<$BlogRSDUrl$>

11.4.06

mais dissonância & ruídos
as músicas contemporâneas 


Quando se pensa no já finado século XX a primeira idéia que nos vem à cabeça, muitas vezes, é de um século de guerras, mortes & torturas, calamidades. O que não deixa de ser verdade, sob diversos aspectos. Essa é uma leitura chavão, quase. Mas o século XX também foi de grande inventividade e criatividade em diversas outras áreas. Na música, por exemplo, foi o período que mais viu estilos e linguagens surgir.

Enquanto, até meados do século XIX, os estilos iam se moldando ao longo dos anos e, uma vez consolidados, perduravam por centenas de anos, no século passado isso cessa de maneira quase abrupta: uma profusão de novas técnicas e artefatos entraram em questão. O avanço da tecnologia, a invenção de instrumentos musicais eletrificados, a superação de tabus e cânones musicais, tudo isso contribuiu para essa miríade sonora que foi o século XX.

É relativamente claro que um estilo que supera outro se supõe uma atualização daquele. Na linguagem musical foi assim, também. Em meios de 1800 o Romantismo já havia atingido a maturidade musical. Mas os compositores mais jovens buscavam algo que não fosse a austeridade das composições de gente como Schumann, Saint-Saens ou Liszt. Eles buscavam uma nova expressão, que não remetesse necessariamente aos sentimentos humanos. Algo que comunicasse, mas não que conduzisse as sensações.

Na busca desse algo novo, Claude Debussy, em 1894, termina sua obra para orquestra “Prélude à l’après-midi d’um faune”, de características impressionistas, que fogem àquela “imposição” musical dos românticos, tornando as notas musicais mais diáfanas, indefinidas, por meio de notas mais longas que “escorregam” até a próxima (glissandos). Já Igor Stravinski, ainda na década de 1910, chocou o público com a primeira audição de sua “Sagração da primavera”, em que questionava, ainda mais que Debussy, as instituições musicais do período. Talvez ele estivesse à frente do seu tempo. Ou, como costuma acontecer, o público não conseguiu acompanhar o esgotamento do estilo.

Mas quem deu o passo decisivo e determinante na música do século XX foi Arnold Schoenberg. Ele desenvolveu um sistema composicional , que, curiosamente, ele defendia como uma evolução natural do modo tonal, conhecida por dodecafonismo, em que considerando-se cada uma das doze notas (daí seu nome) com que trabalha a música ocidental, uma determinada nota só pode ser repetida após todas as outras onze terem soado. Esse sistema, que rompe totalmente com a estrutura de tensão-relaxamento que se estabeleceu e vigorou por mais de 400 anos, era por demais estranho nos meios em que circulou. Gerou repúdio quase generalizado do público.

Mas, no que concerne aos compositores, foi um estímulo e tanto. Particularmente um de seus amigos & seguidores, Anton Webern, foi quem mais avançou esse método no sentido de dar musicalidade e fluência a ele. Ele evoluiu a dodecafonia àquilo que foi chamado de composição serial. Basicamente a mesma coisa, mas estabelece séries de repetições e inversões das notas originais.

Mas foi mesmo após a II Guerra Mundial que se deu a explosão de estilos. Com a destruição da Europa, o caos econômico e o “vácuo” pessoal deixados pelo conflito, os compositores não conseguiam mais se alinhar a composições convencionais. Foi um momento de reinvenção da música, favorecida por essa desilusão com a cultura que levou à guerra e pelo desenvolvimento de novas tecnologias (como a fita magnética, o gravador).

De posse disso, os compositores passaram a incorporar esses elementos na música. Além disso, o ruído -a urbanização crescente que se sucedeu à guerra- se tornou som aceitável, um passo além das dissonâncias propostas por Schoenberg. Além do ruído, o silêncio aparece como elemento de comunicação (nesse contexto, John Cage foi o grande gênio).


ander_laine adora ruídos


em off: ficou muito pior do que eu esperava. Quando ia começar a falar do que realmente gosto -coisas como minimalismo, microtonalismo, música concreta, eletrônica, ruidagens- acabou meu espaço. Odeio ter que contextualizar. Continuem com a dissonante saga de fraldas GERIÁTRICAS, onde nada é contextualizado.

sACal
---
LegAL
ooooo
000
OOOOO
bmw placa bmw
001
piada
ouro
002
sarcasmo
frenar
003
irreverência
dourado
004
cerveja
swarowsky
005
gonzo
light
006
sexo
hipocrisia
007
ruído
silicone
008
magrelas
assepsia
009
objetos promocionais
publicidade
010
ironia
celebridade
011
coleções
indecisão
012
bong
cagüetagem
013
silêncio
caga-regrice
014
bolachas de chope
maniqueísmo
015
contradição
lentidão
016
fogo
conteúdo pago
017
imdb
marketing
018
gibi
beterraba
019
coxinha
autoritarismo
020
subversão
burrice
021
objetos etílicos
a polícia
022
the police
reality show
023
ímãs de geladeira
veadinhos
024
porquinhos
03 pês
025
03 bês
enlatado
026
música
rotina
027
férias
comedimento
028
palavrão
analfabetismo
029
trema e circunflexo
sem texto
030
contexto
responsável
031
vagabundo
sol
032
sombra
comida congelada
033
larica
ética
034
estética
estética
035
ética
hierarquia
036
insubordinação
direita
037
esquerda
absoluto
038
relativo
verdade
039
mentira
súbito
040
subtil
certo
041
erado
imitação
042
verossimilhança
insetos
043
lagartixas
canibais
044
canabis
tucanos
045
qualquer coisa
especulação
046
ocupação
rigor
047
vigor
barbaridades
048
barbarismos
royalties
049
domínio público
banho
050
banheira
boa idéia
051
cachaça de verdade
micro$oft
052
software livre
evangelização
053
ejaculação
convencional
054
experimental
quente
055
frio
paróquia
056
paródia
dicotomia
057
pluralidade
cópia
058
plágio
hímen
059
hífen
monarca
060
menarca
camisinha
061
pílula
o normal
062
anormal
esotérico
063
exótico
hesitar
064
exitar
chuvão
065
chavão
hesitação
066
exaltação
puritano
067
putanheiro
remédios
068
depressão
erótico
069
pornô
indies
070
índios
desafio
071
desafino
trauma
072
trema
kurt cobain
073
dave grohl
drogas
074
entorpecentes
o dia todo
075
todo dia
i
111
I
zz
222
ZZ
incenso
420
marofa
sssss
555
SSSSS
dEus
666
diAbo
colírio
743
óculos escuros
zu3b
999
odAib
arde
MAS
cura
ser
NÃO
ser
1024x768
PIX
800x600
softcore
XXX
hardcore