<$BlogRSDUrl$>

27.5.04

Hipoglos 


Tá com o cu assado, é? Passarinho que come pedra...Sabe quando você fica com diarréia? Eu fiquei... é o famoso MIJANDO pelo cu... mas acontece. Deve ter sido alguma coisa que comi. Talvez aquela COXINHA na rodoviária. Ou o sanduba de carne LOUCA. Ou o churrasco GREGO de um real, com suquinho de laranja grátis.

Ah, acho que foi o SUQUINHO mesmo...

26.5.04

Supermercado 24 horas 


Queridooo, pega um moddess com abas pra mim?Você não os vê LOGO que entram. Você só os nota no corredor de FRALDAS. E de camisinhas. Você tenta ADIVINHAR que um pacote de três será suficiente para a NOITE deles. Por outro lado, apenas um pacote de fraldas não será o BASTANTE para a semana do seu REBENTO.

Mas você DECIDE segui-los; discretamente, é CLARO. Sempre caminhando atrás do casal -que é da sua idade- e ENTRANDO nos mesmos corredores, sempre procurando algum PRODUTO numa prateleira. Sempre espiando com o RABO do olho.

Na seção de BEBIDAS, eles escolhem um vinho e pegam uma CAIXA de brejas. Você pega umas águas com GÁS.

E SÓ. Seguem direto para o caixa. Quando você se aproxima, ainda consegue ver que, enquanto Ele a ABRAÇA por trás, Ela roça sua BUNDA contra o pau dele.

Quando uma mãe, acompanhada da filha -CLARAMENTE virgem, basta ver seu olhar- e seu namoradinho -CLARAMENTE punheteiro, basta ver seu olhar-, se aproxima do casal, Ela ainda diz: "Não é foda quando a cabecinha encosta na GARGANTA? Dá um enjôo, né?". Pra menina.

Mas você não pôde mais acompanhá-los porque se lembrou de comprar o ABSORVENTE pra sua mulher. Ei, pelo menos ela menstruou; e você SABE o que isso significa...

Vai com deus 


Bom cliente é aquele que não voltaPois é... hoje eu tive um surto publicitário e pensei em criar uma funerária. O nome seria Funerária Bom Descanso. E o slogan, "Porque cliente bom é aquele que não volta". Aí eu cheguei em casa e vi esta notícia.

Atentem para o nome da funerária... e prestem atenção na incompetência dos acusados.

Talvez no caso deles o meu slogan fosse perfeito. Mas os clientes deles estavam voltando.

24.5.04

Opa, cadê? 


É... eu ainda sinto o peso do seu corpo sobre o meu. E ainda sinto você sobre mim. É que na parte que ficou mesmo em contato, tá meio dormente, tá meio sensível, te sentindo ainda.

Entrevista 


Parem as máquinas!
Atenção, atenção, PARECE que ele está vindo. Parece que conseguiremos nossa ENTREVISTA exclusiva. Atenção, a polícia o está PONDO para fora da viatura, ele ainda vem ALGEMADO, mas parece que poderá falar conosco. Desde que foi preso, há cinco anos, ninguém ouve sua VOZ. Ele se declarou em estado de GREVE de silêncio. Será que AGORA, já em liberdade, ele concordará em nos conceder ESSA entrevista?

Vejam, percebam seus passos, percebam o movimento SINISTRO de seus passos, o olhar ODIOSO em sua feição; vejam quanto ódio guardado em seu peito. Procurado incessantemente pela polícia por sete anos, finalmente foi capturado numa ação conjunta entre polícia e exército.

Nos últimos seis meses, defendeu ainda a tese de que ERA inocente e, graças ao belo trabalho feito por seus advogados, foi absolvido no processo. Agora ele GANHA as ruas. Ele está LIVRE de novo. Vamos tentar entrevistá-lo, seu advogado nos garantiu que, assim que SAÍSSE da prisão, falaria com a imprensa. Vamos ver o que tem a DIZER:

-A sociedade civil o considera um dos PIORES criminosos de que se tem notícia. Você se sente intimidado com essa atitude, agora que foi declarada sua INOCÊNCIA?

-Ora, mas é claro que boa PARTE das pessoas não acredita nas evidências apresentadas por sua DEFESA.

-Não, eu jamais disse que as PROVAS eram improcedentes. E por que a justiça só PERCEBEU sua inocência cinco anos depois de sua CONDENAÇÃO?

-Evidente, mas que tipo de afirmação é essa? Você tem IDÉIA de que está fazendo essa alegação em rede nacional?

-Como assim, serei o PRIMEIRO de todos? Como assim, conhecerei sua IRA? De que maneira você vai CONDENAR a população inteira?

-Ei! Como você ARREBENTOU as algemas? Ei, pare! O que é isso? O que são essas presas brotando em sua BOCA? Ei, ei... pare... pare...

20.5.04

Hora da fogueira 


Burn, baby, burn
Um programa medieval. Com a participação de:

Dom Filippe, o apresentador
Dom Inácio, o acusador
Dona Tereza, a bruxa
Dom Marcello, o padre
Dom Paulo, o vendedor



-Boa tarde, amigos. Começa agora mais um programa “HORA DA FOGUEIRA”. E, olha gente, hoje o programa tá QUENTE. Declarações SATÂNICAS... calma, calma, ainda não é hora de AGARRAR seus crucifixos. Vocês ainda terão muito tempo para fazê-lo.

-Mas vejam: Dom Inácio está ACUSANDO sua vizinha, Dona Tereza, de ser uma bruxa. Ela, claramente, nega. Mas não podemos apenas acreditar CEGAMENTE nas palavras deste tão respeitado servo aqui de nosso feudo. Vamos ver esta PRIMOROSA reconstituição de como Dom Inácio chegou aos fatos.

Iniciam imagens com atores amadores e a seguinte narração em off: “Todos os dias de manhã, quando sai para a lavoura, Dom Inácio é surpreendido por Dona Tereza, sua vizinha, que insiste em chamá-lo apenas de Inácio. Isso se dá diariamente há pelo menos dois anos, quando Dom Inácio mudou-se para nosso feudo. Porém, há poucos meses, este servo começou a notar atitudes estranhas em Dona Tereza. Ele começou a notar que ela o olha de forma diferente. De forma promíscua, talvez. Dom Inácio, solteiro, no começo divertiu-se, é verdade, com as atitudes de sua vizinha. Até cogitou a hipótese de desposá-la. Mas um dia -a música, neste momento, soa um acorde diminuto, diabolous in musica-, olhando casualmente para os fundos da casa de Dona Tereza, Dom Inácio viu... o demônio!!! Sim, ele viu restos de bode sendo enterrados por sua vizinha. Imediatamente Dom Inácio pensou que ela fosse uma bruxa. Sem pensar, correu para a igreja e avisou o padre de que sua vizinha era uma bruxa.”

-Nossa Senhora, mas que história triste não é mesmo, gente? Imagina se a moça com quem você estivesse pensando em casar fosse uma bruxa. É, mas a bruxaria tem que ser combatida mesmo e Dom Inácio fez mesmo a coisa certa e eu tenho certeza de que deus viu isso e ele será recompensado por isso. Bom, então vamos chamar aqui pro nosso palco o Dom Inácio. Uma salva de palmas, gente...

