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30.4.04

Substantividade 


Na verdade, eu queria chamar esse blog de PARANGA MUQUIADA. É um nome que eu tirei do site acho que do Kevin Smith, ou do Cheecha & Chong ou do Jay & Silent Bob. Mas era em inglês, Hidden Stash. Fato que achei o nome mestríssimo e resolvi adotar. Mas aí, num dia de surto, evidentemente, eu vi um anúncio de fraldas GERIÁTRICAS e tudo ficou claro, foi quase uma epifania.

E tudo ficou óbvio, eu tinha que batizá-lo de fraldas GERIÁTRICAS. Era miha missão, eu tinha de fazer... eu precisava disso. O mundo precisava disso!!!! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!

Ufa!

29.4.04

Dança da chuva 


Chove, chove mais, caralho!!!!

Rebola, vadia!!!

Mexe essa bunda!!!!

Quem conta um conto... 


Você quer me bulinar hoje? Se quiser, você pode!Embora ele soubesse que ela estava sem calcinha, não sabia exatamente o que aconteceria.

Quando eles entraram na rua Augusta, a mão dela escorregou pra dentro de sua calça. Era difícil para ele se concentrar no trânsito e na bronha que ela discretamente lhe socava. Por questões de segurança, ou melhor, de manutenção da integridade física de ambas as partes, optou por se concentrar no tráfego de consumidores da supra-citada rua.

Mas, o que se pode esperar da Augusta numa madrugada movimentada? Movimento, evidentemente. e sabe-se, também que, na Augusta, o movimento gira em torno do comércio ali disposto. E, assim como em driver-thrus da vida, o motorista escolhe o produto de dentro do carro, o que faz com que a velocidade média da via seja um tanto quanto lenta.

Devido a esse fator sócio-econômico (!!!), ele pôde se desligar um pouco do trânsito e prestar um pouco mais de atenção em outro movimento: o que acontecia dentro de sua calça. Tinha medo de que sua ereção desoxigenasse seu cérebro e o fizesse perder o controle da situação. Como estavam lentos, não morreriam, nem se machucariam. O foda seria a vergonha ao ter de explicar o acidente com aquele volume nas calças.

Mas ele era frio o suficiente para dirigir e ser dirigido daquela maneira. É fato que, quando saíram da Augusta e o trânsito melhorou um pouquinho, voltou sua atenção -e, momentaneamente- sua preferência à vida. Mas, logo depois voltou-se àquela mão que teimava em deliciá-lo.

Apenas quando estacionou o carro em frente à casa dela foi que reparou que ela estava com as pernas abertas, a saia ligeiramente levantada. Posição que a deixava bastante exposta. Apesar de seu carro não ser nenhuma fonte de luz, a luz da rua era suficiente para iluminar sua virilha e o bigodinho do Hitler, adorno que ela inaugurara pouco tempo antes.

Diante da cena, ele não conseguiu conter um sorriso e uma lambida sacana nos beiços. Logicamente, ela percebeu sua reação, o que apenas a deixou mais molhada. Enquanto lambia os beiços, movia lentamente sua mão para o meio das pernas da moça. Ela só observava e se abria um pouco mais.

Após massegeá-la um pouco e sentir sua umidade aumentar, ele apenas enfiou os dedos em sua vagina para que eles ficassem impregnados com o cheiro dela e ele tivesse o que pensar à noite, quando fosse dormir.

28.4.04

Raiz de menos dois é i? É! 


Sabe o que são números complexos? São números que freqüentam o analista...

Sociopata 


O doutor falou que eu ia ficar bom logo...Ninguém reparou naquele homem entrando no supermercado. Nem haveria por que reparar, nada em seus trajes ou gestos o denunciariam: camiseta branca, sem estampas berrantes, calça cáqui de brim, sapato fechado, daqueles com cadarço. Entrou naturalmente pela porta automática do lugar, passeou tranqüilamente por entre gôndolas que continham os mais diversos produtos, de artigos de limpeza a camisinhas, de xampus a discos. De nada a tudo.

Olhava despreocupadamente os laticínios quando, entre os potes de iogurte e os blocos de manteiga, saltaram-lhe aos olhos dúzias de copos de vidro barato com desenhos da turma da Mônica e da Pequena Sereia: REQUEIJÃO! Repentinamente, aquele desejo, que ele julgava superado após tantos anos de tratamento, lhe voltou ainda mais voraz; precisava ter todos os fechos de resina das tampas.

Tentou controlar-se, afastou-se das geladeiras, foi olhar a seção de enlatados, cheirou todos os peixes expostos para esquecer daquele cheiro -o doce aroma de plástico, a essência do requeijão naquele arzinho que escapa pelo buraquinho que o fecho fecha, o barulho suave que se ouve quando se descola o fecho-, pesquisou preços de desinfetantes de privada e procurou por cabos de vassoura.

