29.4.06
Explícito
Gosto das carecas.
Mas também gosto daquelas que deixam os cabelos pra fora da calcinha.
Mas também gosto daquelas que deixam os cabelos pra fora da calcinha.
Monogamia
Não é que eu seja careta. Sou ciumento & possessivo demais.
Não suportaria ver minha mulher com outro.
Até poderia, eu, ficar com outras, mas não sou hipócrita.
Se eu puder, ela também deve poder.
E, como já disse, não pode.
Não suportaria ver minha mulher com outro.
Até poderia, eu, ficar com outras, mas não sou hipócrita.
Se eu puder, ela também deve poder.
E, como já disse, não pode.
Onde fui parar...
Nessas minhas pesquisas, coprofagia ficou banalizado...
Welcome to Tijuana
28.4.06
Videoclipe
Clique aqui e veja o pior dos anos 80.
Clipes com narrativa, fumaça, permanente e lesbian chic.
Além do mau uso de synths, é claro.
Argh!!!
Não tive coragem de colocar o player do You Tube.
Clipes com narrativa, fumaça, permanente e lesbian chic.
Além do mau uso de synths, é claro.
Argh!!!
Não tive coragem de colocar o player do You Tube.
Mais video
O que vai acontecer é óbvio, mas engraçadíssimo.
27.4.06
Uso do tempo
Tinha uma série de coisas importantes pra fazer, mas passei o dia desperdiçando meu tempo com joguinhos online.
26.4.06
Animação
Mario (aquele mesmo) para maiores.
25.4.06
Treme-treme
A tela do monitor fica tremendo...
Me causa um certo pânico. Mas tudo bem, em alguns minutos devo zarpar mesmo.
O que me irrita mesmo é ter de apertar a barra de espaço rigorosamente no meio, para que ela não atrapalhe a digitação e não encavale as palavras.
Me causa um certo pânico. Mas tudo bem, em alguns minutos devo zarpar mesmo.
O que me irrita mesmo é ter de apertar a barra de espaço rigorosamente no meio, para que ela não atrapalhe a digitação e não encavale as palavras.
Entenda como quiser
http://www.luisbunuel.org/inicio/bunuel1.html
Não é link. Não pergunte por quê...
Não é link. Não pergunte por quê...
Um dia
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou uma coca e fechou.
Sentou no sofá, tirou os sapatos e deitou.
Tomou a coca, mudou os canais e dormiu.
Acordou suado, tirou a camisa e deitou-se.
Sonhou com os anjos, sofreu de polução noturna e acordou.
Tomou banho, lavou as orelhas e barbeou-se.
Aprumou o terno, endireitou a gravata e calçou os sapatos.
Tomou café, comeu pão velho e saiu.
Ficou preso no trânsito, xingou o prefeito e atrasou-se.
Brigou com o chefe, perdeu a cabeça e o emprego.
Entrou no bar, duas cervejas, um uísque e pouca gorjeta.
Ligou o carro, acelerou e roletou os faróis.
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou cervejas e fechou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Relutou, mudou de idéia e capitulou.
Abriu a gaveta, pegou a arma e destravou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Mudou de canais, tomou cervejas e decidiu.
Apontou a tela, contraiu o dedo e disparou.
Sorriu, gargalhou e chorou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Falhou, errou e engatilhou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Acertou, sangrou, morreu.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou uma coca e fechou.
Sentou no sofá, tirou os sapatos e deitou.
Tomou a coca, mudou os canais e dormiu.
Acordou suado, tirou a camisa e deitou-se.
Sonhou com os anjos, sofreu de polução noturna e acordou.
Tomou banho, lavou as orelhas e barbeou-se.
Aprumou o terno, endireitou a gravata e calçou os sapatos.
Tomou café, comeu pão velho e saiu.
Ficou preso no trânsito, xingou o prefeito e atrasou-se.
Brigou com o chefe, perdeu a cabeça e o emprego.
Entrou no bar, duas cervejas, um uísque e pouca gorjeta.
Ligou o carro, acelerou e roletou os faróis.
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou cervejas e fechou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Relutou, mudou de idéia e capitulou.
Abriu a gaveta, pegou a arma e destravou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Mudou de canais, tomou cervejas e decidiu.
Apontou a tela, contraiu o dedo e disparou.
Sorriu, gargalhou e chorou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Falhou, errou e engatilhou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Acertou, sangrou, morreu.
Questionário
Nome: Cyranose de Bergerac
Alter-ego: ander_laine
Idade: a verdade é que sobrevivi a três eras geológicas
Profissão: vagabundo frustrado
Religião: jornalista não-praticante
Formação acadêmica: práticas avançadas de sexo tântrico com ênfase em orgasmos múltiplos
Gosto: etembro
Não gosto: de muitas coisas
Uma frase: "Foda-se, porra!"
Um disco: "O filho de José e Maria", Odair José, 1974
Um livro: "Quem ama, educa (sic)", Içami Tiba
Um jornal: prefiro limpar a bunda com papel higiênico aromatizado
Um filme: Tri-X-Pan, iso 400, Kodak
Um sonho: padaria Brasileira, Santo André, SP
Alter-ego: ander_laine
Idade: a verdade é que sobrevivi a três eras geológicas
Profissão: vagabundo frustrado
Religião: jornalista não-praticante
Formação acadêmica: práticas avançadas de sexo tântrico com ênfase em orgasmos múltiplos
Gosto: etembro
Não gosto: de muitas coisas
Uma frase: "Foda-se, porra!"
Um disco: "O filho de José e Maria", Odair José, 1974
Um livro: "Quem ama, educa (sic)", Içami Tiba
Um jornal: prefiro limpar a bunda com papel higiênico aromatizado
Um filme: Tri-X-Pan, iso 400, Kodak
Um sonho: padaria Brasileira, Santo André, SP
Finalmente
Site do Xis-mém tr3s no ar.
Clique aqui.
26 de maio, nos cinemas.
em off: fraldas GERIÁTRICAS não ganhou um puto para divulgar o filme. Infelizmente.
Clique aqui.
26 de maio, nos cinemas.
em off: fraldas GERIÁTRICAS não ganhou um puto para divulgar o filme. Infelizmente.
Leitor
Queria ler uma coisa muito legal.
Claro que não serei eu que escreverei.
Mas meus blogues de leitura estão todos mortos.
Quer dizer, não posso dizer isso porque as pessoas levam a sério e se ofendem.
De qualquer maneira, queria ler alguma coisa muito,muito boa.
Talvez seja hora de desligar o micro e ler um livro, certo?
É, mas queria ler algo muito, muito bom de alguém que conheço e conheço algumas pessoas que escrevem muito, muito bem.
Infelizmente, acho que elas estão usando seus blogues como blogues e não como laboratório de texto.
Talvez algumas delas tenham sido contaminadas pelo vírus incurável do factual. Do noticioso. Do hard-news.
fraldas GERIÁTRICAS, pautas frias e soft-news.
Claro que não serei eu que escreverei.
Mas meus blogues de leitura estão todos mortos.
Quer dizer, não posso dizer isso porque as pessoas levam a sério e se ofendem.
De qualquer maneira, queria ler alguma coisa muito,muito boa.
Talvez seja hora de desligar o micro e ler um livro, certo?
É, mas queria ler algo muito, muito bom de alguém que conheço e conheço algumas pessoas que escrevem muito, muito bem.
Infelizmente, acho que elas estão usando seus blogues como blogues e não como laboratório de texto.
Talvez algumas delas tenham sido contaminadas pelo vírus incurável do factual. Do noticioso. Do hard-news.
fraldas GERIÁTRICAS, pautas frias e soft-news.
A maior merda da semana
Derrubar a -última- lata de cerveja segundos antes de abri-la.
Coisas que quero
Guimbarda
Escaleta
Celesta
Charamela
Theremin
Contra-fagote
Piano preparado
Aprender a tocar tudo isso...
Escaleta
Celesta
Charamela
Theremin
Contra-fagote
Piano preparado
Aprender a tocar tudo isso...
Reformulação
Resolvi mudar tudo na minha vida. Uma reforma total. Nada que fui ou que sou serei mais. Um novo homem, você dirá. Bem, quase. Na verdade, ontem fiquei sabendo que sou o próximo na lista de mudança de sexo. Tudo pela saúde pública, afinal, não posso bancar uma cirurgia cara como essa. Bem, caro mesmo vai ser mudar meu guarda-roupa.
Agosto
Coisas de que gosto:
...
Pensando bem, não vale a pena me expor assim por aqui...
...
Pensando bem, não vale a pena me expor assim por aqui...
Em ponto
Meia noite.
Ainda sóbrio.
Ainda perdido.
Ainda procurando o texto perfeito.
Ainda sem tesão pela vida.
Ainda sem coragem o suficiente para escrachar.
Ainda sem coragem pra verbalizar.
Ainda sem drogas no corpo.
Ainda triste.
Ainda pesquisando pela etimologia de palavras que não existem.
Ainda buscando a preposição correta.
e com muitas, muitas coisas a fazer.
Ainda sóbrio.
Ainda perdido.
Ainda procurando o texto perfeito.
Ainda sem tesão pela vida.
Ainda sem coragem o suficiente para escrachar.
Ainda sem coragem pra verbalizar.
Ainda sem drogas no corpo.
Ainda triste.
Ainda pesquisando pela etimologia de palavras que não existem.
Ainda buscando a preposição correta.
e com muitas, muitas coisas a fazer.
Citação fora de hora
Será que tudo vale a pena quando a alma não é pequena?
Não sei, posto que a minha é pequeninha assim.
Menor que meu orgulho, maior que minha sobriedade.
Não sei, posto que a minha é pequeninha assim.
Menor que meu orgulho, maior que minha sobriedade.
24.4.06
Diga-me
Fróide para estúpidos...
De acordo com a teoria dos instintos de titio Sigmundo, o homem é regido por duas forças: Eros e Thanatos.