Aplausos e gritos de apoio. Entra um camponês vestido humildemente.

-Dom Inácio, tudo bem com o senhor?

-Tudo bem, né? Tirando o problema com a minha vizinha... Sabe como é, né, Dom Filippe? A gente é TEMEROSO a deus e... e... bom, quando a gente vê uma coisa dessas, fica com medo, sabe? A gente não sabe bem o que fazer e também tem outra coisa: e se a Dona Tereza tivesse me VISTO naquele momento em que ela estava lá com o bode? Aposto que ela teria me transformado num SAPO!

-É, Dom Inácio, eu sei... mas fique tranqüilo que o senhor fez a coisa certa e tenho certeza de que essa BRUXA terá o que merece.

Neste momento começa um pequeno burburinho na platéia. Quando a placa de burburinho se abaixa, Dom Filippe retoma seu discurso.

-Calma, calma, gente. É claro que não vamos PERMITIR que Dona Tereza seja considerada uma bruxa apenas porque Dom Inácio disse. Não que ele não tenha credibilidade, mas é que Dona Tereza tem DIREITO a um julgamento JUSTO perante os olhos de deus. Para isso, temos aqui também, um cardeal de nossa capital, convidado especialmente pela NOSSA produção, que será RESPONSÁVEL pelo julgamento de Dona Tereza. Pode entrar, então, o cardeal Dom Marcello. Uma salva de palmas, gente...

Aplausos. Entra um padre alto, sorriso no rosto, benzendo a todos.

-Boa tarde, irmãos, é um prazer imenso para mim estar aqui. Antes de começar o julgamento eu gostaria de pedir a todos que ERGAM suas mãos...

-Calma, Dom Marcello, a ré ainda não entrou. Vamos então buscá-la. Produção, pode então trazer a bruxa... quer dizer, a VIZINHA.

No mais completo silêncio, uma camponesa linda entra acorrentada no palco. Seus olhos fitam o chão, sua atitude é pacífica.

-Percebam, irmãos, o olhar demoníaco em seu ROSTO! Percebam como o demônio atua. Vejam que seus gestos carregam todo o MAL do inferno!

-Pois, é, ela tinha esse mesmo olhar quando eu a vi com o bode... ela estava já POSSUÍDA, então?

-Que TENSÃO, em pessoal? Mas antes de continuarmos com esse julgamento, eu quero aproveitar pra falar de um lançamento DIVINO: chama-se a CRUZ DO SENHOR. Para isso, estamos aqui com um representante do Vaticano que veio especialmente falar desse novo lançamento da igreja católica. Dom Paulo, tudo bem?

-Tudo ótimo, Dom Filippe. Pois é, a cruz do senhor é um produto fantástico que você PRECISA ter em sua residência. Aliás, não apenas você, mas toda sua família. A cruz do senhor é pura e simplesmente um pedaço da cruz em que Cristo foi morto. É claro que o pedaço é pequeno, mas abençoado pelo filho do criador e pelo papa.

-Deixa eu ver se eu entendi, então, Dom Paulo: esse pedacinho de madeira que você tem nas mão, pequenininho é da cruz em que Jesus morreu?

-Perfeitamente, Dom Filippe.

-E como nossos espectadores podem ter certeza de que é mesmo da cruz de Cristo?

-Ora, Dom Filippe, nós da igreja católica garantimos. Você pode confiar porque você tem a palavra católica.

-Que ótimo, em? Aposto que você aí em casa já está querendo saber como se faz para conseguir um pedaço da CRUZ DO SENHOR, não é mesmo? Basta você entrar em contato com a produção do programa que eles te informam. Muito obrigado, Dom Paulo.

-Nós, da igreja católica que agradecemos a oportunidade de divulgar nossos serviços aqui. Deus lhe abençoe.

-A você também, Dom Paulo. Bom, vamos então voltar para o nosso julgamento. Dom Inácio, qual -ou quais- as acusações FORMAIS contra Dona Tereza?

-Bem, ela É uma bruxa, né? Quer dizer, Ela é uma BRUXA! Eu a vi enterrando um bode... no quintal de sua casa.

-Nossa, declarações pesadas! Dom Marcello, o que o senhor tem a dizer sobre isso?

-Bem, é mais do que EVIDENTE, que a moça é, de fato uma bruxa. É fato indiscutível que o bode é o animal SÍMBOLO do demônio.

-E o que a acusada tem a dizer em sua defesa?

-Eu estava apenas me livrando dos restos de minha refeição... aquilo não era um bode, mas um frango...

-Vejam a PERFÍDIA com que age o demônio, a mentira é seu melhor truque! Vocês acham mesmo que um homem da idade de Dom Inácio iria confundir um bode com um frango?

-É claro que não, eu sei muito bem o que é um bode!

-Bem, acho que isso deixou bem claro que Dona Tereza, de fato, enterrou um bode em seu quintal. Mas, será que enterrou, mesmo? Dona Tereza, a senhora enterrou o bode em seu quintal?

-Já disse que não era um bode...

-Vejam o diabo tentando convencê-los disso. Todos sabem que o maior TRUQUE do diabo é fazer com que as pessoas pensem que ele NÃO existe. Mas ele existe sim. E está MANIFESTO no corpo dessa moça. Dessa bruxa!

-Calma, Dom Marcello. Deixe a moça responder. Afinal, chame do que quiser, você enterrou o animal em seu quital?

-Sim.

-Ela é uma bruxa!!!! Só nos resta a nós, pessoas de bem, tementes a deus, condená-la à FOGUEIRA! Esta HEREGE!!!!

-Bem, acho que sim, acho que o senhor está certo, Dom Marcello. Só nos resta agora, queimá-la... Então, tragam a fogueira!

Três carrascos encapuzados entram com uma fogueira portátil. Aos gritos, urros e aplausos de uma platéia ensandecida e possuída, Dona Terza é amarrada à fogueira. A música alegre abaixa de volume e Dom Filippe retoma seu discurso.

-Bem, como já uma TRADIÇÃO em nosso programa, damos ao acusador a HONRA de acender a fogueira.

Dom Inácio ateia fogo a Dona Tereza, que queima lentamente. Após sua morte, mas ainda sob o calor das chamas, alguns frangos escapam de seus donos e sobem ao palco, apavorando Dom Inácio.

-Padre, um castigo do infernos. BODES, vários deles, vieram me pegar, proteja-me!

18.5.04

Olhos verdes 


Então eu ABRO os olhos. Nada. Apenas a mesma visão de sempre. Ou seja, NADA. De um lado, a parede. Do outro, os livros, os discos, as roupas... e está tudo em seu LUGAR. De novo, apenas o DIA. Se tanto...

A preguiça é a MESMA. As reclamações também. Na verdade, sou, AINDA, a mesma pessoa. Eu acho. Mas, na verdade mesmo, não importa. Tudo, quer dizer, nada, IMPORTA. Talvez o futebol importe, mas não para mim, que ABDIQUEI de tudo aquilo que o prazer MUNDANO pode oferecer. Já tive muitos prazeres, sim, muita DIVERSÃO, muita festa e agito.

Mas há um momento na vida de uma pessoa em que certas coisas simplesmente perdem o SENTIDO. E é nesse momento que a ILUMINAÇÃO vem à tona. Quer dizer, não sei. Talvez. Quem sabe...