Mas não! Todos os esforços pareciam vãos. Monte e montes de dinheiro -cifras realmente inimagináveis- gastos com psicanalistas, psiquiatras, psicólogos e todos os outros tipos de psis que há. Anos sem freqüentar a seção de laticínios, anos sem pensar em... fechos de requeijão. Tudo por água abaixo.

Documentário Gonzo 


Se tiverem a chance, assistam a "Fear and Loathing on the Road to Hollywood", um documentário de 1978 feito pela BBc sobre Hunter Thompson e Ralph Steadman. Tem no Overnet. Vale muito a pena!!!

27.4.04

Um som agradável 


Não sabia muito bem de onde vinha aquele som. Era agradável, até... Nada muito alto, nem agudo nem grave. Sutil.

Fez força para ouvir melhor e acabou peidando. De novo. Descobriu que queria cagar. E que precisaria de outra cueca...

E descobriu também que gostava do som de seus peidos.

26.4.04

Surto 


Tudo ia bem, até que ele surtou. Não foi um surto qualquer, foi um daqueles acessos de fúria que você passa a vida inteira tentando evitar que aconteçam e, de repente, eles acontecem...

Sei lá, sabe quando o seu time perde? Um jogo besta, contra um time fraco e claramente desesperado? Aí, o goleiro do seu time, vírgula, o melhor goleiro do país, faz uma merda HOMÉRICA e literalmente dá um gol pros caras e tudo vai por água abaixo? E você, como bom fanático, fica puto e quer rasgar a camiseta do clube, xingar todo mundo e não se cansa de perguntar o que aquele zagueiro BURRO tá fazendo no time...

Então, foi mais ou menos isso. Só que ele surtou de verdade. E, sempre que ele surtava... peraí! Esse foi o primeiro surto FODIDO que teve, mas já tinha tido surtinhos antes. Afinal, normal ele nunca foi.

Retomando: sempre que ele surtava, dava uns gritinhos, uns xiliquinhos e quebrava três ou quatro coisas... tudo na mais perfeita paz de deus. Dessa vez, não. Foi feio... as pessoas ficaram assustadas. De uma maneira que eu vou te contar...

Será que eu conto? Acho que não... Ah, tá bom, vai, eu vou contar... mas antes, uma pausa para os nossos comerciais...

Tá com o estômago estufado? Gases? Quer peidar e não pode??? Calma, seus problemas se acabaram... Com esse milagroso elixir, seus gases vão sair muito mais cheirosos!!! Compre já, por apenas R$134,57, o pacote família, nos sabores abacaxi, cereja e morango -o favorito de nossos clientes. Ele dura mais de um mês. Faça sua casa ter um adorável aroma de frutas frescas. E seja feliz... peide à vontade com DIMETICONA FLAVORIZADA.
Peide feliz. E cheiroso também

Dessa vez, quando surtou, não quebrou nada. Nem gritou. Nem xingou. Nem deu xiliques. Nem nada. Aliás, nada mesmo. Nada. Ele não emitiu sequer um som, um gemido, grunhido ou soluço que fosse... NADA.

Ele não sabia ao certo o que motivara aquele surto tão grande. Com certeza não o futebol. Nem a falta de sexo, nem a falta de grana, nem a falta de nada. Só talvez a falta de CALMA. Mas isso era um problema dele. Evidente que sim, ele havia surtado. De qualquer maneira, era um surto sem precedentes.

Apenas silenciou. Calou-se e recolheu-se. Interna e externamente. Recolheu-se a seu quarto e lá ficou, por horas, sentado calado. Na cama, de costas pra porta, que até ficou aberta, mas ninguém teve coragem de entrar. Talvez esperassem por um de seus surtos agressivos. Se ele estivesse falando, talvez contasse a todos que daquela vez seria diferente, não faria nada violente. Que pudessem ficar tranqüilos. Mas estava quieto. CALADO.

E ficou lá, por horas, muitas horas, DIVERSAS, apenas sentado. Não se movia. Mal parecia que respirava. Talvez estivesse tentando parar, mas sabia que era impossível alguém se sufocar. ao menos não era um idiota.

Toda aquela semana havia sido uma MERDA. Aliás, todo aquele mês. Pensando bem, todo o ANO foi um ÂNUS. Fato que todos seus ANOS foram, obviamente, ÂNUS. Sua vida havia sido uma BOSTA completa.