Eros é a vida e os instintos sexuais. Thanatos, a morte e os instintos de autopreservação. Eros é regido pelo prindípio do prazer. Thanatos, pelo da realidade.
Eros busca o fim da repressão a que estamos sujeitos. Thanatos nos empurra à produtividade, nos refreia os instintos de prazer. Thanatos nos faz buscar a segurança.
Ou seja, o prazer é vida. O trabalho é morte. Eros é bom, Thanatos é mau.
Perdão, sem maniqueísmos. Até porque, embora seja um defensor do fim do trabalho (outra hora falo a respeito) e do prazer irrefreado, tenho uma quedinha pela morte.
Leão, o rei dos animais
Por quanto tempo será que ele vai conseguir segurar a lanterna?
em off: hahahahahahahahahahaha... seria engraçado se não fosse triste. Mas, quer saber? Que se foda!!!
Blogue de merda
É tanta informação que eu acho inútil demais.
Claro que isso é metalingüístico...
Claro que isso é metalingüístico...
Depois dos quinze minutos
Quem se lembra deste sorridente pimpolho de feições inegavelmente normandas que nos entretia nas tardes de domingo em início dos anos noventa?
Será que agora ele atende pelo nome de Junky?
Será que ele ainda tem fãs?
Será que ele fez filmes?
Será que ele ainda tem cara de bobo?
Será que alguém aí se lembra dele?
Ou melhor, qual de vocês era fã dele à época?
em off: mais sobre o escândalo. Não li nada disso, se tiver alguma coisa quente, comentem me avisando, oquei?
Será que agora ele atende pelo nome de Junky?
Será que ele ainda tem fãs?
Será que ele fez filmes?
Será que ele ainda tem cara de bobo?
Será que alguém aí se lembra dele?
Ou melhor, qual de vocês era fã dele à época?
em off: mais sobre o escândalo. Não li nada disso, se tiver alguma coisa quente, comentem me avisando, oquei?
Cultura
Existem tantas definições pra cultura que nem valeria a pena eu tentar me esforçar pra melhorar qualquer uma delas. Tudo é cultura.
Na verdade, não quero iluminar ninguém, até porque gosto do escuro. Piadinhas infames à parte, cultura é um troço muito louco. Só pra ilustrar e ver que a pluralidade é uma coisa legal, que existe mesmo e que nada pode ser feito para combatê-la. Só podemos louvá-la (argh!) e aceitar que o outro é diferente de nós. Ainda bem!
Na terra do tio sam não tem cerva de garafa grande. Nas Oropa, a garafa grande é de meio litro. Nas paragens tupiniquins, de 600 mL. Nas terras vizinhas hermanas, de um litrão (ai, que inveja dos cucarachas, nossos semelhantes).
E aí, vai me dizer que isso não é elucidativo?
Saúde! E, pra celebrar nossas diferenças, que tal umazinha, em? Tudo bem, você pode tomar água...
Na verdade, não quero iluminar ninguém, até porque gosto do escuro. Piadinhas infames à parte, cultura é um troço muito louco. Só pra ilustrar e ver que a pluralidade é uma coisa legal, que existe mesmo e que nada pode ser feito para combatê-la. Só podemos louvá-la (argh!) e aceitar que o outro é diferente de nós. Ainda bem!
Na terra do tio sam não tem cerva de garafa grande. Nas Oropa, a garafa grande é de meio litro. Nas paragens tupiniquins, de 600 mL. Nas terras vizinhas hermanas, de um litrão (ai, que inveja dos cucarachas, nossos semelhantes).
E aí, vai me dizer que isso não é elucidativo?
Saúde! E, pra celebrar nossas diferenças, que tal umazinha, em? Tudo bem, você pode tomar água...
20.4.06
Questão
Será que vai dar tempo de chegar ao O'Malley's antes das vinte e duas horas e fugir da infame entrade de vinte merréis?
Ber mudanças
Quero mudar a cara desse blogue, mas não sei o que fazer, nem por onde começar.
Return to sender
Mundinho bizarro, esse.
Video
Não é, mas bem que poderia ser a minha banda.
E digo que não é especialmente por causa do repertório, é claro.
E digo que não é especialmente por causa do repertório, é claro.
19.4.06
Negativo
Não sei o que fazer
Não sei o que beber
Não sei o que vestir
Não sei o que dizer
Não quero isso
Nem aquilo
Não vou
Não sou
Não gosto
Não posso
Não sei
Não consigo
Não fiz
Nem farei
Não é
Não pode
Não deve
Não faça
Não
Não sei o que beber
Não sei o que vestir
Não sei o que dizer
Não quero isso
Nem aquilo
Não vou
Não sou
Não gosto
Não posso
Não sei
Não consigo
Não fiz
Nem farei
Não é
Não pode
Não deve
Não faça
Não
Eu quero ir pro inferno.
Por diversos motivos.
Por diversos motivos.
Pra chocar os cristãos & puritanos que acreditam nessas coisas. Pra sacanear. Pra não precisar me esforçar pra ganhar o reino dos céus. Pra não precisar me preocupar se o que faço é bom ou mal. Porque todas as pessoas que conheço (ao menos as que estimo) vão pra lá. Porque o céu deve ser uma chatice sem fim. Porque os anjos não têm sexo. Porque são pedro vive mandando chuva pra baixo. Porque sim.
Alma caridosa
E aí, quem vai ser o bom samaritano que vai apresentar aquele lá pra nós, em?
Dúvida
Por que as coisas não são fáceis e óbvias como costumavam ser na terceira série?
Retórico
Esse blogue, além de muito chato e repetitivo, é repetitivo.
Nossa, vamos reformular a frase anterior.
Esse blogue, além de muito chato e repetitivo, tem predileção por algumas palavras.
Atenção, outros cri-cris de plantão: isso não é um estudo, uma pesquisa nem muito menos estatística. Tou falando da minha cabeça que domina tudo por esta seara virtual.
Por exemplo, palavras como nada, depressão, preguiça, cerveja, porre e chapado, são constantes nesse blogue. Desafio alguém a achar pelo menos uma semana em que não use pelo menos uma delas. Mentira, não desafio não, porque pode ser que alguém ache. Aliás, mentira é outra figurinha fácil deste. Hmmmm... se incluir a palavra mentira talvez valha o desafio.
Mas deixemos o desafio pra lá, já que ninguém vai ler mesmo o que escrevi...
É curioso. Fico aqui falando pra mim como se alguém se importasse com isso. Bem, se nem eu mesmo me importo, que dizer de outros que nem sabem que eu existo?
Se você, por acaso, ler este texto, saiba que este blogue é muito repetitivo.
Talvez você deva ler um livro. Há suegestões ótimas, mas não interessa. Faça você mesmo a sua cabeça, seu paga-pau.
Nossa, vamos reformular a frase anterior.
Esse blogue, além de muito chato e repetitivo, tem predileção por algumas palavras.
Atenção, outros cri-cris de plantão: isso não é um estudo, uma pesquisa nem muito menos estatística. Tou falando da minha cabeça que domina tudo por esta seara virtual.
Por exemplo, palavras como nada, depressão, preguiça, cerveja, porre e chapado, são constantes nesse blogue. Desafio alguém a achar pelo menos uma semana em que não use pelo menos uma delas. Mentira, não desafio não, porque pode ser que alguém ache. Aliás, mentira é outra figurinha fácil deste. Hmmmm... se incluir a palavra mentira talvez valha o desafio.
Mas deixemos o desafio pra lá, já que ninguém vai ler mesmo o que escrevi...
É curioso. Fico aqui falando pra mim como se alguém se importasse com isso. Bem, se nem eu mesmo me importo, que dizer de outros que nem sabem que eu existo?
Se você, por acaso, ler este texto, saiba que este blogue é muito repetitivo.
Talvez você deva ler um livro. Há suegestões ótimas, mas não interessa. Faça você mesmo a sua cabeça, seu paga-pau.
Nenhum
Nada. Nada. Nada. Nada.
Alguma coisa.
Arrá! Achei...
Alguma coisa.
Arrá! Achei...
18.4.06
Mais lixo gratuito
É claro que eu fiz merda de novo. Mas, olha a minha cara de grilado.
Pois é, cheguei ao ponto da apatia total. Nada mais importa e nada mais faz sentido.
O que não quer dizer que eu vá perder a piada.
Nem parar de postar essas coisas de mau-gosto por aqui.
Muito menos vou deixar de escrever durante as madrugadas...
E sigo na vidinha vazia e mundana que temos por aqui.
Esse ano tem copa e eleição. Quer mais ópio que isso? Só falta morrer o papa Francisco Bento Dezesseis.
Sim, quero mais ópio, mas um ópio verdadeiro e contundente. Nada de falsificações midiáticas. Nada de descontextualizações vadias.
Quero palavras menores e latas de cerveja maiores.
Baseados com menos semente e mais princípio-ativo. O já famoso delta-nove-tetrahidrocanabinol, mas nesse ponto eu fujo do ponto.
Qual ponto?
Ah, o da farsa. Vejam o lado positivo, ninguém paga nada pra ler o que escrevo. Seria sacanagem demais cobrar. Para isso, já temos a mídia gorda.
Pois é, cheguei ao ponto da apatia total. Nada mais importa e nada mais faz sentido.
O que não quer dizer que eu vá perder a piada.
Nem parar de postar essas coisas de mau-gosto por aqui.
Muito menos vou deixar de escrever durante as madrugadas...
E sigo na vidinha vazia e mundana que temos por aqui.
Esse ano tem copa e eleição. Quer mais ópio que isso? Só falta morrer o papa Francisco Bento Dezesseis.
Sim, quero mais ópio, mas um ópio verdadeiro e contundente. Nada de falsificações midiáticas. Nada de descontextualizações vadias.
Quero palavras menores e latas de cerveja maiores.
Baseados com menos semente e mais princípio-ativo. O já famoso delta-nove-tetrahidrocanabinol, mas nesse ponto eu fujo do ponto.