Quando, há tempos, eu vivia tudo que se PODE viver, eu era um rapaz INTENSO. Mas isso era pouco, eu sempre queria MAIS. E tudo satisfazia. Mas aquele ÉLAN se foi. Perdeu-se no tempo e no espaço. ESCAFEDEU-SE.

Hoje tudo é CINZA. As cores foram se apagando, como um velho casaco que se DESBOTA. Eu desbotei, senhoras e senhores. Tudo aquilo que antes era, para mim, o MÁXIMO, de um momento para o seguinte, deixou de ser. Como eu sempre achei que deixaria, embora nunca com coragem o suficiente para assumir. Nem mesmo INTIMAMENTE.

Mas apenas me REPITO e DIVAGO. Pareço um velho, reclamão e insensato. Mas apóio-me em meu atual estado de ESPÍRITO para justificar tão desmesurada CONDUTA. Mas ela TAMBÉM não importa.

Mas, reiterando minhas atitudes, me explico. Tudo começou há pouco, EVIDENTE, de outra forma não estariam tão frescos os fatos em minha -já- SÓRDIDA mente. Estávamos em uma reunião do serviço e tudo que eu via, naquele momento, eram os olhos -os OLHOS, senhoras e senhores- daquela que viria a ser o motivo de minha RUÍNA.

Eram verdes. E grandes. E também me olhavam. Mal sabia eu que de forma antagônica demais à minha forma de olhá-los. E, INCAUTO, mergulhei com todas as forças naquele olhar. Sim, de cabeça. Como uma criança que não sabe a real TEMPERATURA do fogo.

Ignorando que até mesmo o gelo pode queimar, lancei-me em tão IRRESPONSÁVEL jornada. Foram poucos dias de EUFORIA. Fato que euforia não é das melhores sensações. Mas experimente dizer isso a qualquer pessoa eufórica para ver se não virá um INSULTO federal em resposta.

De qualquer forma, embarquei na jogada. LEDO engano; mas isso só será descoberto mais para frente. Acompanhe. Na reunião do serviço, apenas os tais olhos me mantinham ATENTO. E eram eles que me moviam, GUIAVAM.

A reunião foi BUROCRÁTICA como haveria de ser. Apenas gráficos, tabelas, dados e números que muito provavelmente não REFLETIAM os reais ganho -perdas, no caso- de nossa tão ESTIMADA empresa. Mas o fim da reunião me reservava surpresas. Ela se aproximou e me convidou para tomar uma CERVEJA. Convite aceito de imediato. Era perfeito demais para ser verdade. Tudo que ela dizia me fazia pensar a respeito. E eu, em seguida, CONCORDAVA. Tudo que eu dizia, fazia com que ela PENSASSE a respeito. Em seguida, concordava.

E assim nós fomos. Saímos da cervejaria -atenção para o requinte da moça, não era meramente um BOTECO, mas uma cervejaria- e fomos para a casa dela, ver sua coleção de TAMPINHAS de garrafa. Chegamos lá e... bem, a coleção era apenas uma desculpa. Mas boa o suficiente para que eu me APAIXONASSE.

E foi, sim, uma paixão FULMINANTE, daquelas de se esquecer do mundo e se fechar com tudo nela mesma. Dessas bem BURRAS. Mas boa. E fui vivendo essa paixão, dia após dia, e fui me AFUNDANDO cada vez mais, e mais e mais.

E, depois de POUCO tempo, era só isso que havia restado. E, naquele momento, era só o que importava. E, logo mais, nada mais importará. NADA.

Foi nessa época que ela começou a ficar ESTRANHA. E só me dizia coisas incompreensíveis. Só me dizia que eu não era bom o SUFICIENTE e que tudo que eu fazia só a IRRITAVA.

Depois, veio o silêncio. Dela, claro, porque eu só fazia FALAR. E ela só me olhava, com desaprovação. E tudo que eu fazia, afastava um pouco mais o OLHAR dela... E então, de repente, ela se afastou INTEIRA.

Foi quando abri os OLHOS. Os meus. E vi em que mundo me havia metido. Foi quando eu VI, finalmente, o que eu havia feito comigo mesmo: tomado de uma paixão AVASSALADORA, abandonei toda minha percepção das coisas. De fato. E, ao abandoná-las, não sabia que podia colocar muito mais em RISCO. E pus.

Na IGNORÂNCIA da paixão, acalentado por um sentimento que não era RECÍPROCO e ridiculamente abandonado, ajuntei-me aos vermes, aos farrapos humanos e lá fiquei, gostando da sensação do SUBTERRÂNEO.

Tudo agora era SUJO, PERVERSO, SACANA. Tudo era imoral, inútil e pérfido. Tudo agora era a mais perfeita HONESTIDADE. A minha mais PERFEITA honestidade.

Ela se foi, sim, mas o que me legou, senhoras e senhores, é muito mais do que jamais poderia desejar. É muito maior do que qualquer fato que pudesse, na CLARA ignorância de minha vida anterior.

Fato que quanto mais sujo, mais gostava. Quanto mais improvável, melhor. Quanto PIOR, melhor. Quando ela se foi e tudo se perdeu, foi que pude perceber o quanto eu havia ganhado. Perdê-la foi a melhor coisa que me ocorreu.

Em minha DÉBIL loucura, tudo fazia sentido, havia respostas para tudo. Em minha frágil INSANIDADE, tudo era CLARO.

Finalmente tudo fazia SENTIDO. Era isso que queria, ver, através de olhos INCONSEQÜENTES, saber o que se passava em todos os lugares... saber o que aconteceria em seguida. Com tal ou qual pessoa. Era o que conseguia fazer.

E foi quando me acharam, jogado numa rua, andava profetizando, vírgula, ESCLARECENDO, o que me atingia as retinas.

Talvez fosse demais para eles. E era. Quando me encontraram, me agarraram, me puseram em uma camisa-de-força. Era o mínimo que podiam fazer, eu estava por demais ACIMA de todos eles.

Me obrigaram a tomar COMPRIMIDOS coloridos, líquidos amargos e coisas afins. Me obrigaram a falar com pessoas, a contar o que VIA para, em seguida, OUVIR, daquelas mesmas pessoas que eu era louco. Que o que eu VIA, e eles OUVIAM, não poderia ser a mesma coisa; que eu certamente estava ALUCINADO. Completamente abstraído de qualquer LUZ da razão.

Então, eles me CURARAM. Me devolveram à NORMALIDADE. E foi quando tudo parou de importar.

17.5.04

A cidade é dos coletivos 


Seu carro foi guinchado. Ligue para 0800-7714181A maioria das pessoas anda sozinha em seus carros. Se você chegar a essa constatação em um congestionamento, tente controlar sua indigna-ção. Isolados em seus receptáculos, quer dizer, habitáculos, os paulistanos seguem suas vidas, sozinhos em seus carros. Seguros? Provavelmente não, mas a sensação de segurança que o isolamento gera os conforta.

De qualquer maneira, elas dependem de seus veículos. Seja para trabalhar, estudar, cuidar dos filhos, viajar ou vigiar. E eles também são, além de parceiros econômicos, muletas sociais. Ter um carro bonito, do ano e com motor mexido é melhor, e mais desejável, que ter um Uno velho, um Gol quadrado ou uma Parati com carburador.

