que você tá falando do Kill Bill? Ah, claro que seu filme favorito é o Cães de aluguel, não poderia ser outro. Quier dizer, a menos que o meu também fosse...

Cara, que mulher incrível. Desculpa aí, mas é que eu fiquei com preguiça de escrever mais sobre você. Às vezes -leia-se, quase sempre- eu acho que escrevo demais e ajo de menos... mas tudo bem, acho que você vai me entender. É o que espero, afinal, não é todo dia que se tromba uma guria como você.

Senhoras e senhores, informamos que dentro de alguns intantes o show vai começar. Por favor, permaneçam em seus lugares, desliguem pagers, celulares e aparelhos eletrônicos e aproveitem o espetáculo. Sim, senhoras e senhores, ela é o ESPETÁCULO

3.3.04

Nerdice pouca é bobagem 


Oi, posso ajudá-lo? Meu nome é Billy ShearsEu tenho sempre a tendência de fantasiar as coisas: fico imaginando diálogos, situações, historinhas. E nelas é bem legal porque, como vêm todas da minha própria cabeça, eu posso fazer tudo do meu jeito. E eu sempre perco mais tempo procurando uma imagem legal, com a qual eu me identifique, que escrevendo o post mesmo. Talvez isso tenha a ver com todo aquele papo de ser falso e tal, mas ninguém quer saber disso, mesmo.

Eu sempre sou o grande herói nos meus devaneios -será que eu posso chamar assim? Ou só quando estou doente ou drogado que é devaneio? Delírios? Alucinações?- e não há Stallone ou Schwarzenegger que se compare, sou mais forte, mais inteligente -até porque devo ser mesmo. Pelo menos mais que o Rambo. Talvez não mais que o Predador, afinal, ele se elegeu governador da Califórnia.

Abre parênteses, ainda bem que o Brasil não tem esse mau-hábito histórico de eleger atores famosos para cargos públicos. Até onde me lembro, o mais longe que alguém chegou foi o Agnaldo timóteo, que foi deputado. Ou vereador... Mas imaginem só o Vitor Fasano na presidência. o cara é o maior nazistão, que namorava a Bruna Lombardi (ou a Maitê Proença...) só porque eles formavam um casal bonito e assim, se tivessem filhos, eles seriam mais bonitos, mais inteligentes, mais loiros e... epa! Já ouvi isso antes.

Ontem eu vi um filme médio sobre isso: O jardim das rosas (The Rose Garden, Fons Rademakers, EUA/ALE 1989 com Liv Ullmann, Peter Fonda, Maximilian Schell) é a história de um cara que vai preso por atacar um velhinho. Depois, a advogada dele descobre que ele é um sobrevivente de um campo de concentração e o velho foi o responsável pela morte cruel de 20 crianças, incluindo a irmã caçula do acusado. Médio, o final é meio melado demais. Ah, ontem também passou no sbt o American History X, que também trata do nazismo, mas de forma diferente... acho que ontem foi dia de filmes sobre nazismo. Só faltou alguém passar o Moloch, do Aleksandr Sokúrov. Fecha parênteses.

Até me perdi, isso significa que é hora de parar. Na verdade, nem me perdi, mas só estou fingindo isso pra não perder o hábito...

Sou da paz, quem diria... 


Eu não quero só te comer, eu te amo de verdade...Olha só, depois de ontem, eu decidi me desarmar. Talvez seja preciso ser mais sincero mesmo. Talvez essa minha incessante busca por sempre querer -e tentar, de verdade- ser eu mesmo esteja apenas me levando a acreditar em minhas próprias mentiras. Talvez eu apenas acredite ser o que sou, o que é bastante confortável. Acreditando em mim, posso simplesmente ignorar as opiniões das outras pessoas e seguir vivendo na minha mais completa falsidade. Talvez eu só seja hipócrita, no fim das contas. E isso que é mais irônico: eu sempre tentei lutar contra isso. Hipocrisia. Sempre tentei, talvez nunca tenha conseguido. Mas e aí? Você está me analisando -e me julgando- agora? Claro que não, não seria tão sincero se você tivesse acesso a isso... ou seja, ainda não mudei PORRA nenhuma...