Qual ponto?
Ah, o da farsa. Vejam o lado positivo, ninguém paga nada pra ler o que escrevo. Seria sacanagem demais cobrar. Para isso, já temos a mídia gorda.
Observatório da Imprensa
Gilson Caroni Filho (*)
Foi uma ducha fria para tucanos e aliados. No fim de semana, o instituto Datafolha publicou a mais recente pesquisa sobre intenções de voto para presidente. Lula manteve estável sua liderança. Alckmin que, por gravidade, deveria ter subido, apresentou ligeiro declínio. Até mesmo Anthony Garotinho, do PMDB, com todos os problemas que envolvem sua pouco provável candidatura, oscilou positivamente. O resultado da pesquisa, anunciado dentro de estreitas margens de erro, é fato não previsto no script dos oposicionistas. Algo que merece reflexão mais séria da própria imprensa sobre seu papel na sociedade.
Um misto de consternação e perplexidade tomou conta de nove entre 10 colunistas. Os principais blogs de portais jornalísticos não escondem a frustração de quem, meses a fio, desenvolveu um trabalho extenuante que, agora, se mostra inútil.
Mais que a inviabilidade eleitoral do ex-governador paulista, o Datafolha talvez tenha capturado um dado de extrema importância: a deslegitimação do discurso jornalístico e das representações que estão por trás dele. Da seleção e organização de informações à edição, temos visto, em quase todos os veículos, a orientação editorial condicionar o conteúdo da reportagem. A negligência investigativa transformou-se no foco adequado a um jornalismo marcadamente de campanha. Ora, a crise do atual governo é, em grande parte, uma realidade produzida por recortes de mídia. Não poucas vezes, o dado concreto cedeu lugar à imaterialidade midiática. Indícios viraram manchetes. E, não tenham dúvida, estas reaparecerão na campanha eleitoral. O resultado é a saturação que deslegitima o fazer jornalístico como práxis ética.
O relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi aprovado pela CPI dos Correios no dia 5 de abril. Parlamentares do PT ficaram descontentes com a manutenção dos principais pontos do documento, como a existência do " mensalão" e o indiciamento dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken por corrupção ativa. Era de se esperar que o contraditório tivesse espaço nas folhas. Mas o que se viu foi celebração digna de jornalismo esportivo. O Jornal do Brasil não hesitou, e na edição de 6/4 colocou como manchete: "Mensalão existiu. PT saudações". Talvez tenha sido o mais tosco de todos os jornais, mas reproduziu o espírito reinante nas principais redações.
Versão e axioma
Voz solitária foi a revista CartaCapital. Em matéria assinada por Sérgio Lirio, o trabalho do deputado paraense é descrito sob outra ótica.
Mas podemos formular mais perguntas: por que o banqueiro Dantas sequer foi citado no relatório? Por que não há referências ao caso Fundacentro? Foi assim, sem provas e argumentos consistentes, que ficou comprovada a existência do "mensalão". Ficou claro por quem dobram os sinos. Telespectadores, leitores e ouvintes não engoliram em seco a nova criação da mídia. Talvez a pesquisa sinalize nessa direção.
Outro deslocamento semântico é observado no emprego da palavra "pizza". Quando o plenário rejeita recomendação do Conselho de Ética da Câmara e absolve um parlamentar, sai da fornada uma nova pizza. Os telejornais se esmeraram na reprodução gráfica da massa e sua presença em charges de primeira página deve intrigar os pizzaiolos mais desavisados. É uma maneira de, pela simplificação e repetição exaustivas, transformar em axioma o que é apenas a versão de um dos lados em confronto. Ao fazê-lo, o que deveria ser produto jornalístico assume o caráter de house organ. Chamar a isso de texto informativo é fazer pouco da inteligência do senso comum.
Menos gelatinosa
Recurso muito utilizado pelos articulistas militantes é o emprego descontextualizado de palavras e conceitos. Opinião pública é um desses casos. Senhora desconcertante e enigmática, parece não ter aparecido na pesquisa do Datafolha.
Definida por Pierre Bourdieu como "artefato puro e simples cuja função é dissimular que o estado da opinião em um dado momento do tempo é um sistema de forças (...)", virou casca de banana para o colunista Merval Pereira, do Globo. Desavisado, afirmou, em 12/3, que o sociólogo francês havia escrito um livro sobre o assunto: "Bourdieu debruça-se sobre o assunto em um livro sintomaticamente intitulado ‘A opinião pública não existe’". Sintomaticamente, o que não existe é o livro citado. O texto é um ensaio publicado na coletânea Questões de sociologia, da Editora Marco Zero.
Isso seria um erro menor se o mesmo jornalista, seguindo o rastro de outros profissionais do ramo, não insistisse em chamar Lula de populista. Ignora que o termo descreve um período singular de países latino-americanos: substituição de importações, incorporação controlada de massas ao mercado de trabalho, criação de direitos sociais e surgimento de líderes carismáticos pela via eleitoral. Fora desse contexto, seu emprego é mero recurso retórico esvaziado de conteúdo. Serve apenas como propaganda ideológica.
Mas o que fez a mídia perder-se de si mesma, invalidando seus estatutos de verdade, foi a crença nas auto-representações. A imprensa imagina-se, como destaca Emiliano José, uma espécie de "parlamento sem voto", podendo, nesse raciocínio, falar em nome do povo. Quem conhece o entrelaçamento de interesses que a torna sócia das classes dominantes sabe o quão ingênua é essa caracterização. Quando não tínhamos sedimentação social suficiente que nos permitisse dizer em nome de quem se estava exercendo a delegação do poder talvez a realidade estivesse menos distante da idealização. Hoje, no entanto, nossas estruturas estão bem mais consolidadas. Nossa sociedade está bem menos gelatinosa.
Falando sozinha
Acreditar, por exemplo, que a mídia derrubou Collor faz parte desse imaginário tão caro ao campo jornalístico. Invertendo os raciocínios habitualmente empregados, cumpre dizer que foi a sociedade civil que, à época, mobilizou a imprensa. O papel desta limitou-se a conter o impeachment nos marcos do bloco de poder que o havia levado à presidência.
A pesquisa Datafolha reitera o fim do mito. Apesar do empenho, redações e ilhas de edição não lograram mobilizar a sociedade civil contra o governo Lula.
Outro erro primário, resultante da fantasia iluminista do papel da mídia, é atribuir a popularidade do presidente à desinformação dos setores mais pobres. Confunde-se, nesse caso, consenso passivo com desinformação. Mesmo nos rincões, a informação, etiquetada com a objetividade jornalística, já chegou e foi decodificada politicamente.
O grande equívoco dos donos de meios de comunicação foi subestimar o peso da crise deflagrada a partir da entrevista de Roberto Jefferson à Folha de S.Paulo. A ferida ética do PT não redimiu velhos atores, mas, ao contrário, contaminou todo o campo político. Ao imaginar que responsáveis por descalabros recentes pudessem virar vestais, a aproximação com tais atores chamuscou seu capital simbólico. O que a pesquisa reflete é algo muito singular para ser ignorado. A população aprendeu a ler sua mídia e a ver as imagens com mais nitidez. E a deixou falando sozinha.
Lamento e senha
Os próximos lances serão decisivos. É sabido que a grande imprensa tucana tem clara preferência por José Serra. É provável que não poupem Alckmin, para deflagrar de vez o plano B. Será interessante observar o conservadorismo brasileiro esperando Serra como quem espera Godot. O texto abaixo, extraído do blog do jornalista Ricardo Noblat, é só um aperitivo do que vem por aí.
Para eleger Lula
Mistura de lamento e senha, tem lá seu valor documental.
Um misto de consternação e perplexidade tomou conta de nove entre 10 colunistas. Os principais blogs de portais jornalísticos não escondem a frustração de quem, meses a fio, desenvolveu um trabalho extenuante que, agora, se mostra inútil.
Mais que a inviabilidade eleitoral do ex-governador paulista, o Datafolha talvez tenha capturado um dado de extrema importância: a deslegitimação do discurso jornalístico e das representações que estão por trás dele. Da seleção e organização de informações à edição, temos visto, em quase todos os veículos, a orientação editorial condicionar o conteúdo da reportagem. A negligência investigativa transformou-se no foco adequado a um jornalismo marcadamente de campanha. Ora, a crise do atual governo é, em grande parte, uma realidade produzida por recortes de mídia. Não poucas vezes, o dado concreto cedeu lugar à imaterialidade midiática. Indícios viraram manchetes. E, não tenham dúvida, estas reaparecerão na campanha eleitoral. O resultado é a saturação que deslegitima o fazer jornalístico como práxis ética.
O relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi aprovado pela CPI dos Correios no dia 5 de abril. Parlamentares do PT ficaram descontentes com a manutenção dos principais pontos do documento, como a existência do " mensalão" e o indiciamento dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken por corrupção ativa. Era de se esperar que o contraditório tivesse espaço nas folhas. Mas o que se viu foi celebração digna de jornalismo esportivo. O Jornal do Brasil não hesitou, e na edição de 6/4 colocou como manchete: "Mensalão existiu. PT saudações". Talvez tenha sido o mais tosco de todos os jornais, mas reproduziu o espírito reinante nas principais redações.
Versão e axioma
Voz solitária foi a revista CartaCapital. Em matéria assinada por Sérgio Lirio, o trabalho do deputado paraense é descrito sob outra ótica.
"Após 287 dias, o trabalho de Serraglio continua com as mesmas incongruências apresentadas nos textos parciais. Dos 19 deputados acusados de receber o mensalão, sete são filiados ao PT. Por que parlamentares petistas precisariam receber dinheiro para votar com o governo? Outro citado, Roberto Brant, integra o PFL, legenda que mais faz oposição a Lula no Congresso. Sem os petistas e Brant sobram 11 parlamentares da base governista. É possível ganhar uma votação pagando a tão pouca gente? Outra dúvida: se o relator confirma o mensalão, por que os parlamentares serão indiciados apenas por crime eleitoral, que pune caixa 2"?