Embora o tempo perdido no trânsito seja surreal, a velocidade e o conforto que os carros nos dão ainda superam os transportes públicos. Ter um carro não é um luxo, mas, muito mais, uma necessidade. Contornável, claro. Não ter um carro não mata ninguém nem infecciona. Mas contagia.

Ter um carro e, por qualquer motivo, deixar de tê-lo é um problema muito maior. Especialmente se o motivo fugir de sua decisão. Como ter seu carro guinchado, por exemplo. Às 11:45 do dia 18, saindo da aula, cami-nhei os três habituais quarteirões até o local onde estava meu carro, Bom-bão. O sol estava quase a pino e comentei com minha carona que me preo-cupava a estufa em que o velho Bombão tinha se tornado.

Na esquina, fui abordado pelo guarda da rua. Todo embaraçado, ele me explicou que o carro havia sido guinchado e que uma garota que me conhecia tinha ido me procurar, e ainda não achou. Enfim, o carro não estava lá, apenas um cavalete com um número de telefone. Ao menos um 0-800...

Sem reações, tinha ao menos uma companhia, que me pagaria o al-moço –tudo bem, McDonald’s – mais tarde. O que podia fazer era anotar o número e partir atrás da burocracia necessária. Para resgatar o carro, cla-ro. Busquei na calça as moedas necessárias para o ônibus e embarquei na aventura.

Depois de comer, fui ao escritório da mãe da carona e fiz as ligações necessárias. Más notícias: o seguro não cobre guincho, as taxas do guin-cho precisam ser pagas no Detran, no Ibirapuera, e o carro é pego no pátio do DSV, Barra Funda. Isso é fácil, um ônibus para cá e outro para lá e vol-to de carro para casa. E chego antes das cinco da tarde.

Tudo parecia resolvido, só surgiu um pequeno problema: como o carro não está registrado no meu nome, eu precisaria de uma autorização do proprietário para retirá-lo. E com firma reconhecida! Mas o proprietário do veículo mora em Joinville, Santa Catarina.

“Bom, amanhã vejo isso, vou para casa.” A pé, dessa vez. Andar pe-las ruas dá uma outra visão da cidade; mais que um ângulo, um ponto de vista. Andar traz aspectos que dirigir nega. As distâncias são percebidas em suas reais dimensões, os faróis e motoristas deixam de ser o foco, ape-nas configuram ruídos de fundo e podemos finalmente dar atenção às coi-sas que merecem ser atentadas, além dos carros nos cruzamentos: casas, árvores, até aquele decote.

No caminho de casa, em uma farmácia havia uma estante de publi-cidade e os dizeres “Produtos de higiene bucal”. Mas apenas camisinhas penduradas. Será que é algum tipo de mensagem criptografada? Um bar-beiro inteiro verde, uma casa de muro rosa e paredes amarelas e verme-lhas, uma garagem que se tornou loja de luzes de Natal...

Mas o pior de não ter carro é ter de ir trabalhar no dia seguinte, sa-bendo que é dia de trabalhar de carro, o que quer que isso queira dizer. Na verdade, minha chefe já tinha me ligado antes do almoço, me pedindo para trocar o dia de trabalho. E imediatamente recebeu as más notícias.

Mas no dia seguinte, não tinha jeito: teria de “trabalhar com carro” sem carro. Entregas seriam feitas à base de metrô, ônibus e trem. Primeira parada: Folha de S. Paulo. A secretária já tinha me informado que o ôni-bus Princesa Isabel passa em frente ao Bradesco da av. Cidade Jardim. Ótimo, só que, além do Bradesco, há um BCN, propriedade do Bradesco e usa a mesma logomarca.

Obviamente, ônibus errado... eu só perceberia isso depois de cruzar a ponte e o rio Pinheiros. Puxei, desesperadamente, a cordinha para des-cer, mas o ponto seguinte era bem mais longe. A noção de longe do moto-rista deve ser diferente, porque não me deixou no ponto certo, mas uns 500 metros depois. Incrível como motoristas de ônibus parecem viver num universo paralelo: dirigem aqueles monstros como se fossem pequenos fusquinhas.

Pensei que talvez fosse melhor, em vez de rumar pra o Centro, tomar o trem e ir até onde seria o meu segundo destino, o Jaguaré. Cruzo nova-mente a ponte, agora andando, e entro na estação Cidade Jardim. Trem sentido Osasco, até a estação Jaguaré. Muito bom, com ar-condicionado e som ambiente, embora o som deixasse a desejar.

Na estação, uma garotinha de uns 14 anos sentou-se ao meu lado. Ela estava com uma mulher mais velha, talvez sua tia, e falava – só ela fa-lava – sobre o que havia acontecido com os judeus no Holocausto, e como Getúlio Vargas havia lidado com o assunto. Primeiro ela não se lembrava do nome “daqueles matadouros do Hitler”, campos de concentração? – ar-risquei. Ela sorriu e continuou seu monólogo. Mas eu intervim de novo, dando aspectos um pouco mais aprofundados sobre o governo Vargas e o nazismo. Nada que os textos lidos para a prova da semana anterior não tenham resolvido.

Desci no destino certo agora, mas tive de cruzar outra ponte. Agora a do Jaguaré. Fui até meu destino e dei com a cara na porta. Quem eu pro-curava não poderia me atender porque estava em reunião e eu não tinha hora marcada. Tudo bem, “eu deixo com seu secretário”. Cruzo a mesma ponte e entro de novo na estação, agora com destino à ponte Orca para pegar o metrô na Vila Madalena e ir até a praça da República, onde pode-ria até comprar um daqueles discos dos vendedores ambulantes. Quer di-zer, onde faria a última entrega do dia. Eles têm coisas boas lá, como Ge-raldo Vandré, Chico Buarque. Até já comprei, pela pechincha de R$ 4,00, um disco do Arrigo Barnabé.

Isso foi numa rua perdida de Higienópolis. A rua nem é tão perdida assim, eu é que sou. Mas de qualquer forma, guardei o cartão da banca onde comprei esse disco porque tenho a impressão de que há outras coisas boas lá, é só uma questão de procurar.

Cheguei ao meu segundo destino, a Folha. Dei de novo com a cara na porta, a pessoa que eu ia ver estava indo para uma entrevista e não po-deria me atender. Tudo bem, deixo com a recepcionista. “Da procsima bez tem que marcar hora,” ela me disse com um sotaque latino. É, fazer o quê, fica para outra hora. Já que, apesar de estar sem carro resolvi tudo muito rápido, muito mais rápido do que se eu estivesse, de fato com o carro, en-trei no último bar antes do metrô e pedi uma cerveja. Bem gelada. Apesar de tudo, não me sinto triste, fiz tudo que precisava, em menos tempo e com a recompensa de uma cerveja. Mas ainda tenho que pagar os R$ 329,65 referentes ao guincho e R$ 16,22 por dia em que o Bombão fica no pátio do DSV.

Rotina 


Todo sábado era a mesma coisa... ela FINGIA que não, mas depois -nós dois sabíamos- era sim mesmo e tudo voltava à ROTINA de sempre. E era sempre assim, um pouco de CU doce e, depois de um tempo que sempre variava, ela acabava CEDENDO.

