4.5.04
Querido Diário,
"Desse jeito, assim misterioso e safado, eu não agüento. Vai, sussurra mais no meu ouvido... geme, mas geme com vontade; como se esse fosse ser seu último orgasmo."
Aí ela acordou molhada, mas infeliz. Olhou pro lado e viu que aquele homem másculo, viril e SENSÍVEL realmente era sonho. Pior que estar SOZINHA, era estar comigo. Ela olhou e constatou que, após alguns anos, o TESÃO, de fato, se vai. Ou se esvai, vai saber.
Levantou-se da cama e escovou os dentes. Com pressa, mas CORRETAMENTE. Vestiu-se e saiu o mais rápido que pôde do quarto, minha presença se tornara INSUPORTÁVEL. O que me espanta é que ainda divida a cama comigo.
Talvez ela passe bem o dia, talvez ela tenha tempo de trepar com seu AMANTE, vírgula seu estagiário, na hora do ALMOÇO. Espero que sim, fará com que seu humor melhore um pouco quando voltar pra casa, à noitinha.
Talvez quando ela chegue eu já tenha saído. Talvez. Talvez eu não a veja mais. NUNCA MAIS. Não que ela realmente se importe com isso, mas é um conforto que perderá. A janta, o status -bem ou mal, estando CASADA, inda que nosso casmaneto seja teórico, ela dispõe de alguns privilégios sociais. Sei lá quais, mas é o que ela diz. quando DORME- e, talvez, minha companhia. Não que ela GOSTE da minha companhia, mas habituou-se a ela assim como nos habituamos a um barulho ou defeito no carro. Ou àquele presidente SAFADO que não elegemos.
Mas não. Na hora dela voltar, eu ainda estava lá. ESPERANDO, com o jantar pronto. Talvez fosse o prato que ela mais gosta, mas não me lembro mais qual o prato que ela mais gosta. Até comprei umas flores pra ADORNAR a mesa de jantar, devidamente iluminada por velas. CHIQUES, as velas. Paguei bem caro por elas.
Mas não. Naquele dia, na hora dela voltar, ela NÃO voltou. Ainda. Espero que chegue antes do jantar ESFRIAR.
São Paulo, 04/05/1987
Aí ela acordou molhada, mas infeliz. Olhou pro lado e viu que aquele homem másculo, viril e SENSÍVEL realmente era sonho. Pior que estar SOZINHA, era estar comigo. Ela olhou e constatou que, após alguns anos, o TESÃO, de fato, se vai. Ou se esvai, vai saber.
Levantou-se da cama e escovou os dentes. Com pressa, mas CORRETAMENTE. Vestiu-se e saiu o mais rápido que pôde do quarto, minha presença se tornara INSUPORTÁVEL. O que me espanta é que ainda divida a cama comigo.
Talvez ela passe bem o dia, talvez ela tenha tempo de trepar com seu AMANTE, vírgula seu estagiário, na hora do ALMOÇO. Espero que sim, fará com que seu humor melhore um pouco quando voltar pra casa, à noitinha.
Talvez quando ela chegue eu já tenha saído. Talvez. Talvez eu não a veja mais. NUNCA MAIS. Não que ela realmente se importe com isso, mas é um conforto que perderá. A janta, o status -bem ou mal, estando CASADA, inda que nosso casmaneto seja teórico, ela dispõe de alguns privilégios sociais. Sei lá quais, mas é o que ela diz. quando DORME- e, talvez, minha companhia. Não que ela GOSTE da minha companhia, mas habituou-se a ela assim como nos habituamos a um barulho ou defeito no carro. Ou àquele presidente SAFADO que não elegemos.
Mas não. Na hora dela voltar, eu ainda estava lá. ESPERANDO, com o jantar pronto. Talvez fosse o prato que ela mais gosta, mas não me lembro mais qual o prato que ela mais gosta. Até comprei umas flores pra ADORNAR a mesa de jantar, devidamente iluminada por velas. CHIQUES, as velas. Paguei bem caro por elas.
Mas não. Naquele dia, na hora dela voltar, ela NÃO voltou. Ainda. Espero que chegue antes do jantar ESFRIAR.
São Paulo, 04/05/1987