Mas podemos formular mais perguntas: por que o banqueiro Dantas sequer foi citado no relatório? Por que não há referências ao caso Fundacentro? Foi assim, sem provas e argumentos consistentes, que ficou comprovada a existência do "mensalão". Ficou claro por quem dobram os sinos. Telespectadores, leitores e ouvintes não engoliram em seco a nova criação da mídia. Talvez a pesquisa sinalize nessa direção.
Outro deslocamento semântico é observado no emprego da palavra "pizza". Quando o plenário rejeita recomendação do Conselho de Ética da Câmara e absolve um parlamentar, sai da fornada uma nova pizza. Os telejornais se esmeraram na reprodução gráfica da massa e sua presença em charges de primeira página deve intrigar os pizzaiolos mais desavisados. É uma maneira de, pela simplificação e repetição exaustivas, transformar em axioma o que é apenas a versão de um dos lados em confronto. Ao fazê-lo, o que deveria ser produto jornalístico assume o caráter de house organ. Chamar a isso de texto informativo é fazer pouco da inteligência do senso comum.
Menos gelatinosa
Recurso muito utilizado pelos articulistas militantes é o emprego descontextualizado de palavras e conceitos. Opinião pública é um desses casos. Senhora desconcertante e enigmática, parece não ter aparecido na pesquisa do Datafolha.
Definida por Pierre Bourdieu como "artefato puro e simples cuja função é dissimular que o estado da opinião em um dado momento do tempo é um sistema de forças (...)", virou casca de banana para o colunista Merval Pereira, do Globo. Desavisado, afirmou, em 12/3, que o sociólogo francês havia escrito um livro sobre o assunto: "Bourdieu debruça-se sobre o assunto em um livro sintomaticamente intitulado ‘A opinião pública não existe’". Sintomaticamente, o que não existe é o livro citado. O texto é um ensaio publicado na coletânea Questões de sociologia, da Editora Marco Zero.
Isso seria um erro menor se o mesmo jornalista, seguindo o rastro de outros profissionais do ramo, não insistisse em chamar Lula de populista. Ignora que o termo descreve um período singular de países latino-americanos: substituição de importações, incorporação controlada de massas ao mercado de trabalho, criação de direitos sociais e surgimento de líderes carismáticos pela via eleitoral. Fora desse contexto, seu emprego é mero recurso retórico esvaziado de conteúdo. Serve apenas como propaganda ideológica.
Mas o que fez a mídia perder-se de si mesma, invalidando seus estatutos de verdade, foi a crença nas auto-representações. A imprensa imagina-se, como destaca Emiliano José, uma espécie de "parlamento sem voto", podendo, nesse raciocínio, falar em nome do povo. Quem conhece o entrelaçamento de interesses que a torna sócia das classes dominantes sabe o quão ingênua é essa caracterização. Quando não tínhamos sedimentação social suficiente que nos permitisse dizer em nome de quem se estava exercendo a delegação do poder talvez a realidade estivesse menos distante da idealização. Hoje, no entanto, nossas estruturas estão bem mais consolidadas. Nossa sociedade está bem menos gelatinosa.
Falando sozinha
Acreditar, por exemplo, que a mídia derrubou Collor faz parte desse imaginário tão caro ao campo jornalístico. Invertendo os raciocínios habitualmente empregados, cumpre dizer que foi a sociedade civil que, à época, mobilizou a imprensa. O papel desta limitou-se a conter o impeachment nos marcos do bloco de poder que o havia levado à presidência.
A pesquisa Datafolha reitera o fim do mito. Apesar do empenho, redações e ilhas de edição não lograram mobilizar a sociedade civil contra o governo Lula.
Outro erro primário, resultante da fantasia iluminista do papel da mídia, é atribuir a popularidade do presidente à desinformação dos setores mais pobres. Confunde-se, nesse caso, consenso passivo com desinformação. Mesmo nos rincões, a informação, etiquetada com a objetividade jornalística, já chegou e foi decodificada politicamente.
O grande equívoco dos donos de meios de comunicação foi subestimar o peso da crise deflagrada a partir da entrevista de Roberto Jefferson à Folha de S.Paulo. A ferida ética do PT não redimiu velhos atores, mas, ao contrário, contaminou todo o campo político. Ao imaginar que responsáveis por descalabros recentes pudessem virar vestais, a aproximação com tais atores chamuscou seu capital simbólico. O que a pesquisa reflete é algo muito singular para ser ignorado. A população aprendeu a ler sua mídia e a ver as imagens com mais nitidez. E a deixou falando sozinha.
Lamento e senha
Os próximos lances serão decisivos. É sabido que a grande imprensa tucana tem clara preferência por José Serra. É provável que não poupem Alckmin, para deflagrar de vez o plano B. Será interessante observar o conservadorismo brasileiro esperando Serra como quem espera Godot. O texto abaixo, extraído do blog do jornalista Ricardo Noblat, é só um aperitivo do que vem por aí.
Para eleger Lula
O ex-prefeito José Serra deve estar gargalhando com o resultado da pesquisa do Instituto DataFolha. Geraldo Alckmin, por sua vez, deve estar repetindo que a campanha só começa com o período de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Nada mais falso. O período de propaganda dura 45 dias. Nos primeiros, a audiência costuma ser baixa. Se quiser ganhar, um candidato tem de chegar lá com alto índice de conhecimento e bem nas pesquisas. O índice de conhecimento de Serra era alto. E somente ele empatava com Lula ou encostava nele. O PSDB preferiu disputar com um candidato reserva. O crescimento de Garotinho não deverá tirar o PMDB do seu rumo. Em mais de uma dezena de Estados, candidatos ao governo do PMDB estão aliados com o PSDB e o PFL. Preferem, pois, que o partido não tenha candidato a presidente. Garotinho só não pode é crescer muito e ficar com pinta de quem irá disputar um eventual segundo turno com Lula – ah, isso não. Ter um candidato forte a presidente seria a desgraça do PMDB. Em resumo: o PSDB e o PMDB operam de forma acelerada para reeleger Lula. Acabarão conseguindo.
Mistura de lamento e senha, tem lá seu valor documental.
(*) Professor de Sociologia da Facha, Rio de Janeiro
17.4.06
Da moda de remakes & refilmagens
Caraca! Colocaram um bigode no Don Johnson.
Nerd
Isso vai ser massa.
Obrigado, senhor, por me fazer um nerd borra-botas.
Obrigado, senhor, por me fazer um nerd borra-botas.
Os mesmos erros
Às vezes eu faço merda. Digo, na maioria das vezes.
Uma das coisas que me arrependo é de ter demorado demais pra aprender a usar o botão "republish entire blog" deste serviço que me hospeda. Por conta disso, perdi toda a evolução de fraldas GERIÁTRICAS, como ele foi mudando e crescendo com o tempo. Quando percebi a merda, nunca mais apertei o tal botão.
Mas até que tinha salvação, já que possuía os backups de tudo. Mas quando meu hd precisou ser formatado, fodeu. E vocês ficam com isso aí, oquei?
Uma das coisas que me arrependo é de ter demorado demais pra aprender a usar o botão "republish entire blog" deste serviço que me hospeda. Por conta disso, perdi toda a evolução de fraldas GERIÁTRICAS, como ele foi mudando e crescendo com o tempo. Quando percebi a merda, nunca mais apertei o tal botão.
Mas até que tinha salvação, já que possuía os backups de tudo. Mas quando meu hd precisou ser formatado, fodeu. E vocês ficam com isso aí, oquei?
O futebol brasileiro anda uma merda, mesmo
Coritiba encontrou até fezes no vestiário do Baenão
CURITIBA - O Coritiba teve a noção exata do que terá de enfrentar ao longo da campanha na Série B neste ano, na vitória sobre o Remo (2 x 1) em Belém, no último sábado. Além do estádio acanhado, com um gramado em péssimas condições, o elenco alviverde encarou uma surpresa nada agradável ao chegar nos vestiários do Baenão: fezes humanas.
O mau cheiro e os aspecto do local deixaram o ambiente inabitável, segundo os relatos. O supervisor Odivonsir Frega tentou limpar o local, mas sem sucesso, com gelo e algodão queimado com álcool.
Entretanto, o feitiço virou contra o feiticeiro: o técnico Estevam Soares usou a armadilha como motivação, e o time largou com uma vitória fora de casa logo na estréia.
O mau cheiro e os aspecto do local deixaram o ambiente inabitável, segundo os relatos. O supervisor Odivonsir Frega tentou limpar o local, mas sem sucesso, com gelo e algodão queimado com álcool.
Entretanto, o feitiço virou contra o feiticeiro: o técnico Estevam Soares usou a armadilha como motivação, e o time largou com uma vitória fora de casa logo na estréia.
em off: não sei qual a fonte original. Pelo jeito, nem o Yahoo!. Ah, quando eu disse fonte original, quis dizer da notícia, não das fezes. Aliás, uma merda mesmo é ter de se chamar Odivosnir, em? Continue agora com a flatulenta saga de fraldas GERIÁTRICAS. E não preciso dizer mais nada, preciso?
Jornalista
Uma grande amiga jornalista, há alguns anos, numa pauta perdida, acabou deparando-se com este indivíduo. Ela devia fazer uma reportagem boa. E saiu-se com essa. Não me lembro da repercussão da matéria, mas lembro que o impacto de sua descoberta internética foi grande. Lembrei-me do indivíduo agora e acho que vocês, que têm medo da morte, deveriam perder um tempinho na página do moço.
Saco
Eu gosto mesmo é de reclamar. Por pura diversão. Falar mal dos outros às vezes me diverte, também, mas escolho muito bem de quem falar. Afinal, embora haja muitas pessoas toscas no mundo, nem todas merecem atenção. Só as mais toscas.