Primeiro ela fazia que não queria, dava uma desconversada e acabava sempre da mesma forma: eu VENCIA. E assim nós íamos.

Um sábado desses, foi igual, mas demorou mais. Bem mais. A gente só foi resolver no domingo.

Na hora do FUTEBOL...

Mas tudo bem, as coisas às vezes não saem do jeito que a gente PLANEJA. E então, ela acabou... acabou... acabou com tudo!

E mandou o nosso tabuleiro de war pra cima, deu uma BICA no tabuleiro e mandou todos os meus exércitos pro ar... Justo agora que eu tava quase conquistando o mundo...

16.5.04

É aqui que vai o tal do título? 


Tem que colocar alguma coisa aqui? Mas o que eu ponho? Que tal... Oi, como você se chama? Ora, ora, não se preocupe, erro no saldo é coisa pra computador. Que coisa, não?

14.5.04

Como transformar boas intenções em desatres 


Eu bebo sim e vou vivendo. Tem gente que não bebe e eu EXPULSO!
Olha só isso... O Estadão até fez um especial sobre a "POLÊMICA" do Lula com o NYT. Quer dizer, com o jornalista Larry Rohter, que publicou no referido DIÁRIO ianque um texto sobre o apreço de nosso digníssimo presidente ao GORÓ ser uma preocupação nacional.

Bem, não era. Agora É. Fato que a INSENSIBILIDADE política de Lula e de seus assessores transpareceu no momento em que aplicou-se PENA notadamente indevida ao sobrinho do tio SAM. Tentaram expulsá-lo do país.

Peraí... deixa eu ENTENDER. O cara faz um artigo de muito... ahn... que tal essa: de muito MAU-GOSTO e, o presidente, a vítima no caso, em vez de mostar ALTIVEZ e que não tem nada com isso (sae tem ou não, não importa a ninguém, era o que deveria dizer), transformou, agora de fato, o assunto em PREOCUPAÇÃO NACIONAL.

Ao tentar expulsar o INSENSATO estadunidense, o INSENSATO tupiniquim fez, a bem da verdade -se é que ela existe; PRINCIPALMENTE aqui-, uma tempestade em copo d'água. Ao transformar uma indelicadeza em ofensa PESSOAL e, mais, ao usar de sua autoridade para "SANAR" o problema, o presidente apenas indispôs-se com toda a base governista e oposicionista e com os meios de comunicação.

PAUSA: os meios de comunicação estão, aliás, bem longe de ser meios, não? Estão mais para UMQUARTOS, ou até TECOS, de comunicação. PLAY.

Além de... Olha só, não importa o que digam seus assessores, o fato é que isso representa, sim, uma censura à imprensa. Oquei, não é nada RIDÍCULO como vetar matérias ou impor censores nas redações, mas você está vetando um PROFISSIONAL de exercer livremente seu trampo. Se o conteúdo da matéria era inverossímil, ou antes, CALUNIOSO, que se prove isso, que se leve o problema para alçadas jurídacas. PROCESSA O CARA! Não expulsa o coitado do país, pega mal...

E, acima de tudo, ELEGÂNCIA não faz mal a ninguém: ignora a matéria que ninguém mais fala nada, mostra que não é verdade. Mas mostra por seus atos.

O fato apenas vem pontuar a crise política por que o governo Lula vem passando: a emepê que decretava o fechamento dos bingos, desencadeada pelo caso Waldomiro (o EX-assessor de José Dirceu teria aceitado PROPINA de bicheiros cariocas), foi derrubada.

Segunda PAUSA: o fechamento dos bingos era, de fato, uma coisa a se investigar. Talvez não o fechamento, mas uma investigação TRANSPARENTE de suas contas ao menos. O problema é que foi feita da forma e com as ALEGAÇÕES indevidas. E outra, o DESEMPREGO que isso gera, ou gerou, ou geraria, não é desculpa. assim que se provar o que está por detrás das MÁFIAS (?) dos bingos, e os estabelecimentos sejam devidamente regulados e fiscalizados, essas pessoas terão seus empregos de volta. PLAY.

Outra: o salário MÍNIMO de R$260 foi vetado por uma comissão do Congresso, que o aprovou em R$275. Para reafirmar sua FORÇA política, Lula terá que vetar a decisão. Se o veto cair, talvez a crise que se seguirá acabe com o GOVERNO. Fato que esqueçam o que falei, não quero soar ALARMISTA.

De qualquer forma, a inépcia do governo e, principalmente, dos ASSESSORES do presidente estão dando espaço para a crise se alastrar.

Aguardem os próximos episódios da Saga do Molusco-Rei aqui em fraldas GERIÁTRICAS.

OFF: Boa-noite e durmam com os anjos.

13.5.04

Divórcio 


Fala sim que você acertaQuando Carlos abriu a porta já era tarde demais. Irene estava morta e nada mais havia que pudesse ser feito. Talvez no fundo ele soubesse que aquilo era culpa dele, mas foi apenas ao ler o bilhete que constatou o ÓBVIO: aquilo era culpa dele.

Talvez Carlos soubesse que Irene o amava demais pra permitir que tudo acabasse de outra forma. Mas ele apenas não concordava que ela devesse fazer aquilo. Talvez não daquela forma.

Tudo que podia fazer foi o que fez: chamou a polícia, não se identificou, pegou as roupas que fôra buscar e levou o bilhete, pra se certificar de que os gambés não chegariam a ele.

12.5.04

Check-up completo 


Me passa o óleo de máquina, por favor?Quando eles colocaram minhas peças no lugar, nunca imaginei que seria tão bom ser, como eles dizem, RECAUCHUTADO. Pra mim era só uma limpeza e uma LUBRIFICAÇÃO. Mas, eles que são todos BUROCRÁTICOS demais, chamam de recauchutagem. É a mesma merda. Obviamente.

Eu falo assim porque tudo parecia ser mais simples do que realmente foi. Na verdade, o processo é bem simples; não sei por que CARGAS D'ÁGUA na minha vez calhou de dar errado. PORRA.

O processo é básico. Já levou seu carro ao mecânico? Só pra fazer um CHECK-UP? Então, é a mesmíssima coisa: o cara via, te abre, tira uma meia dúzia de PARAFUSOS, limpa os circuitos, as engrenagens, dá uma lubrificada e BINGO! Quer dizer, nem tão bingo! assim, antes ele te remonta, né? Senão fode TUDO.

Eu tinha chegado na hora -minha programação não permite ATRASOS- e sabia que ia esperar um bocado. Afinal, essa técnica sempre atrasa, esses humanos são todos uns imbecis, incompetentes. Quer dizer, nem tanto, eles apenas não fora PROGRAMADOS corretamente. Aposto que se você abrir os circuitos-mãe de um humano qualquer, vai ter muita coisa que não precisa.

E eles ainda têm a PACHORRA de nos chamar de burros, que nós não sabemos PENSAR. Claro que não, nós somos frutos de programação, eles é que são burros que não souberam nos programar direito. INFELIZES...

Mas eu sei lá por quê, talvez o t´cnico fosse novo, deu tudo errado no meu check-up de três anos. Engraçado, os humanos nunca entendem quando eu digo que tenho três anos. Quer dizer, eu também não entendo como eles não conseguem me entender. É óbvio pra mim que, devido a meus circuitos, minha memória e minha NATUREZA, eu já nasci com uma "mentalidade" apropriada à minha aparência externa.