Como ele nunca gostou dele mesmo, não podia -nem poderia- explicar. Mas nunca gostou de muuitas coisas, mesmo. De pêlos, de esportes, de música, de nada. Gostava de olhar. Mas não gostava de ver. Não sabia bem porquê... Mas era assim que era e assim as coisas eram, também.

Horas depois, levantou-se. Fez menção de sair do quarto, caminhou até a porta. pensou em fechá-la, mas mudou de idéia e voltou a sentar-se na cama. Ficou mais algumas horas.

Talvez pouco menos de um dia inteiro, estático. Extático, talvez? Provavelmente não. Queria, do fundo de seu coração, sentir-se como buda -Siddharta?- que passou anos meditando até chegar à iluminação. Mas sabia que não esperava nenhuma iluminação. E sabia também que jamais teria essa -nem nenhuma- "ILUMINAÇÃO". Estava fadado às trevas. Mas tudo bem, gostava do escuro.

Levantou-se, caminhou até o banheiro, queria ver se ainda era capaz de sentir. Qualquer coisa, que fosse. Nem que fosse DOR.

Começou pelo dedinho da mão direita. Era canhoto, foda-se a mão direita. O começo foi fácil, a carne era mole, macia. TENRA. A hora em que chegou ao osso, as coisas começaram a se complicar um pouco. Mas só um pouco. Era só forçar um pouco mais a cartilagem, sabia disso, havia feito diversas vezes com pés de galinha. Só se esqueceu que, cozida, a cartilagem amolece bastante.

NENHUMA dor. É, ele não sentia mais nada, mesmo. Depois, os outros foram mais fáceis, pegou a manha das cartilagens, era só fazer uma forcinha maior, forçando com o corpo, apoiando o ombro sobre a faca. O único problema que via, era que a faca perdia o fio com muita facilidade e, conforme ia perdendo os dedos, ficava mais difícil segurar o afiador. Por sorte, havia outras facas na casa.

Outra coisa difícil era evitar que as pessoas entrassem no banheiro. Mas quando se lembrou que poderia ameaçá-las com a FACA, as coisas ficaram mais fáceis. Embora soubesse que não faria nada de agressivo, NINGUÉM MAIS sabia. O que o deixava bem tranqüilo.

Ahhhh, os pés. Mais dez dedos. Lembrava-se que se chamam artelhos, mas que se dane, logo seriam história. Rápido de mais, eram todos pequenos. Claro que deixou os dedões por último. O desafio final? Claro que não...

Dedos, artelhos, dedões... nada, não sentia nada. Só faltava uma coisa mais. Seu PAU! Precisava de uma ereção, pra fazer com que fosse mais sofrido e com que o SANGUE jorrasse com mais força. Internamente, sempre quis saber a que distância o sangeu espirraria se um pênis ereto fosse decepado.

Pegou a melhor faca da casa e... bem, ele ainda precisava de uma ereção. Pensou em sua irmã e foi tudo muito rápido. Infelizmente, esqueceu-se de trocar de ambiente e, quando o sangue JORROU, ele não pôde precisar a distância. Foda-se, que diferença faria agora?

Lembrou-se da serra tico-tico que havia na garagem,mas já havia perdido sangue demais para andar até lá. Embora não sentisse DOR, sentia que começava a perder os sentidos. Sentido ele nunca teve, mesmo. Portanto, FODA-SE!!!

Quando acordou no hospital, todos o olhavam com olhar de PENA, de DÓ. Odiou-os todos e fechou os olhos, querendo, FINALMENTE, morrer.

Mas não morreu. E, por anos, seguiu naquele SILÊNCIO e sentimento de INCOMPLETUDE.

Mas que se foda, pensava, nada importava, nem o que sentia. Afinal, sabia que já não sentia nada. Talvez nunca tivesse sntido, mas isso era uma reflexão que preferia evitar.

23.4.04

Fixamente 


Nossa, eu quero tirar toda a sua roupaEu mal entrei na sala e vi aqueles dois olhos grandes olhando pra mim. Me olhavam atentamente, seguindo cada movimento meu: me acompanharam até eu chegar ao meu lugar, conforme me aproximava, eles me perscrutavam mais. É engraçado porque eu demoro pra me ajeitar; mas nesse dia, fiz -inconscientemente, claro- movimentos rápidos, nervosos. E ainda me olhavam.

Dei alguns minutos de desbaratino antes de olhar para eles. Continuavam lá, olhando. Mas, agora, disfarçadamente. Provavelmente ela notou que eu notei. Então eu comecei a olhar pra ela, também. Quando ela olhava, eu desviava. Quando ela parava, eu voltava. E vice-versa.

Abre parênteses: me senti na sexta série fazendo isso, mas é bom um pouquinho de conquista infantil, às vezes. Fecha parênteses.