Eu gosto de escrever, também. Mas não ganho nada por isso e é bem frustrante. Na verdade, eu fujo de lugares que me pagariam para escrever. Escrevo o que quero do jeito que quero, certo? Mais ou menos. O bom de ter um blogue é essa total falta de critério e orientação editorial.
Fato é que abri este post pra falar que não tolero pessoas que escrevem errado. Calma, não me julguem mal. Há erros e erros. Há quem erre por estilo e há quem erre por falta dele. Há quem erre porque não sabe escrever, mesmo. Não estou falando de erros de revisão, digitação e o caralho. Nem tou falando de quem pensa mal. Tou falando de gente que estupra a língua sem saber. Se souber o que está fazendo, é quase como se a língua te desse o consentimento para um orgasmo total.
Aprendam a escrever. E o pior é que não estou falando com ninguém especificamente. Mas os blogues que eu leio escrevem direitinho...
Eu gosto de escrever, também. Mas não ganho nada por isso e é bem frustrante. Na verdade, eu fujo de lugares que me pagariam para escrever. Escrevo o que quero do jeito que quero, certo? Mais ou menos. O bom de ter um blogue é essa total falta de critério e orientação editorial.
Fato é que abri este post pra falar que não tolero pessoas que escrevem errado. Calma, não me julguem mal. Há erros e erros. Há quem erre por estilo e há quem erre por falta dele. Há quem erre porque não sabe escrever, mesmo. Não estou falando de erros de revisão, digitação e o caralho. Nem tou falando de quem pensa mal. Tou falando de gente que estupra a língua sem saber. Se souber o que está fazendo, é quase como se a língua te desse o consentimento para um orgasmo total.
Aprendam a escrever. E o pior é que não estou falando com ninguém especificamente. Mas os blogues que eu leio escrevem direitinho...
Faça você mesmo
Seja seu prórpio Mondrian. Em inglês.
Mais bobagens
Tudo que tinha a fazer era apertar o botão vermelho.
Sabia que era o botão de auto-destruição (leia-se salvação).
Caguei pra isso. Quero mesmo que isso se exploda sozinho.
Piadinha infame, essa, em?
Sabia que era o botão de auto-destruição (leia-se salvação).
Caguei pra isso. Quero mesmo que isso se exploda sozinho.
Piadinha infame, essa, em?
Bobagens
A falta do que se foi é a lembrança do que não será.
A volta do que partiu é a memória do que não se guarda.
A perda do que resta é a indelével cicatriz que nos marca.
A ferro & fogo, só pra usar um chavão. Adoro.
A volta do que partiu é a memória do que não se guarda.
A perda do que resta é a indelével cicatriz que nos marca.
A ferro & fogo, só pra usar um chavão. Adoro.
Mais sobre a caixa que fala
Não, fiquem tranqüilos, não vou destilar meu parco conhecimento por aqui.
Achei um link massa sobre o TalkBox. Ensina até a fazer um...
Clique-me. Em inglês.
Achei um link massa sobre o TalkBox. Ensina até a fazer um...
Clique-me. Em inglês.
16.4.06
A caixa que fala
Talk box é um efeito normalmente usado pra guitarra. Nada mais é que um caninho que se põe na boca e aí você pode falar, gemer, grunhir, etc. que o caninho manda esse som pro pedal propriamente dito e modula o efeito da guitarra. Dá um efeito interessante. Queria poder explicar melhor. Mas há quem já tenha feito isso.
Mas chega de falar, assistam a esse video que fica tudo mais claro. Aliás, videozinho fantástico esse, em? Pena que o moço da fita não possa ver (hehehehe)...
Mas chega de falar, assistam a esse video que fica tudo mais claro. Aliás, videozinho fantástico esse, em? Pena que o moço da fita não possa ver (hehehehe)...
12.4.06
Gosto, desgosto e mau-gosto
Não gosto de desafios.
Não gosto de coisas difíceis.
Não gosto de perseverar.
Não gosto de me gabar, embora precise, de quando em vez.
Não gosto de muitas coisas.
Não gosto quando tenho de me empenhar, mas já disse isso.
Não gosto de me repetir.
Não gosto de me repetir.
Não gosto de mentir.
Não gosto de dizer a verdade.
Por que há um verbo para mentir e não há um para "dizer a verdade"?
Talvez porque se minta muito mais. Talvez porque mentir seja mais natural que verdadar.
Não gosto dos meus neologismos.
Mentira, alguns são bons.
Não gosto de beterraba, vinagre & goiaba.
Não gosto de baixas velocidades.
Não gosto do sol.
Não gosto de areia.
Não gosto de vento.
Não gosto de ghost.
Não gosto de rimas bestas.
Gosto de piadas bilíngües.
Gosto de trema.
Gosto de mudar de assunto.
Gosto de mudar de idéia.
Não gosto de ser teimoso.
Mentira, gosto e me esforço pra isso.
Gosto de mudar de idéia pra melhor.
Não gosto de errar.
Não gosto de elogios.
Não gosto de me cuidar.
Me esforço pelo pior.
Tosco, você dirá.
Sim, mas com estilo, responderei.
E nós dois saberemos que é uma mentira.
Mas... o que é a verdade?
A verdade da vida, masaharu taniguchi.
Gosto de referências múltiplas.
Gosto de descontinuidade.
Gosto de bizarrices.
Gosto do gosto de sangue.
Gosto de tirar absorventes internos com a boca.
Gosto de chocar gratuitamente.
Gosto de palavrões.
Gosto de textos telegráficos.
Gosto de coisas que mascarem minha tosquice.
Gosto de fingir.
Não gosto de me repetir.
Não gosto de coisas difíceis.
Não gosto de perseverar.
Não gosto de me gabar, embora precise, de quando em vez.
Não gosto de muitas coisas.
Não gosto quando tenho de me empenhar, mas já disse isso.
Não gosto de me repetir.
Não gosto de me repetir.
Não gosto de mentir.
Não gosto de dizer a verdade.
Por que há um verbo para mentir e não há um para "dizer a verdade"?
Talvez porque se minta muito mais. Talvez porque mentir seja mais natural que verdadar.
Não gosto dos meus neologismos.
Mentira, alguns são bons.
Não gosto de beterraba, vinagre & goiaba.
Não gosto de baixas velocidades.
Não gosto do sol.
Não gosto de areia.
Não gosto de vento.
Não gosto de ghost.
Não gosto de rimas bestas.
Gosto de piadas bilíngües.
Gosto de trema.
Gosto de mudar de assunto.
Gosto de mudar de idéia.
Não gosto de ser teimoso.
Mentira, gosto e me esforço pra isso.
Gosto de mudar de idéia pra melhor.
Não gosto de errar.
Não gosto de elogios.
Não gosto de me cuidar.
Me esforço pelo pior.
Tosco, você dirá.
Sim, mas com estilo, responderei.
E nós dois saberemos que é uma mentira.
Mas... o que é a verdade?
A verdade da vida, masaharu taniguchi.
Gosto de referências múltiplas.
Gosto de descontinuidade.
Gosto de bizarrices.
Gosto do gosto de sangue.
Gosto de tirar absorventes internos com a boca.
Gosto de chocar gratuitamente.
Gosto de palavrões.
Gosto de textos telegráficos.
Gosto de coisas que mascarem minha tosquice.
Gosto de fingir.
Não gosto de me repetir.
Pobremas
Às vezes, quero que as coisas se resolvam por si só. às vezes, não. Fato que nunca quero resolvê-las por mim mesmo.
Pensamento
Se não fosse eu mesmo, gostaria de ser outra pessoa.
Opções
Acabou a cerveja. O que leva a uma encruzilhada:
- buscar outra cerveja;
- partir pro uísque;
- partir pra vódega;
- ir dormir;
- parar de viadagem e escrever algo de útil.
Aroma
Tá uma fedentina do cão aqui de onde escrevo.
Não sei se sou eu, o ambiente ou ambos.
Sou um pouco claustrofóbico. Gosto de janelas abertas para que o ar possa circular.
Talvez seja só a minha paranóia.
Definitivamente não é a cerveja quente & choca que bebo.
É um cheiro diferente. Porque de cerveja eu entendo.
Não sei se sou eu, o ambiente ou ambos.
Sou um pouco claustrofóbico. Gosto de janelas abertas para que o ar possa circular.
Talvez seja só a minha paranóia.
Definitivamente não é a cerveja quente & choca que bebo.
É um cheiro diferente. Porque de cerveja eu entendo.
Novas referências
Apareceu-me por aqui.
Cliquei, li, adicionei, etcoetera e tal.
Mas não comentei. Ainda...
Cliquei, li, adicionei, etcoetera e tal.
Mas não comentei. Ainda...
Inimigos recônditos
Vai-se a primeira pomba despertada.
Lembram-se dessa, do Raimundo Corrêa?
Ora, direis, ouvir estrelas certo perdeste o senso.
E Olavo Bilac?
Se lembrarem de algum verso do Alberto de Oliveira me falem que eu posto.
Nunca gostei dos parnasianos, mas tenho que assumir que os dois primeiros fizeram algumas várias coisas que são muito, muito boas. Já o terceiro, recordo-me apenas dos sonetos (obviamente) Vaso chinês e Vaso grego. Na verdade, pus as pombas do RC (não o rei) porque este eu queria pôr na íntegra. É foda demais.
Lembram-se dessa, do Raimundo Corrêa?
Ora, direis, ouvir estrelas certo perdeste o senso.
E Olavo Bilac?
Se lembrarem de algum verso do Alberto de Oliveira me falem que eu posto.
Nunca gostei dos parnasianos, mas tenho que assumir que os dois primeiros fizeram algumas várias coisas que são muito, muito boas. Já o terceiro, recordo-me apenas dos sonetos (obviamente) Vaso chinês e Vaso grego. Na verdade, pus as pombas do RC (não o rei) porque este eu queria pôr na íntegra. É foda demais.
Mal Secreto
raimundo corrêa
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
Sem título
Há mais de dois dias sóbrios.