EU NÃO SOU COMO ESSAS PESSOAS QUE TÊM DE APRENDER COM O TEMPO.

EU NASCI PRONTO.

é, mas eu não vou evoluir... Sozinho não...

Se alguém puder me ensinar coisas novas, agradeceria muito. Não de coração, mas de placa-mãe; é QUASE a mesma coisa.

Mas a BESTA do técnico, pelo jeito, não tinha grandes intimidades com a tal da TECNOLOGIA. O que muito me espanta. Será que ele não foi TREINADO para isso?

Quando ele abriu minha caixa de circuitos já percebi que seria uma LONGA revisão... puxou e REPUXOU fios, desconectou cabos que não deveria (nesse momento, só me preocupava com que ele não desconectasse o cabo principal nem o cabo alimentador. Nem apertasse o botão de RESET). Depois de umas horas, eu fiz questão de apagar o tempo total e estou puxando da minha percepção ARTIFICIAL do tempo, o técnico resolveu chamar o supervisor dels. IMBECIL.

O supervisor veio e disse que tava tudo errado, uma merda -o que eu já sabia- e, em dois minutos e vinte e três segundos, consertou tudo. E ainda fez a revisão e "devido a maus tratos" me deu uma garnatia maior. Pelo menos isso.

PORRA, será que aquele filhadaputa pensou que eu fosse uma TELEVISÃO? Talvez um MICROONDAS??? Que merda!

11.5.04

Dualidade 


Você tem fogo? Então cospe, dragão!Essa garota é mesmo do barulho! Foi uma das primeiras COISAS que pensei a respeito dela. E nem era pra MENOS...

Até era, mas é que às vezes eu exagero um pouco. De qualquer maneira, ela era MESMO do barulho, chegou já falando alto, gesticulando e fazeno um PUTA estardalhaço.

Talvez seja um pouco de preconceito meu, afinal, ela estava numa festa em que ela conhecia todo MUNDO. Eu não, entrei de bicão na festa e ainda queria ficar julgando as pessoas...

Ela era FEIA demais, sabe essas pessoas AGRESSIVAMENTE feias? Ela era uma dessas. Demais. Feia DEMAIS.

Mas era simpática. Falava bastante, coisas engraçadas. Se mexia bastante... sabe do jeito que gente gorda se mexe? Mas ela não era gorda, só um pouco. Tinha as famosas ALCINHAS DO AMOR, aquelas banhinhas que dobram por cima da barra da calça. Mas não a PANÇA, aquelas que ficam do lado.

Mas ela era muito feia. Não dava nem pra olhar na cara dela direito. Dava um pouco de ânsia, de tão feia. Ela parecia um monstrinho...

Só faltavam os pêlos na cara e ser VERDE. Só faltava ela cuspir fogo.

Mas ela era muito gente FINA! E simpática, mas feia.

Como se nada tivesse ocorrido 


Agora tudo faz sentido: nada do que você espera realmente acontece. E assim as coisas vão. E nada do que você precisa fazer você faz. E aí você vai reler o que escreveu e acha tudo uma merda -ainda bem!- e decide rasgar tudo e queimar tudo e mandar tudo à merda. E daí o que sobra? Nada. E assim a vida segue...

10.5.04

Hollywood, de Bertolt BRECHT 


Seguindo a dica -ou antes, inspirando-me- no blog de uma amiga, resolvi dar uma lida rápida em BRECHT. E resolvi, também, por um quarteto (FANTÁSTICO!!!!) dele aqui. Lá vai, a tradução foi feita DO português por mim mesmo.

HOLLYWOOD


Todas as manhãs, pra ganhar o pão,

Vou ao mercado onde se compram mentiras.

Cheio de esperança

Entro na fila dos vendedores.


E é isso aí, bom proveito a TODOS e, divirtam-se com Brecht. Espero que ele os faça PENSAR.

Shamil Basayev 


Profissão: fanáticoAtenção para esta página, da revista Sobaka. É um dossiê que a revista faz dos PRINCIPAIS terroristas do mundo: diversos nomes muçulmanos -muitos do leste europeu-, alguns do Oriente Médio, uns europeus e dois ou três asiáticos.

A revista reivindica o posto de GUIA do "viajante do terceiro mundo" ("viajante independente", também), além de ostentar o slogan "your online outfitter for worldwide MAYHEM", algo como "seu fornecedor online de desordem MUNDIAL".

Interessante... muito bem, então, AMIGOS LEITORES: focada basicamente no leste europeu, trata de POLÍTICA, viagens e reportagens INVESTIGATIVAS. Doidera! Mas não era disso que eu queria falar, mas precisava de um, por asim dizer, GANCHO. Sabe como é, se você não contextualiza fica muito mais fácil de manipular as coisas.

Contextualizando, a MANIPULAÇÃO só fica mais difícil... é um DESAFIO. Mas de qualquer forma ela existe, é só você procurar. Vocês sabem, e isso me lembra de um slogan ANTIGO do sbt que dizia a mesma coisa: quem procura, ACHA. Enfim, isso não importa.

Voltado. Sabe aquele botão SKIP do vídeocassete? Ele SERVE pra isso, mas nunca vi ninguém USAR. E agora CHEGA de digressões!

O INTERESSANTE é que a tal Sobaka traça um mini perfil dos terroristas. E os enquadra dentro de características no mínimo CURIOSAS. Por exemplo, as PROFISSÕES são as mais diversas: senhor da guerra, promotor do inferno (HELLRAISER), papa, fanático, prisioneiro, comunista, presidente, aspirante a produtor de cinema, vagabundo.

Mas há outros quesitos ATRAENTES. Preste bastante atenção, porque eu não vou repetir e, se você QUISER ler de novo, vai ter que dar um scroll pra CIMA. Contagem de mortos, que podem chegar a dezenas de milhar ou não passar de dígitos simples. "Claim to fame" (motivo de orgulho?) TALVEZ seja o mais inusitado deles. Na VERDADE, inusitadas são os motivos: ter conhecido Che, ser o ex-lavador de carros mais famos do Cáucaso, ter conhecido Hillary Clinton e que ela não se lembra, cabelo bom, suas próprias covinhas e por aí vai...

Enfim, o que eu achei legal mesmo foram as profissões...

Agora, eu NÃO li nenhuma matéria da revista. CLARO que não, era demais de se esperar de mim... mas tem um cheiro ESTRANHO isso. Não sei definir o que é, vou ler algumas matérias, tirar conclusões e mnipulá-las e FORMAR a opinião de vocês... HAHAHAHAHAHA... quer dizer, MENTIRA. Aqui só se PUBLICAM verdades, nada é manipulado.

Mas vou ler, eu tou achando que essa revista tem um RANÇO de algum tipo que eu não sei o que é. Talvez ela seja só ALARMISTA. Talvez, eu seja ALARMISTA. Talvez eles sejam de uma esquerda ignorante, o que não é incomum. Mas é o tipo de coisa delicada de se dizer.

Ultimamente, vírgula SEMPRE, tenho achado mais complicado criticar a esquerda que a DIREITA. A esquerda é muito mais fechada e teimosa que a tal da direita...