Nunca confie num japonês de barba 


Bem que minha mãe já dizia: barba é coisa de bandido. Vai se depilar, moleque!Essa é a verdade. E assistam aos filmes do Kurosawa, ele é bom de verdade, sem babação de ovo. Mas lembre-se, você obteve essa informação de um japonês de barba. E aí? Vai confiar? Em quem você vai confiar agora? No seu -e dos outros- senso comum que diz que Kurosawa, de fato, é bom ou num japonês de barba? E, se você achar Kurosawa bom, quer dizer que talvez tenha acreditado em mim. Então talvez eu seja mesmo confiável. Então, talvez não seja um japonês de barba. E aí? Vai acreditar no quê agora?

2.3.04

Ministério da saúde 


Saí daquele marasmo, finalmente. vim pra cidade grande, deixei de lado o cigarrinho de palha e... o quê? Parou de fumar??? Não acredito!!!!! Incrível, fantástico, PUTAQUEPARIU!!!!!!!

1.3.04

Só título 


Este é um post conceitual.

Seu bêbado, sai de perto da minha filha... 


A gente somos inútelVolta às aulas... eu sempre achei que as aulas, ou melhor, o ano começar em março era puta lenda. Parece que não, esse ano foi assim. É tipo um desses folclores: mula-sem-cabeça, boto, curupira... carnaval até março... é acontece. Completamente embriagado, sem nenhuma condição, completamente inútil. Sem a menor condição de fazer qualquer coisa. É aquele sentimento de "mamãe eu quero"... sei lá o que isso quer dizer, mas volta às aulas é uma coisa legal. Também, depois de três meses de férias... até o maior dos vagabundos iria querer voltar...

Aliás, maior legal anúncio de volta às aulas: "Volta às aulas Casas Bahia, o melhor preço: lavadora de louças Enxuta, apenas 14 vezes de 19,99. Só 14 de 19,99." Ahn... qual a relação entre voltar pra escola e lava-louças, mesmo?

Volta às aulas, é na Marabraz (preço menor, ninguém faa-aa-aa-aa-z - isso foi uma tentativa de tremolo, aquela coisa que os cantores de sertanojo breganejo fazem com a voz, aquela tremidinha...): cozinha modulada Equinócio, modelo Solstício, apenas 456 parcelas de três reais e dezoito centavos....

sACal
---
LegAL
ooooo
000
OOOOO
bmw placa bmw
001
piada
ouro
002
sarcasmo
frenar
003
irreverência
dourado
004
cerveja
swarowsky
005
gonzo
light
006
sexo
hipocrisia
007
ruído
silicone
008
magrelas
assepsia
009
objetos promocionais
publicidade
010
ironia
celebridade
011
coleções
indecisão
012
bong
cagüetagem
013
silêncio
caga-regrice
014
bolachas de chope
maniqueísmo
015
contradição
lentidão
016
fogo
conteúdo pago
017
imdb
marketing
018
gibi
beterraba
019
coxinha
autoritarismo
020
subversão
burrice
021
objetos etílicos
a polícia
022
the police
reality show
023
ímãs de geladeira
veadinhos
024
porquinhos
03 pês
025
03 bês
enlatado
026
música
rotina
027
férias
comedimento
028
palavrão
analfabetismo
029
trema e circunflexo
sem texto
030
contexto
responsável
031
vagabundo
sol
032
sombra
comida congelada
033
larica
ética
034
estética
estética
035
ética
hierarquia
036
insubordinação
direita
037
esquerda
absoluto
038
relativo
verdade
039
mentira
súbito
040
subtil
certo
041
erado
imitação
042
verossimilhança
insetos
043
lagartixas
canibais
044
canabis
tucanos
045
qualquer coisa
especulação
046
ocupação
rigor
047
vigor
barbaridades
048
barbarismos
royalties
049
domínio público
banho
050
banheira
boa idéia
051
cachaça de verdade
micro$oft
052
software livre
evangelização
053
ejaculação
convencional
054
experimental
quente
055
frio
paróquia
056
paródia
dicotomia
057
pluralidade
cópia
058
plágio
hímen
059
hífen
monarca
060
menarca
camisinha
061
pílula
o normal
062
anormal
esotérico
063
exótico
hesitar
064
exitar
chuvão
065
chavão
hesitação
066
exaltação
puritano
067
putanheiro
remédios
068
depressão
erótico
069
pornô
indies
070
índios
desafio
071
desafino
trauma
072
trema
kurt cobain
073
dave grohl
drogas
074
entorpecentes
o dia todo
075
todo dia
i
111
I
zz
222
ZZ
incenso
420
marofa
sssss
555
SSSSS
dEus
666
diAbo
colírio
743
óculos escuros
zu3b
999
odAib
arde
MAS
cura
ser
NÃO
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PIX
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XXX
hardcore