Hora de cortar os pulsos?
Na vertical, como bem me alertou uma amiga.
Hora de cortar os pulsos?
Na vertical, como bem me alertou uma amiga.
Relacionamento
Primeiro ela veio com o papo de casar.
Aceitei.
Depois ela veio com o papo de ter filhos.
Aceitei.
Então ela teve a idéia de separar.
Aceitei.
Agora ela me quer como amante.
Não sei se mantenho a dignidade ou meu pau dentro das calças.
Aceitei.
Depois ela veio com o papo de ter filhos.
Aceitei.
Então ela teve a idéia de separar.
Aceitei.
Agora ela me quer como amante.
Não sei se mantenho a dignidade ou meu pau dentro das calças.
Lapso
A viagem havia sido ótima. A não ser pelo longo intervalo de tempo entre ir e voltar.
Scrap
Lembro-me muito bem da Guerra dos Sem Ânus. Meu companheiro de batalhão foi peidar e explodiu. Uma tristeza só. Queria poder dizer que aquela guerra foi uma merda mas, na verdade, ela passou longe disso.
Advogado,
after Pessoa
O doutor é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que o outro sente.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que o outro sente.
11.4.06
mais dissonância & ruídos
as músicas contemporâneas
Quando se pensa no já finado século XX a primeira idéia que nos vem à cabeça, muitas vezes, é de um século de guerras, mortes & torturas, calamidades. O que não deixa de ser verdade, sob diversos aspectos. Essa é uma leitura chavão, quase. Mas o século XX também foi de grande inventividade e criatividade em diversas outras áreas. Na música, por exemplo, foi o período que mais viu estilos e linguagens surgir.
Enquanto, até meados do século XIX, os estilos iam se moldando ao longo dos anos e, uma vez consolidados, perduravam por centenas de anos, no século passado isso cessa de maneira quase abrupta: uma profusão de novas técnicas e artefatos entraram em questão. O avanço da tecnologia, a invenção de instrumentos musicais eletrificados, a superação de tabus e cânones musicais, tudo isso contribuiu para essa miríade sonora que foi o século XX.
É relativamente claro que um estilo que supera outro se supõe uma atualização daquele. Na linguagem musical foi assim, também. Em meios de 1800 o Romantismo já havia atingido a maturidade musical. Mas os compositores mais jovens buscavam algo que não fosse a austeridade das composições de gente como Schumann, Saint-Saens ou Liszt. Eles buscavam uma nova expressão, que não remetesse necessariamente aos sentimentos humanos. Algo que comunicasse, mas não que conduzisse as sensações.
Na busca desse algo novo, Claude Debussy, em 1894, termina sua obra para orquestra “Prélude à l’après-midi d’um faune”, de características impressionistas, que fogem àquela “imposição” musical dos românticos, tornando as notas musicais mais diáfanas, indefinidas, por meio de notas mais longas que “escorregam” até a próxima (glissandos). Já Igor Stravinski, ainda na década de 1910, chocou o público com a primeira audição de sua “Sagração da primavera”, em que questionava, ainda mais que Debussy, as instituições musicais do período. Talvez ele estivesse à frente do seu tempo. Ou, como costuma acontecer, o público não conseguiu acompanhar o esgotamento do estilo.
Mas quem deu o passo decisivo e determinante na música do século XX foi Arnold Schoenberg. Ele desenvolveu um sistema composicional , que, curiosamente, ele defendia como uma evolução natural do modo tonal, conhecida por dodecafonismo, em que considerando-se cada uma das doze notas (daí seu nome) com que trabalha a música ocidental, uma determinada nota só pode ser repetida após todas as outras onze terem soado. Esse sistema, que rompe totalmente com a estrutura de tensão-relaxamento que se estabeleceu e vigorou por mais de 400 anos, era por demais estranho nos meios em que circulou. Gerou repúdio quase generalizado do público.
Mas, no que concerne aos compositores, foi um estímulo e tanto. Particularmente um de seus amigos & seguidores, Anton Webern, foi quem mais avançou esse método no sentido de dar musicalidade e fluência a ele. Ele evoluiu a dodecafonia àquilo que foi chamado de composição serial. Basicamente a mesma coisa, mas estabelece séries de repetições e inversões das notas originais.
Mas foi mesmo após a II Guerra Mundial que se deu a explosão de estilos. Com a destruição da Europa, o caos econômico e o “vácuo” pessoal deixados pelo conflito, os compositores não conseguiam mais se alinhar a composições convencionais. Foi um momento de reinvenção da música, favorecida por essa desilusão com a cultura que levou à guerra e pelo desenvolvimento de novas tecnologias (como a fita magnética, o gravador).
De posse disso, os compositores passaram a incorporar esses elementos na música. Além disso, o ruído -a urbanização crescente que se sucedeu à guerra- se tornou som aceitável, um passo além das dissonâncias propostas por Schoenberg. Além do ruído, o silêncio aparece como elemento de comunicação (nesse contexto, John Cage foi o grande gênio).
Enquanto, até meados do século XIX, os estilos iam se moldando ao longo dos anos e, uma vez consolidados, perduravam por centenas de anos, no século passado isso cessa de maneira quase abrupta: uma profusão de novas técnicas e artefatos entraram em questão. O avanço da tecnologia, a invenção de instrumentos musicais eletrificados, a superação de tabus e cânones musicais, tudo isso contribuiu para essa miríade sonora que foi o século XX.
É relativamente claro que um estilo que supera outro se supõe uma atualização daquele. Na linguagem musical foi assim, também. Em meios de 1800 o Romantismo já havia atingido a maturidade musical. Mas os compositores mais jovens buscavam algo que não fosse a austeridade das composições de gente como Schumann, Saint-Saens ou Liszt. Eles buscavam uma nova expressão, que não remetesse necessariamente aos sentimentos humanos. Algo que comunicasse, mas não que conduzisse as sensações.
Na busca desse algo novo, Claude Debussy, em 1894, termina sua obra para orquestra “Prélude à l’après-midi d’um faune”, de características impressionistas, que fogem àquela “imposição” musical dos românticos, tornando as notas musicais mais diáfanas, indefinidas, por meio de notas mais longas que “escorregam” até a próxima (glissandos). Já Igor Stravinski, ainda na década de 1910, chocou o público com a primeira audição de sua “Sagração da primavera”, em que questionava, ainda mais que Debussy, as instituições musicais do período. Talvez ele estivesse à frente do seu tempo. Ou, como costuma acontecer, o público não conseguiu acompanhar o esgotamento do estilo.
Mas quem deu o passo decisivo e determinante na música do século XX foi Arnold Schoenberg. Ele desenvolveu um sistema composicional , que, curiosamente, ele defendia como uma evolução natural do modo tonal, conhecida por dodecafonismo, em que considerando-se cada uma das doze notas (daí seu nome) com que trabalha a música ocidental, uma determinada nota só pode ser repetida após todas as outras onze terem soado. Esse sistema, que rompe totalmente com a estrutura de tensão-relaxamento que se estabeleceu e vigorou por mais de 400 anos, era por demais estranho nos meios em que circulou. Gerou repúdio quase generalizado do público.
Mas, no que concerne aos compositores, foi um estímulo e tanto. Particularmente um de seus amigos & seguidores, Anton Webern, foi quem mais avançou esse método no sentido de dar musicalidade e fluência a ele. Ele evoluiu a dodecafonia àquilo que foi chamado de composição serial. Basicamente a mesma coisa, mas estabelece séries de repetições e inversões das notas originais.
Mas foi mesmo após a II Guerra Mundial que se deu a explosão de estilos. Com a destruição da Europa, o caos econômico e o “vácuo” pessoal deixados pelo conflito, os compositores não conseguiam mais se alinhar a composições convencionais. Foi um momento de reinvenção da música, favorecida por essa desilusão com a cultura que levou à guerra e pelo desenvolvimento de novas tecnologias (como a fita magnética, o gravador).
De posse disso, os compositores passaram a incorporar esses elementos na música. Além disso, o ruído -a urbanização crescente que se sucedeu à guerra- se tornou som aceitável, um passo além das dissonâncias propostas por Schoenberg. Além do ruído, o silêncio aparece como elemento de comunicação (nesse contexto, John Cage foi o grande gênio).
ander_laine adora ruídos
em off: ficou muito pior do que eu esperava. Quando ia começar a falar do que realmente gosto -coisas como minimalismo, microtonalismo, música concreta, eletrônica, ruidagens- acabou meu espaço. Odeio ter que contextualizar. Continuem com a dissonante saga de fraldas GERIÁTRICAS, onde nada é contextualizado.
Invenções
Não sei se já disse isso por aqui.
Ainda bem que inventaram o uísque. Senão, eu ia ter que inventar e ficaria uma bosta.
Ainda bem que inventaram o uísque. Senão, eu ia ter que inventar e ficaria uma bosta.
Obviedades
É impressionante a quantidade de bobagem que se lê por aqui.
10.4.06
Jogos
O ruído da tranca da porta se fechando foi a epifania de que não precisava. Sabia bem demais da minha situação para ter um insight daqueles. Mas, no fundo, não me acovardava porque, afinal, eu tinha sido o responsável por tudo aquilo que agora deveria (com sentido de dever, mesmo) encarar. Cumprir, mais corretamente. Sempre posso alegar para os mais superficiais, ingênuos & imbecis, que só me comportava daquele modo por influência etílica dos oito gin-tônicas que orbitavam minha cabeça (a essa altura já um tanto obesa). Mas, não. Não os suponho superficiais, ingênuos OU imbecis. Não vou usar a velha tática e dizer que estava bêbado demais para responder por mim ou dominar meus atos. Até porque eu NÃO estava bêbado demais. Bem, ao menos não tanto quanto eu gostaria. A verdade é que eu realmente quis fazer aquilo. Talvez (e digo isso sem saber de fato) o álcool apenas tenha me dado aquele élan que faltava, embora duvide muito dessa hipótese.