Nunca a tinha visto. Pelo jeito que me olhava, acho que ela também não... Bonita. Aliás, bem bonita. Às vezes eu me perco em pensamentos retóricos demais e me perco no pensamento. Acho que não ficou claro: algumas mulheres me tiram do sério. E me impedem de raciocinar completamente. Foi o que aconteceu.

Ela tinha um ar inteligente extremamente sexy e eu fiquei imaginando ela colocando a haste do óculos gatinho na boca, mordiscando, com um semi-sorriso, lingerie provocante. E volta pra realidade! É que eu não tava mais conseguindo me concentrar em nada, só pensava em tirar toda a roupa dela, beijá-la de cima a baixo e todas as coisas bregas que se lê por aí em sites de contos eróticos. Mas ela aparentemente conseguia prestar atenção em outras coisas. Levantou a mão e fez uma pergunta. Boa, inclusive.

Atenção, ela faz perguntas inteligentes. Então aquele ar intelectualóide procede. Legal, bom saber. Agora, além de querer tirar a roupa dela e beijá-la de cima a baixo (lembram do site? Então, a mesma coisa...), eu também queria conversar com ela. Depois de fodê-la loucamente, evidentemente.

Fim da aula. Ela saiu antes que eu. Por trâmites burocráticos desinteressantes, fiquei preso alguns momentos a mais na sala. Saí correndo desesperado (é incrível o nível de irracionalidade que se atinge em momentos de alto excitação sexual. Que necessidade havia de ficar desesperado?), procurando por aqueles olhos de jaboticaba (brega, em?), olhando para todos os lados.

Saí da faculdade quase aos prantos (como assim??? Pára de ser ridículo!) e vi, que logo ali, na esquina, ela estava me olhando. Ainda. Sempre. Me acalmei, me recompus e me encaminhei até ela. Agora ela sorria também. Sorria bonito. Um sorriso largo, desses que iluminam a sala, sabe? Pois é, desses.

-Escuta, tem um boteco legal aqui do lado. É um boteco, mas a cerva é gelada, as mesas são limpas e o preço é bem honesto. Aliás, é o meior atrativo do pico...

-Você tá me convidando pra sair? Assim, na caruda?

-Sim.

-Ah, e onde é?

-O quê?

-O boteco...

-Ah, é pra lá. Vamo aí?

-Claro.

Continua. Será? Aguarde que, em breve, a conclusão desse conto erótico deserotizado.

22.4.04

P-R-E-G-U-I-Ç-A 


Sabe o que é isso? Cara-de-pau...

20.4.04

Desconstrução leviana, ou "Como destruir seu raciocínio com 3 argumentos furados" 


Metalinguagem dentro de fraldas GERIÁTRICASÉ mais ou menos assim que funciona: minha racionalidade é subjetiva! Pffffff.... pffff... hahahahahahahaha! Mas é isso aí mesmo... Na verdade, eu confio demais no bom-senso das pessoas. Oquei, admito que é muita ingenuidade, mas ainda acho que sempre dá pra se tentar mudar a mentalidade delas.

Mas, por outro lado, não acredito em função social de um jornalista. Não acho que um jornalista tenha que mudar o mundo. Quer dizer, não mais que qualquer outra pessoa ou profissional.

Aliás, existe divisão entre a pessoa e o profissional? Quer dizer, claro que sim, mas por que elas têm de ser coisas tão estanques. E isoladas. Principalmente isoladas. Por que eu posso me dar ao luxo de ter, inclusive, duas IDEOLOGIAS diferentes, duas MORAIS diferente e até duas ÉTICAS diferentes?

Será que não tem um jeito de conciliar as duas coisas? Quer dizer, acho que eu tou fazendo a pergunta errada. Será que as pessoas querem conciliar as duas coisas? Será que, talvez, quem sabe assim, por acaso, elas não queiram ter essas duas vidas isoladas como uma forma de canalizar a nossa esquizofrenia? Ou então, simplesmente, elas talvez precisem apenas de algum tipo de controle. Mas aí iam me acusar de corporativismo e de coisas piores...

OFF: Boa-noite. Não percam, no próximo episódio de fraldas GERIÁTRICAS: "Como broxar uma relação em 17 comentários". Até lá.

16.4.04

Como sempre, as coisas acabaram 


E depois de tudo, ainda eram as mesmas pessoas. Depois de tudo que tinha acontecido, depois de tudo que tinham dito um pro outro, depois de tudo que tinham feito um ao outro...