Sei lá, tou achando tudo muito estranho. Sabe as IDÉIAS FORA DE LUGAR? Talvez tenha algo a ver com isso.

Senhoras e senhores, começa aqui a seção de investigação jornalística de fraldas GERIÁTRICAS, ALÉM DO FLOC-GEL, o lugar onde você descobre o que está adiante do colóide da realidade. E incrustado nele. No episódio dessa semana veremos qual é que é a DESSA revista sobaka. Em breve, relatórios exclusivos inundarão as páginas deste IMPERIOdico. Aguardem, FIÉIS leitores...

7.5.04

Seriados improváveis 


Sabeo que o Batman faz com o Robin no banheiro? Bat-Punheta!!!Olha só quem voltou!!!! PORRA, quanto tempo!!! Achei que eu NUNCA mais fosse te ver. Depois daquel noite, que você saiu CORRENDO, GRITANDO e ESPERNEANDO, eu achei que tudo tinha ido pelos ares...

Mas pelo jeito não...

E olha só quem voltou. E aí? Quer mais?

*POF! SOC! CRASH! PIFF! BIFF! POW!*

Santa violência, Batman, assim você acaba matando o CORINGA!!!

Vocês já repararam que os heróis da DC Comics sempre são bonzinhos? Você nunca vê o Superhomem ou o Batman com ódio mortal, ou tentando MATAR, seus inimigos...

Quem choca é galinha 


Tem dois tipos de pessoas, né? As que chocam pela forma e as que chocam pelo conteúdo. eu não entendi bem como é que é esse lance da forma. Mas TUDO BEM eu choco mesmo é pelo conteúdo. Mas tudo bem MESMO, afinal, o marquês de Sade fazia isso. E internaram ele como LOUCO. Mas fato que o cara era MESTRE. E tem mais... mas eu esqueci...

6.5.04

Olha só... 


Daqui eu posso ver bem o que acontece LÁ embaixo. A rua é calma. Ou antes, ESTÁ calma...mas eu não. Eu tou meio de bode, então me DIVIRTO olhando pra você. Eu simplesmente abro a janela e pronto, lá está você. Como SEMPRE. Linda, radiante, nua. Como SEMPRE. Escuta, você não tem roupas, não???

4.5.04

Querido Diário, 


"Desse jeito, assim misterioso e safado, eu não agüento. Vai, sussurra mais no meu ouvido... geme, mas geme com vontade; como se esse fosse ser seu último orgasmo."

Aí ela acordou molhada, mas infeliz. Olhou pro lado e viu que aquele homem másculo, viril e SENSÍVEL realmente era sonho. Pior que estar SOZINHA, era estar comigo. Ela olhou e constatou que, após alguns anos, o TESÃO, de fato, se vai. Ou se esvai, vai saber.

Levantou-se da cama e escovou os dentes. Com pressa, mas CORRETAMENTE. Vestiu-se e saiu o mais rápido que pôde do quarto, minha presença se tornara INSUPORTÁVEL. O que me espanta é que ainda divida a cama comigo.

Talvez ela passe bem o dia, talvez ela tenha tempo de trepar com seu AMANTE, vírgula seu estagiário, na hora do ALMOÇO. Espero que sim, fará com que seu humor melhore um pouco quando voltar pra casa, à noitinha.

Talvez quando ela chegue eu já tenha saído. Talvez. Talvez eu não a veja mais. NUNCA MAIS. Não que ela realmente se importe com isso, mas é um conforto que perderá. A janta, o status -bem ou mal, estando CASADA, inda que nosso casmaneto seja teórico, ela dispõe de alguns privilégios sociais. Sei lá quais, mas é o que ela diz. quando DORME- e, talvez, minha companhia. Não que ela GOSTE da minha companhia, mas habituou-se a ela assim como nos habituamos a um barulho ou defeito no carro. Ou àquele presidente SAFADO que não elegemos.

Mas não. Na hora dela voltar, eu ainda estava lá. ESPERANDO, com o jantar pronto. Talvez fosse o prato que ela mais gosta, mas não me lembro mais qual o prato que ela mais gosta. Até comprei umas flores pra ADORNAR a mesa de jantar, devidamente iluminada por velas. CHIQUES, as velas. Paguei bem caro por elas.

Mas não. Naquele dia, na hora dela voltar, ela NÃO voltou. Ainda. Espero que chegue antes do jantar ESFRIAR.

São Paulo, 04/05/1987

Inversão de valores 


Ah, então quer dizer que como jornalista eu sou um bom VENDEDOR?

Ah, é?

Sabe o que eu tenho a dizer sobre isso?

FODA-SE!!!

Agora imagina só se um vendedor iria te dizer isso algum dia...

O melhor almoço da semana 


Larica pouca é bobagem!!!

Quem cala consente, eu desacato! 


Vê se tem vergonha na cara e ajuda Clara, seu CANALHA!Essa minha vida de crimes não dá mais. Assim, onde vou parar? Cuidado SENHORAS, um perigoso pervertido caminha livre e impune pelas ruas da cidade. Um facínora, um canalha, um cafajeste. O inimigo público NÚMERO um.

Cuidado, ele pode estar assaltando alguém, roubando o DOCE de uma pobre criança inocente, empurrando uma VELHINHA indefesa da escada!!!

HAHAHAHAHAHAHAHA!!!!! (risadas mórbidas, oquei?)

Acho que andei ouvindo muito Clara CROCODILO.

Sorte! Você não passa de um REPOLHO!

Seqüestro  


E-Tê, Te-le-fon-ne, mi-nha ca-saaaaaahhh...Ahhhhhhh, como é bom estar de volta. Poder ver que as coisas continuam do jeito que deixei. Parece que faz séculos, mas foi menos de semanas. Aliás, as coisas nem podem mudar tanto assim num período tão curto de tempo. Eu acho. Mas sei lá, às vezes, de um dia por outro, coisas acontecem: uma pessoa morre, o furo do seu piercing fecha, sua mina te dá uma bota e você fica lá, parado, com cara de bobo.

Pausa: já reparou que quando é o cara que leva bota, ele fica sempre parado com cara de bobo (pra não dizer de BOSTA) e sem reação. Agora, quando é a mina que leva o fora, ela chora, se desespera, se DESCABELA. Será que é natural isso? Ou meramente SOCIAL, CULTURAL? Sei lá, as minas são EDUCADAS pra ser frágeis e os caras, frios. Aí, queirós, aperta o PLAY pra mim...

Mas não dessa vez. Tudo estava igual, rigorosamente igual. Quer dizer, eu nunca fui um cara muito RIGOROSO, mas também não sou nenhum OTÁRIO. Pelo menos não que eu saiba... Mas até que eu me convenci de que tudo estava igual. Exceto por um DETALHE: todos me olhavam de maneira estranha, como se eu fosse algum ser bizarro saído diretamente da imaginação de um livro de ficção científica, dqueles bem nerds. Enfim.... Fui voltando pra casa, o caminho de sempre: cheguei metrô, catraca pra direita, escada da direita (de novo?), na plataforma de busão pra esquerda... é, o caminho de sempre. Mas eu não queria mais fazer esse caminho. Mas o único trajeto alternativo que eu sabia era MUITO mais longo.