O clique da tranca é o gatilho da narrativa. Depois a câmera roda, torna-se subejtiva e o que eu vejo é o que vocês vêem. E eu me vejo tracado no quarto. Não tenho medo, muito embora minha visão -e a câmera- tremam. Aqui, sim, efeito da bebida da rainha. É um quarto árido, sem muitos móveis. Decoração acentuadamente cafona. Temática. Imita um rancho de filmes de espaguete-uésterne. O pior mesmo é a roda de diligência pendurada acima da cama, com cada um de seus sulcos & vãos preenchidos por lascas de espelhos bizotados. Fato que isso gera um reflexo bastante esquisito: fragmentado, desconexo & descontínuo e muito deformado.
A cama é dura, o que me revolta um pouco pois me tinham dito que ela era guarnecida com colchões d'água. Até mesmo me cobraram a mais por isso. Não que me importe com o dinheiro que gastei. Não sou perdulário nem esbanjador (muito embora já tenha sido confundido com opulento e esnobe. É, confesso que sou esnobe) mas realmente não me preocupava o dinheiro. De qualquer maneira, ele havia sido bem empregado. O que sufocava um pouco era a colcha de veludo bordô, toda pregueada ao longo da borda cama. Redonda, obviamente. Veludo me incomoda. Não gosto do tato e acho quente demais. Para um dia de verão como aquele, veludo era visivelmente a última opção para quem escolhesse qualquer tecido para qualquer atividade. Mas, no quarto, era a única opção. A não ser, é claro, que despojássemos a cama de qualquer coberta.
A moça ainda me olha assustada. Acho que ela teme ou por sua integridade física ou por sua higiene e sua moral cristã bem moldada. Talvez ela ainda não tenha entendido o que quero com ela aqui. Ela mantém os braços cruzados à frente dos seios, como se quisesse protegê-los de meus olhos incisivos e penetrantes. Não a olho nos olhos nunca. Nunca. Não é pra isso que estamos aqui. Contato visual dessa natureza pode fazê-la perceber minha real índole. Não posso permitir tal coisa.
A vadia é bem-feita. Seios fartos, redondos. Não me pareceram caídos quando ela dançava, só de calcinha e sutiã, no palco, poucos momentos antes de trazê-la para essa espelunca. Aliás, já estava na espelunca. E ela é a epítome do lugar. A melhor de todas. Boa, sim. Boa mesmo. Tem coxas grossas e roliças. Sua vagina marca sua calcinha e deixa ver o rasgo de sua vulva por baixo da lycra vagabunda que veste. A calcinha é grande demais para a função que a moça cumpre. Seus cabelos são longos, molhados como os cabelos de qualquer puta economicamente ativa. Levemente cacheados. Pretos, bem pretos. O que constrasta bem com sua tez quase translúcida. Imagino que seus pentelhos sejam negros e grossos. Vastos. Perco algum tempo, enquanto a olho de cima a baixo demoradamente, imaginando que formato os pentelhos assumem por trás daquela calcinha enorme. Sempre acreditei que a forma dos pêlos pubianos de uma mulher definem seu caráter. Mas nunca consegui associar nenhuma forma a algum comportamento específico.
Eu mando e ela se despe com agilidade. Muita agilidade, por sinal. Eu peço que ela se sente numa cadeira que estava perto da privada. Era uma dessas cadeiras de plástico. Confesso que me arrependi de ter pedido isso a ela, mas só vi o nível de imundície do móvel depois que ela se sentou. Peço pra que ela abra as pernas o máximo possível. Quero olhar bem de perto seu sexo. Não quero tocá-lo, beijá-lo ou possuí-lo. Sim, quero fazer tudo isso, mas não. Apenas olho. Apenas admiro. Peço que ela se toque. Quero vê-la se masturbando pra mim.
Ela não entende o pedido de imediato. Olha-me com aquela cara de quem diz "putaquepariu, outro doente filhadaputa". Eu insisto e peço que ela me diga constantemente no que está pensando enquanto se toca. Ela não consegue fugir do clichê de dizer que pensa no meu "pau grosso duro e louco pra me foder a boceta".
Ela estava indo bem. Eu a interrompo e peço que esqueça que isso é um programa. Ela será paga de qualquer jeito. Aliás, ela JÁ foi paga. Peço a ela que me conte sinceramente o que gosta de pensar quando se masturba.
Ela recomeça e agora ela entende o jogo. Ela me conta de seu namorado. Mas só consegue gozar quando pensa no ex-marido. Aliás, ela só conseguia gozar quando trepava com ele. Quando ele a deixou, para tentar compensar a perda, tornou-se puta: queria ver se conseguia gozar com algum outro cara. Ainda não conseguiu; está na profissão há mais de três anos. É jovem, ainda. Não mais que vinte e cinco.
Quando ela acaba de me contar essa história, percebo que vai gozar. Eu seguro sua mão e começo a acariciar seu clitóris. Ela goza ruidosamente. Digo, em seguida, que ela ainda não gozou com outro homem.
Nesse momento ela me reconhece. Eu evito olhar nos olhos dela. Ela começa a balbuciar qualquer coisa, mas eu já tinha saído do quarto. Enquanto pagava novamente pelo programa, ouvi um choro baixinho vindo do quarto. Ela recebeu dobrado por esse programa e nós nunca mais nos vimos.
O clique da tranca é o gatilho da narrativa. Depois a câmera roda, torna-se subejtiva e o que eu vejo é o que vocês vêem. E eu me vejo tracado no quarto. Não tenho medo, muito embora minha visão -e a câmera- tremam. Aqui, sim, efeito da bebida da rainha. É um quarto árido, sem muitos móveis. Decoração acentuadamente cafona. Temática. Imita um rancho de filmes de espaguete-uésterne. O pior mesmo é a roda de diligência pendurada acima da cama, com cada um de seus sulcos & vãos preenchidos por lascas de espelhos bizotados. Fato que isso gera um reflexo bastante esquisito: fragmentado, desconexo & descontínuo e muito deformado.
A cama é dura, o que me revolta um pouco pois me tinham dito que ela era guarnecida com colchões d'água. Até mesmo me cobraram a mais por isso. Não que me importe com o dinheiro que gastei. Não sou perdulário nem esbanjador (muito embora já tenha sido confundido com opulento e esnobe. É, confesso que sou esnobe) mas realmente não me preocupava o dinheiro. De qualquer maneira, ele havia sido bem empregado. O que sufocava um pouco era a colcha de veludo bordô, toda pregueada ao longo da borda cama. Redonda, obviamente. Veludo me incomoda. Não gosto do tato e acho quente demais. Para um dia de verão como aquele, veludo era visivelmente a última opção para quem escolhesse qualquer tecido para qualquer atividade. Mas, no quarto, era a única opção. A não ser, é claro, que despojássemos a cama de qualquer coberta.
A moça ainda me olha assustada. Acho que ela teme ou por sua integridade física ou por sua higiene e sua moral cristã bem moldada. Talvez ela ainda não tenha entendido o que quero com ela aqui. Ela mantém os braços cruzados à frente dos seios, como se quisesse protegê-los de meus olhos incisivos e penetrantes. Não a olho nos olhos nunca. Nunca. Não é pra isso que estamos aqui. Contato visual dessa natureza pode fazê-la perceber minha real índole. Não posso permitir tal coisa.
A vadia é bem-feita. Seios fartos, redondos. Não me pareceram caídos quando ela dançava, só de calcinha e sutiã, no palco, poucos momentos antes de trazê-la para essa espelunca. Aliás, já estava na espelunca. E ela é a epítome do lugar. A melhor de todas. Boa, sim. Boa mesmo. Tem coxas grossas e roliças. Sua vagina marca sua calcinha e deixa ver o rasgo de sua vulva por baixo da lycra vagabunda que veste. A calcinha é grande demais para a função que a moça cumpre. Seus cabelos são longos, molhados como os cabelos de qualquer puta economicamente ativa. Levemente cacheados. Pretos, bem pretos. O que constrasta bem com sua tez quase translúcida. Imagino que seus pentelhos sejam negros e grossos. Vastos. Perco algum tempo, enquanto a olho de cima a baixo demoradamente, imaginando que formato os pentelhos assumem por trás daquela calcinha enorme. Sempre acreditei que a forma dos pêlos pubianos de uma mulher definem seu caráter. Mas nunca consegui associar nenhuma forma a algum comportamento específico.
Eu mando e ela se despe com agilidade. Muita agilidade, por sinal. Eu peço que ela se sente numa cadeira que estava perto da privada. Era uma dessas cadeiras de plástico. Confesso que me arrependi de ter pedido isso a ela, mas só vi o nível de imundície do móvel depois que ela se sentou. Peço pra que ela abra as pernas o máximo possível. Quero olhar bem de perto seu sexo. Não quero tocá-lo, beijá-lo ou possuí-lo. Sim, quero fazer tudo isso, mas não. Apenas olho. Apenas admiro. Peço que ela se toque. Quero vê-la se masturbando pra mim.
Ela não entende o pedido de imediato. Olha-me com aquela cara de quem diz "putaquepariu, outro doente filhadaputa". Eu insisto e peço que ela me diga constantemente no que está pensando enquanto se toca. Ela não consegue fugir do clichê de dizer que pensa no meu "pau grosso duro e louco pra me foder a boceta".
Ela estava indo bem. Eu a interrompo e peço que esqueça que isso é um programa. Ela será paga de qualquer jeito. Aliás, ela JÁ foi paga. Peço a ela que me conte sinceramente o que gosta de pensar quando se masturba.
Ela recomeça e agora ela entende o jogo. Ela me conta de seu namorado. Mas só consegue gozar quando pensa no ex-marido. Aliás, ela só conseguia gozar quando trepava com ele. Quando ele a deixou, para tentar compensar a perda, tornou-se puta: queria ver se conseguia gozar com algum outro cara. Ainda não conseguiu; está na profissão há mais de três anos. É jovem, ainda. Não mais que vinte e cinco.