Tudo ainda era mais ou menos igual. Os dois. Mas já fazia tempo, não era mais aquele frisson do começo. No fundo, sabiam que seria assim, que ficariam velhos, que ficariam cansados e que, enfim e afinal, se enjoariam um do outro...

Mas eram, de qualquer forma, as mesmas pessoas ainda. Ainda gostavam das mesmas coisas, faziam as coisas do mesmo jeito. Até gostavam um do outro, mas aí não era a mesma coisa. Se gostavam, sim, mas de alguma forma diferente. Que, obviamente, não sabiam precisar nem definir. Mas iam levando.

Eles se gostavam ternamente. A paixão havia se esvaído muito tempo antes. O que não quer dizer que não trepassem. Trepavam, era bom, era um sexo confortável, embora sem segredos. Apesar de não ter muitas emoções e sensações novas, era gosotoso; orgasmo garantido. Não tinha uma vez que trepassem que não gozassem, ambos, pelo menos uma vez que fosse... mas era burocrático.

Mas, depois que ela arranjou uma amante, ele achou que as coisas melhorariam. Ela estava, na cabeça dele, querendo esquentar a relação. Pobre engano, ele nunca entendeu quando ela usou a expressão AMOR pra falar da nova companheira.

Ontem ele estava no bar que sempre ia. Bêbado como poucas vezes foi visto. Dizia que era só um caso adolescente, meramente curiosidade juvenil. Atração infantil pelo mesmo sexo, Freud explica... mas ainda assim ele não entendia.

Hoje, todos o esperavam no bar, inclusice eu. Mas ele não veio. Ligamos pra sua casa (ele ficou com a casa do casal. Ela foi morar com a namorada) e ninguém atendeu.

Ninguém estranhou quando o carro do serviço funerário passou com as sirenes berrando alto. Faziam o escândalo que ele preferiria ignorar.

15.4.04

Ei, me dá uma luz... 


Será que essa porra (em caixa baixa mesmo) de blogspot não atualiza mais o meu blog?

Né? 


Sabe o que é engraçado? Várias coisas, mas não eu...

14.4.04

Eu tou empolgado, mas preciso largar a mão de ser otário 


Medo e delírio na internetE as coisas estão começando a mudar, logo mais estaremos no ar e, assim que estivermos no ar, começarão as atividades... Textos bizarros, pautas bizarras, pessoas bizarras e matérias esdrúxulas...

Logo mais haverá um jornal alternativo -nosso, diga-se de passagem- no ar e tudo estará na lama... Todos estão fodidos...

Caralho, quanta merda e prepotência. Mas tudo bem, a empolgação me permite tais arroubos de imbecilidade. De arrogância. Arrogância pura e desmedida.

Aliás, o nome será o mesmo porque o domínio já está pago e registrado neste endereço!!!! Hahahaha, qualquer tentativa de mudança disso acarretará custos. Financeiros. Não tão altos assim, mas monetários, sim...

Portanto, foi dada a largada. O apito inicial. Bandeira verde. E começa o jogo. Afinal, tudo é um jogo, não?

12.4.04

Burocracia 


Tem que atualizar alguma coisa nesse blog dos infernos, né? Então, toma essa!!!

7.4.04

E aí? Essa PORRA sai ou não sai? 


Está quase tudo pronto. Em poucos momentos, um protótipo do futuro. Quer dizer, sem pretensões. Em poucos momentos, um protótipo do meu futuro emprego (?) estará disponível em... ah, deixa pra lá, quando estiver no ar e o domínio for nosso eu falo. É porque senão você já vê tudo e quando começar você não vai entrar nunca... entendeu o por que do suspense?

Logo mais, mais alguns dias... poucos dias. Até o fim do mês, tudo será diferente.

6.4.04

Maior arrogantão! 


Até que as coisas estão dando certo. Acho que eu devia ganhar um ponto positivo só por existir... Ahn???? Será que eu nunca vou conseguir falar sério??? Ah, deixa quieto...

Será que no título eu quis dizer MAIOR ARROTÃO???

Fast fode 


Acho que sentei no quibe Acho que hoje cometi a maior sujeira da História da gastronomia. Mas permitam-me começar do princípio.

No princípio, eu nada mais era que uma PORRA.

Oquei, eu sei que ler no computador é chato. Então, começarei de onde vocês esparam que eu comece... Era por volta de uma e meia, duas da matina. Larica, embora não por consumo de substâncias ilícitas, que fique bem claro. Fome, se preferem. Em cima do fogão, uma caixa. Dentro da caixa, alguns quibes.

Abre parênteses. Eram quibes não muito frescos, estavam em casa, fora da geladeira, desde o fim-de-semana. Fecha parênteses.