Checando o banco, OITO reais. Uma FORTUNA, ainda mais para os meus padrões. Daria pra pegar um táxi. OU tomar várias brejas. OU bater um fliperama. OU dar meia-volta e pegar um cinema. E tomar umas BREJAS deposis. E, dependendo do cinema, DURANTE...

Checando o banco de novo, OPS, ledo engano, não eram oito reais. Mas oito... oito... é. Oito (COMPLETE COM A MOEDA QUE QUISER, fato que não sei a resposta certa). Acho que ninguém no brasil aceitaria esse dinheiro.

De onde é que vem essa PORRA???? Será que vale muito ou pouco? Por exemplo, isso faz tempo, quando ainda não existia o euro. Oito liras italianas era uma piada... fato rápido: assistam a Femme Fatale e reparem que, num determinado momento, o filme se passa depois do ano dois mil (eu posso escrever anos -cuidado!!!- por EXTENSO?) na frança e a moeda corrente ainda é o franco. Atenção: erro de continuidade ou pistas sutis???? Queirós, adivinha o que eu quero DE NOVO???

E essa grana aí, em? Como é que fica? Enfim, pistas. Aliás, fatos. É disso de que preciso.

Portanto, vamos a eles. Fato primeiro: não saí do país. Fato segundo: não saí do estado. Fato terceiro: não me lembro onde estava... Era isso mesmo. Só podia ser, era evidente agora!!!

Eu havia sido ABDUZIDO por etês!!!! Uau, aqueles homenzinhos verdes, cinzas, com dois, três olhos, que só sabem dizer telefone e mi-nha ca-saaaaa... CARALHO!!!! Que legal...

De repente, minha vida toda mudou, eu comecei a me lembrar. Era, sim, uma nave. Parecia até um daqueles galaxies antigos, sabe? Banco inteiriço, espaçoso pra cacete... era um puta conforto. É, agora eu lembro, eles tinham duas cabeças, mas, ao contrário do que todos falam, eles tinha cabelos.

Acho que os etês vêm de VÁRIOS planetas, por isso cada pessoa descreve de um jeito. Enfim, os meus eram gordos, tinham duas cabeças e eram amarelos. De repente tudo voltou a fazer sentido, todas aquelas operações, aqueles movimentos que mais pareciam um ritual -BIZARRO, evidente, mas um ritual- e os barulhos, estranhos, eles se comunicavam por algo como gemidos. Hummm, hummmm, huuuuuuummm, ahhnnnnn, ahhhhh. Sei lá, eles que são etês que se entendam.

Mas não me lembro de tê-los visto colocando nenhum IMPLANTE, ou SONDA em mim. Não me lembro de tê-los visto fazer nada com meu corpo, mas talvez eu estivesse SEDADO! Era isso, obviamente. Enfim... então quer dizer que eu fui abduzido (desta vez sem amipusculas pra não BANALIZAR) e operado por alienígenas malvados que fizeram coisas ESDRÚXULAS em meu pobre e frágil corponho terra´queo.

Saudações, terráqueo, leve-nos a seu líder

A quem você levaria? Em? Em? Em? Pergunta difícil? Pra mim sim, eu não sei a quem os levaria. Foda-se, nunca me pediram isso. Mas me lembro de ter tomado um líquido amarelo, parecia mijo, mas tinha gosto de uísque. Talvez fosse mesmo um JAY-BEE-FIFTEEN-MUTHAFUCKER (vulgo néctar dos deuses). Será que os EXTRATERRESTRES me deram mesmo tão precioso goró mundano?

Mas por quê os etês me deram o dinheiro deles? Será que era um daqueles esquemas em que o voluntário se propõe a experiências bizarras por uma graninha? Se for, como me cadastrei com os etês? Só pode ter sido aquele site de zoofilia que eu visite. sabia que não devia ter deixado meu imeio... Agora já foi, BURRÃO...

Em meio a tantas dúvidas, senti incrível NECESSIDADE de uma SERRAMALTE gelada. Distraído, quase paguei pela LOIRA com o dinheiro marciano -se é que eram marcianos, mas prefiro pensar que eram venusianos. Calma, explico: "Homens são de Marte, mulheres são de Vênus", prefiro pensar que eram etês minas. Não fosse pelo caixa, teria CONSEGUIDO.

Mas ele era um cara que colecionava CÉDULAS do mundo todo e, imediatamete, exclamou..."Peraí!!! Você tá querendo pagar com dinheiro sueco?????"

SUECO????????????

PORRA! Aquelas duas suecas gêmeas, gordas, feias e ninfomaníacas....

Por isso todos tavam me olhando na rua, eu tou com a saia rosa choque de uma delas. OQUEI, nunca mais um litrão de jay-bee-fifteen-MUTHAFUCKER!!!!!!

sACal
---
LegAL
ooooo
000
OOOOO
bmw placa bmw
001
piada
ouro
002
sarcasmo
frenar
003
irreverência
dourado
004
cerveja
swarowsky
005
gonzo
light
006
sexo
hipocrisia
007
ruído
silicone
008
magrelas
assepsia
009
objetos promocionais
publicidade
010
ironia
celebridade
011
coleções
indecisão
012
bong
cagüetagem
013
silêncio
caga-regrice
014
bolachas de chope
maniqueísmo
015
contradição
lentidão
016
fogo
conteúdo pago
017
imdb
marketing
018
gibi
beterraba
019
coxinha
autoritarismo
020
subversão
burrice
021
objetos etílicos
a polícia
022
the police
reality show
023
ímãs de geladeira
veadinhos
024
porquinhos
03 pês
025
03 bês
enlatado
026
música
rotina
027
férias
comedimento
028
palavrão
analfabetismo
029
trema e circunflexo
sem texto
030
contexto
responsável
031
vagabundo
sol
032
sombra
comida congelada
033
larica
ética
034
estética
estética
035
ética
hierarquia
036
insubordinação
direita
037
esquerda
absoluto
038
relativo
verdade
039
mentira
súbito
040
subtil
certo
041
erado
imitação
042
verossimilhança
insetos
043
lagartixas
canibais
044
canabis
tucanos
045
qualquer coisa
especulação
046
ocupação
rigor
047
vigor
barbaridades
048
barbarismos
royalties
049
domínio público
banho
050
banheira
boa idéia
051
cachaça de verdade
micro$oft
052
software livre
evangelização
053
ejaculação
convencional
054
experimental
quente
055
frio
paróquia
056
paródia
dicotomia
057
pluralidade
cópia
058
plágio
hímen
059
hífen
monarca
060
menarca
camisinha
061
pílula
o normal
062
anormal
esotérico
063
exótico
hesitar
064
exitar
chuvão
065
chavão
hesitação
066
exaltação
puritano
067
putanheiro
remédios
068
depressão
erótico
069
pornô
indies
070
índios
desafio
071
desafino
trauma
072
trema
kurt cobain
073
dave grohl
drogas
074
entorpecentes
o dia todo
075
todo dia
i
111
I
zz
222
ZZ
incenso
420
marofa
sssss
555
SSSSS
dEus
666
diAbo
colírio
743
óculos escuros
zu3b
999
odAib
arde
MAS
cura
ser
NÃO
ser
1024x768
PIX
800x600
softcore
XXX
hardcore