Quando ela acaba de me contar essa história, percebo que vai gozar. Eu seguro sua mão e começo a acariciar seu clitóris. Ela goza ruidosamente. Digo, em seguida, que ela ainda não gozou com outro homem.
Nesse momento ela me reconhece. Eu evito olhar nos olhos dela. Ela começa a balbuciar qualquer coisa, mas eu já tinha saído do quarto. Enquanto pagava novamente pelo programa, ouvi um choro baixinho vindo do quarto. Ela recebeu dobrado por esse programa e nós nunca mais nos vimos.
Dolores
A minha dor não é maior que a sua.
A minha dor não é mais importante que a sua.
A minha dor não é mais profunda que a sua.
A minha dor não me maltrata tanto quanto a sua.
A minha dor não é mais antiga que a sua.
A minha dor não é mais dilacerante que a sua.
A minha dor não me estupra tanto quanto a sua.
A minha dor não é sua.
A minha dor é você.
A minha dor não é mais importante que a sua.
A minha dor não é mais profunda que a sua.
A minha dor não me maltrata tanto quanto a sua.
A minha dor não é mais antiga que a sua.
A minha dor não é mais dilacerante que a sua.
A minha dor não me estupra tanto quanto a sua.
A minha dor não é sua.
A minha dor é você.
Honestidade
Sinceramente?
Não me importa mais.
Sinceramente?
Você não me importa mais.
Sinceramente?
Minto descaradamente.
Mas não aqui, é claro.
Não me importa mais.
Sinceramente?
Você não me importa mais.
Sinceramente?
Minto descaradamente.
Mas não aqui, é claro.
Botelha
Adoro essas pequenas surpresas que às vezes aparecem para nós.
Hoje, após longo tempo, entro na cozinha e me deparo com uma garrafa nova.
Verde, cilíndrica, de volume equivalente a um litro. Quarenta por cento.
E, no rótulo, estampados os dois melhores amigos do homem.
Como diria o poeta, os cachorrinhos engarrafados
Hoje, após longo tempo, entro na cozinha e me deparo com uma garrafa nova.
Verde, cilíndrica, de volume equivalente a um litro. Quarenta por cento.
E, no rótulo, estampados os dois melhores amigos do homem.
Como diria o poeta, os cachorrinhos engarrafados
7.4.06
Quero
Detalhe que as garrafas são Guinness.
Coisa pra connoiseur
Coisa pra connoiseur
Fim de semana
O churras promete.
Só diretoria.
Com os cumprimentos do formando.
Só diretoria.
Com os cumprimentos do formando.
Incompetência
Pulei.
Caí.
Queria ter morrido.
Vivi.
Pulei de novo.
Não caí.
Queria ter vivido.
Não morri.
Caí.
Queria ter morrido.
Vivi.
Pulei de novo.
Não caí.
Queria ter vivido.
Não morri.
Coisas
Nada que me contenta
Tudo que me escapa
Algo que me desafio
Algo que me foge
Qualquer coisa que fica
Outra cosa que vai
Um que quer
Outro que reclama
E, nessa dicotomia paradoxal, seguimos em frente
Sempre pra trás
Em círculos
Tudo que me escapa
Algo que me desafio
Algo que me foge
Qualquer coisa que fica
Outra cosa que vai
Um que quer
Outro que reclama
E, nessa dicotomia paradoxal, seguimos em frente
Sempre pra trás
Em círculos
Nerd
Nossa.
Descobri isso hoje. Nem sabia que existia, tava procurando outra coisa. E apareceu. Uma pérola....
Descobri isso hoje. Nem sabia que existia, tava procurando outra coisa. E apareceu. Uma pérola....
6.4.06
Traços traiçoeiros
Tinha sido das piores apresentações da minha vida. Daquelas noites em que nada colabora. Você não se sente confiante, o público, além de parco, não se empolga com nada do que você fala ou diz e, pra tornar tudo mais crítico, o dono da casa diz que vai atrasar o seu pagamento semanal.
Tudo que eu queria era encontrar algum lugar em que pudesse faturar algum. Pelo menos pra pagar pelas cervejas que eu precisava consumir. O problema era que naquela hora só havia uma meia dúzia de botecos pés-de-chinelo abertos. Nenhum lugar onde realmente valesse a pena entrar.
Só podia fazer isso mesmo: ir pra casa e dormir, fingir que o péssimo dia tinha sido um sonho ruim e nada mais. Mas não podia suportar a idéia de voltar pra casa sem me embriagar primeiro. A tormenta que me aguardava em casa era muito maior que o dano figadal que me proporcionaria.
Não, nenhum dos botecos meia-boca estavam abertos. Nada. Talvez um mercado 24 horas pudesse me fornecer o álcool necessário. Mas esquecia-me de que não tinha dinheiroe que jamais poderia bancar uma lata de cerva que fosse.
Retornei angustiado ao lar e, quando entro na sala a primeira coisa que encontro é uma garrafa de uísque nacionalizado fechada. Provavelmente presente a um de meus comparsas.
Preciso terminá-la antes que alguém acorde.
Tudo que eu queria era encontrar algum lugar em que pudesse faturar algum. Pelo menos pra pagar pelas cervejas que eu precisava consumir. O problema era que naquela hora só havia uma meia dúzia de botecos pés-de-chinelo abertos. Nenhum lugar onde realmente valesse a pena entrar.
Só podia fazer isso mesmo: ir pra casa e dormir, fingir que o péssimo dia tinha sido um sonho ruim e nada mais. Mas não podia suportar a idéia de voltar pra casa sem me embriagar primeiro. A tormenta que me aguardava em casa era muito maior que o dano figadal que me proporcionaria.
Não, nenhum dos botecos meia-boca estavam abertos. Nada. Talvez um mercado 24 horas pudesse me fornecer o álcool necessário. Mas esquecia-me de que não tinha dinheiroe que jamais poderia bancar uma lata de cerva que fosse.
Retornei angustiado ao lar e, quando entro na sala a primeira coisa que encontro é uma garrafa de uísque nacionalizado fechada. Provavelmente presente a um de meus comparsas.
Preciso terminá-la antes que alguém acorde.
Internet
É cada uma que a gente acha...
Cuidado! Esse link é muito, muito trash. Eu disse MUITO TRASH mesmo. Veja bem , você conhece o meu gosto duvidoso.
Cuidado! Esse link é muito, muito trash. Eu disse MUITO TRASH mesmo. Veja bem , você conhece o meu gosto duvidoso.
Mudança de planos
Acho que vou mudar o tema.
Para pornografia bizarra.
Para pornografia bizarra.
5.4.06
Cheio de tudo
Era a hora de dormir. Mas não tinha sono. Aliás, não tinha nada. Nem sono nem fome nem sede nem tesão nem cansaço nem ânimo nem tédio. Nada. Era tudo um vazio. Talvez chei de coisas. Era, de fato, um vazio completamente cheio de coisas. Nenhuma delas boas, no entanto. Mas, confortava-me saber que não era tão oco quanto imaginava.
Ainda que mal-preeenchido.
No fundo, sabia que estava cheio de tudo e vazio de nada.
Com todas as mútiplas possibilidades que se abrem nisso.
Ainda que mal-preeenchido.
No fundo, sabia que estava cheio de tudo e vazio de nada.
Com todas as mútiplas possibilidades que se abrem nisso.
Psiu
Às vezes, à noite, quando estou sozinho, gosto de ouvir o silêncio. Perceber suas nuances, suas sutilezas. Gosto de me apeerceber de seus detalhes, aqueles pequenos ruídos que o violam. Mas então, de repente, minha mente me perturba e rompe esse silêncio todo. Ela começa a falar comigo e tudo se esvai. E só me resta essa aporrinhação personalíssima.
Hoje tem pestade
Um raio rasga o céu.
Um rasgo raia o céu.
Um risco, arraia no céu.
Azul, chiaro-scuro.
Dicotomias maniqueístas.
Nada além da chuva.
Um rasgo raia o céu.
Um risco, arraia no céu.
Azul, chiaro-scuro.
Dicotomias maniqueístas.
Nada além da chuva.
4.4.06
Gênio
Nada compelxo demais, só uma intuição, no entanto.
Claro que tudo deu errado e o plano -pouco complexo- foi por água abaixo.
Claro que tudo deu errado e o plano -pouco complexo- foi por água abaixo.
3.4.06
Orkut
Devia ter entrado antes de sair.
Sem título
Tinha um texto muito bom, daqueles que esclarecem diversas coisas. Tava prontinho, muito bem estruturado e argumentado. Só faltava digitar. Aí eu espirrei e as idéias saíram do lugar.
Casual
Ela chegou perto e sorriu. Sorriu um sorriso lindo e iluminado.Seu decote sorriu junto. Ela queria saber qualquer coisa sobre uma coisa qualquer. Lembro-me de ter respondido algo de que não me lembro, mas que foi, definitivamente, satisfatório. O sorriso em seu rosto se alargou e tudo pareceu não ter mais importância. Ela continuou falando e seu decote seguia concordando e dando chancela a tudo que ela dizia. O que quer que fosse.
Ao menos eu conseguira parar de encarar sua roupa. Olhava-o, o decote, ainda, de soslaio, como se, tímido, buscasse algum conforto em olhar para o chão. Tentava, de todos os modos, encontrar um meio de fazê-la se abaixar pois, tinha certeza, não usava sutiã. E, pelo sorriso de seu decote, ele cederia. Tinha certeza de que ele não resistiria a me mostrar um mamilo -ou dois- se a moça de fato se abaixasse.
O trabalho foi árduo. Infelizmente não consegui fazê-la se abaixar. O decote, em dado momento, saiu de cena e deu lugar a um par de peitos daqueles que insistem em renegar solenemente a lei da gravidade. Pena que seu nome me esquece. Lembro-me bem de sua roupa...