Abri a caixa, peguei um dos quibes; abri a geladeira, peguei o ketchup. Comi o primeiro quibe com mestria digna de um Saul Galvão ou de um Josimar Melo... fato rápido.

O problema todo foi o segundo quibe. Ele, talvez devido a sua idade, sua consitência ou minha imperícia (o que, claramente, entra em conflito com as declarações narcisísticas do parágrafo acima), começou a esfarelar-se por entre meus dedos. Mas ainda caíam apenas grãos de carne moída. E o ketchup, a bem da verdade, colaborava para que sua integridade física, ainda que precariamente, se mantivesse.

Mas o fato é que o ketchup estava por acabar, e necessitava daquela chacoalhada pra descer. Depois de, mambembemente, chacoalhar o pote (digo mambembe porque tinha de mexer o pote sem destruir o quibe. Nem largá-lo...), fui temperar a iguaria moura com a especiaria chinesa. Sabiam dessa??? É, ketchup é chinês, a palavra vem de catsup. Nada como ter lido o Manual do Escoteiro Mirim quando era criança.

Enfim... como o vidro estava meio vazio e a chacoalhada foi tosca, o tal molho de tomate não desceu de imediato. Forcei um pouco: apertei o pote com força.

Desceu. E caiu em cheio no meu dedo. Com a indignação que isso me causou, e também revoltado com minha imbecilidade -que evidentemente me causou tal desconforto-, meu dedo contraiu-se levemente, mas apenas leve o suficiente para que todo o quibe fosse pelos ares. Ou quase todo. De qualquer forma, o quibe espativou-se e meu dedo ficou todo vermelho.

Fato que fui o maior burrão do mundo. Que imbecil... e foi-se pelos ares toda minha pretensão gurmê.

5.4.04

Hoje de manhã 


Paranparan-paran-paran-paran-paran...É foda você ter que acordar de manhã cedo, numa segunda-feira chuvosa e sair, cumprir com suas obrigações. O famoso fazer-o-que-você-tem-que-fazer. Aí você dá um migué, finge que não tem nada a ver com isso e não vai. Oquei, voê até pode deixar algumas pessoas na mão, mas acontece. Você precisa ter um pouco de qualidade de vida, afinal.

Então você vira pro outro lado e volta a dormir. Recebe mais alguns telefonemas, grunhe qualquer coisa que o interlocutor também não entende (claro que é por causa de sua rouqidão, mas quem se importa?), vira pro primeiro lado e volta a dormir.

Acorda assustado, achando que perdeu a hora, lembra-se do migué e vira pro outro lado e volta a dormir. Acorda, finalmente. Já é hora do almoço, mas você não tme a menor fome. Come, mesmo assim.

Depois, liga a tevê e roda pelos canais por alguns instantes, evita de ver aquele puta filme legal porque senão você vai perder muito tempo. Naõ que você tenha algum compromisso, mas prefere perder seu tempo com outras coisas, talvez mais úteis.

Depois desliga a tevê. "Que merda essa programação, nada que preste..." e vai atualizar seu blogue. E fica pensando em saídas nerds pra deixá-lo mais atraente. Depois pensa que talvez não valha a pena, não quer ficar com tantas caracterísitcas de programador. Só algumas.

Depois, vira pro lado e dorme.

2.4.04

Walter Franco 


CANALHA!!! Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo.

Lembrando que tranqüilo tem trema. O trema ainda não caiu!

Fato que o show foi MESTRÍSSIMO!!! Embora ele seja extremamente zen, ele tem passa, até nas músicas mais calmas, uma fúria que acalma... isso sem falar que ele tem uma pegada muito roquenrou, mesmo mandando só com um violãozinho...

MESTRÍSSIMO!!!

Cortiço  


Passa bola, Romário...O lugar cheirava a urina e perfume barato. Era semi-iluminado, quase uma penumbra. Não dava, por exemplo, pra identificar com precisão a fisonomia de uma pessoa que estivesse a mais de três metros de você.

O ambiente era tão pesado que chegava a oprimir. Também dificultava a respiração, parecia que o ar era mais rarefeito lá; além de extremamente úmido. Também tinha um leve (leve?) cheiro de mofo, mas não era tão determinate quanto os outros. Talvez esse fosse apenas um cheiro conjuntural. Eram os outros dois que caracterizavam perfeitamente a aura do local.

Era um prédio baixo, talvez três ou quatro andares. Isso não importa, a ação se passa toda no segundo andar. Nunca gostei muito de números pares. Fato rápido: a língua inglesa é bem engraçada com relação a pares e ímpares. Os pares são os even numbers e os ímpares, os odd numbers. Ou, números iguais e números estranhos, respectivamente. Quer dizer, pensando bem, o português também é meio assim: se uma cois é inigualável, ela pode ser considerada ímpar. Enfim...

Nunca gostei muito de números pares, de qualquer forma. Mas fazer o quê? Há situações na vida em que não podemos escolher as coisas. As coisas não podem ser sempre do meu jeito. Não havia o que fazer, apenas subir ao segundo andar e procurar a tal moça que tinha conhecido uns dias antes num desses botecos bem fodidos. Aliás, nem me lembro porque estava lá, só lembro que ela entrou meio afoita, meio bêbada...

Chegou perto e me beijou... bom, TIVE que beijá-la de volta. Depois ela me deu um endereço -desse prédio, mas só saberia quando chegasse lá- e me pediu que fosse lá dois dias depois, à tarde. Mas quanto à tarde? Ah, depois do meio-dia, antes das sete... tudo bem. E foi embora...

Bem, ali estava, tentando respirar naquele ar pesado, viciado e fedendo a mijo e perfume barato. E procurando por ela. E tinha medo de não me lembrar do seu rosto. Ah, mas ela se lembraria do meu. Ou não. Que PORRA eu tava fazendo ali???? Olha esse lugar!!! Que inferno!

Mas ela apareceu, me beijou de novo e me levou prum quarto. Puxa, eu pensei que a gente fosse trepar loucamente, mas não. Fato que foi meio broxante, mas agora já estava mais curioso que excitado... A gente entrou no quarto, e ela já sacou um baseado do bolso.

Acendeu, deu duas bolas e me passou. Hum, o cheiro do banza era bom, um leve toque de haxixe... dei um pega e fato que era hash mesmo. Não consegui conter um sorriso, afinal, fazia um bom tempo que não fumava um hash. Isso sem falar que a maconha do baseado também era da verde.

Ela me pediu uma grana. Como assim? Ela PRECISAVA comprar heroína. Quéisso???? Tá louca???? Vaisifudê!!! Caralho, filhadaputa!

Saí fora e ainda levei o banza comigo, ah!, tem cabimento???

Que caralho esta merda de teclado. 


Puxa, o blogger mudou de cara... mas eu vou evitar de escrever muito. Quero ver se consigo driblar a incapacidade deste teclado sem acentos, tils, cedilhas e afins. Cabulando aula de telecine. Quer dizer, o que tinha de ser feito foi feito.

Fato que consegui driblar as adversidades!!! E salve a riqueza do idioma deste nosso Brasil...

1.4.04

A primeira mulher 


Sandy é a mãe de Jésus???Hoje tive mais uma constatação da decadência da cultura judaico-cristã. Hoje tomei conhecimento do mito de Lilith. Dizem que Lilith foi a primeira mulher, a primeira bruxa e a primeira puta. Fato que foi a primeira mulher moderna da História, antes da Era Moderna chegar. Muito antes, aliás...

De qualquer forma. Ao contrário da Eva, ela não foi feita da costela de Adão (pessoalmente, se Eva tivesse sido feita de outra parte de Adão, ela talvez fosse mais gostosa. Muito embora costela seja muito saborosa, mas, assim como as mulheres, tem que saber preparar...), mas de barro também. Só que era um barro "contaminado" com fezes e sangue. Então, deus obrigou-a a se submeter ao homem. Rebelando-se, foi mandada ao Inferno, onde passou a gerar incessantemente filhos e a devorá-los. Foi personificada como o mal.

Depois, foi representada como serpente -a mesma que tentou Eva a morder a maçã. Percebam que Lilith também foi a primeira feminista, incitando a dondoca a romper com os valores caretas da virgindade e por contestar a submissão da mulher ao homem. Enfim, Adão e Eva foram expulsos do paraíso. E, com o avanço do tal cristianismo e daquele best-seller que convencionou-se chamar de sagrado (muito antes do Paulo Coelho), a Bíblia, ficou lugar-comum mostrar nossa senhora, aquela virgem (Sandy?) que dizem que é mãe do Oswaldo Montenegro, quer dizer, do Jésus, esmagando a cobra, Lilith.

Quer dizer, os cristãos trocaram uma puta mulher (ou uma mulher puta, tanto faz), enfim, uma mulher incrível por uam virgem. Peraí, eu vou ter que ser mais enfático... OS CRISTÃOS TROCARAM LILITH, UMA MULHER INCRÍVEL, PELA VIRGEM MARIA. VIRGEM!!! Trocaram uma mulher com uma puta atitude (ou atitude de puta, que também é bom), que desreipeitava a hierarquia celestial, que propunha o amor livre e a igualdade entre homens e mulheres e que foi transformada num demônio por uma virgem, submissa, insossa e passível...

Senhoras e senhores, os cristãos atrasaram a condição feminina em pelo menos 20 séculos... até hoje ainda não superamos isso completamente.

E viva a cultura judaico-cristã!!! Extremamente progressita e igualitária!!!!

Breve biografia de Karlinhos 


Proletários do mundo, uni-vos... e multiplicai-vos?Na verdade, os irmãos Marx eram seis:Chico, Harpo, Groucho, Gummo, Zeppo e o caçula Karl. Talvez o mais engraçado de todos, o pequeno Karl cresceu em um ambiente cheio de humor e desavenças, apesar de tudo. Também o mais intelectualizado de todos, Karl escreveu diversos livros nos períodos em que não estava divertindo multidões ao lado de seus irmãos mais velhos. Também o menos ilustre de todos, ou melhor, aquele que menos aparecia, Karl aos poucos foi se afastando das telas e dedicando-se às letras. Seus livros, cada vez mais engraçados, conquistaram uma legião de fãs ao longo dos anos. Por gerações, foi considerado o mais influente comediante da história. Suas sacadas -geniais, diga-se de passagem- envolviam materialismo histórico, dialética hegeliana e até -sua obra-prima- o comunismo e a chamada luta de classes.

Infelizmente, na atual conjuntura (ponto pra mim: finalmente consegui utilizar a expressão!!!), suas piadas tornaram-se ultrapassadas para o tipo de humor que se vem fazendo. Não há mais espaço para este tipo de humor: não há mais espaço para se reduzir todas as tiradas -que em inglês são chamadas de punch-lines, linhas-de-soco- a luta de classes ou outros maniqueísmos. Além disso, a prática de suas piadas por outros comediantes, antes intérpretes de piadas, como Fidel Castro, Mao-Tsé Tung e Josef Stalin, entre outros, provou-se realmente sacal. Não teve a menor graça.

Embora engraçados, seus roteiros foram terminantemente deturpados por seus atores. O que só pode nos levar à conclusão de que é hora de rever suas piadas e encontrar outras...

É hora de superar o que o bom e velho Karl escreveu.

PS: Na foto, Karl já havia abandonado os irmãos...

sACal
---
LegAL
ooooo
000
OOOOO
bmw placa bmw
001
piada
ouro
002
sarcasmo
frenar
003
irreverência
dourado
004
cerveja
swarowsky
005
gonzo
light
006
sexo
hipocrisia
007
ruído
silicone
008
magrelas
assepsia
009
objetos promocionais
publicidade
010
ironia
celebridade
011
coleções
indecisão
012
bong
cagüetagem
013
silêncio
caga-regrice
014
bolachas de chope
maniqueísmo
015
contradição
lentidão
016
fogo
conteúdo pago
017
imdb
marketing
018
gibi
beterraba
019
coxinha
autoritarismo
020
subversão
burrice
021
objetos etílicos
a polícia
022
the police
reality show
023
ímãs de geladeira
veadinhos
024
porquinhos
03 pês
025
03 bês
enlatado
026
música
rotina
027
férias
comedimento
028
palavrão
analfabetismo
029
trema e circunflexo
sem texto
030
contexto
responsável
031
vagabundo
sol
032
sombra
comida congelada
033
larica
ética
034
estética
estética
035
ética
hierarquia
036
insubordinação
direita
037
esquerda
absoluto
038
relativo
verdade
039
mentira
súbito
040
subtil
certo
041
erado
imitação
042
verossimilhança
insetos
043
lagartixas
canibais
044
canabis
tucanos
045
qualquer coisa
especulação
046
ocupação
rigor
047
vigor
barbaridades
048
barbarismos
royalties
049
domínio público
banho
050
banheira
boa idéia
051
cachaça de verdade
micro$oft
052
software livre
evangelização
053
ejaculação
convencional
054
experimental
quente
055
frio
paróquia
056
paródia
dicotomia
057
pluralidade
cópia
058
plágio
hímen
059
hífen
monarca
060
menarca
camisinha
061
pílula
o normal
062
anormal
esotérico
063
exótico
hesitar
064
exitar
chuvão
065
chavão
hesitação
066
exaltação
puritano
067
putanheiro
remédios
068
depressão
erótico
069
pornô
indies
070
índios
desafio
071
desafino
trauma
072
trema
kurt cobain
073
dave grohl
drogas
074
entorpecentes
o dia todo
075
todo dia
i
111
I
zz
222
ZZ
incenso
420
marofa
sssss
555
SSSSS
dEus
666
diAbo
colírio
743
óculos escuros
zu3b
999
odAib
arde
MAS
cura
ser
NÃO
ser
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PIX
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