25.4.06
Um dia
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou uma coca e fechou.
Sentou no sofá, tirou os sapatos e deitou.
Tomou a coca, mudou os canais e dormiu.
Acordou suado, tirou a camisa e deitou-se.
Sonhou com os anjos, sofreu de polução noturna e acordou.
Tomou banho, lavou as orelhas e barbeou-se.
Aprumou o terno, endireitou a gravata e calçou os sapatos.
Tomou café, comeu pão velho e saiu.
Ficou preso no trânsito, xingou o prefeito e atrasou-se.
Brigou com o chefe, perdeu a cabeça e o emprego.
Entrou no bar, duas cervejas, um uísque e pouca gorjeta.
Ligou o carro, acelerou e roletou os faróis.
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou cervejas e fechou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Relutou, mudou de idéia e capitulou.
Abriu a gaveta, pegou a arma e destravou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Mudou de canais, tomou cervejas e decidiu.
Apontou a tela, contraiu o dedo e disparou.
Sorriu, gargalhou e chorou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Falhou, errou e engatilhou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Acertou, sangrou, morreu.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou uma coca e fechou.
Sentou no sofá, tirou os sapatos e deitou.
Tomou a coca, mudou os canais e dormiu.
Acordou suado, tirou a camisa e deitou-se.
Sonhou com os anjos, sofreu de polução noturna e acordou.
Tomou banho, lavou as orelhas e barbeou-se.
Aprumou o terno, endireitou a gravata e calçou os sapatos.
Tomou café, comeu pão velho e saiu.
Ficou preso no trânsito, xingou o prefeito e atrasou-se.
Brigou com o chefe, perdeu a cabeça e o emprego.
Entrou no bar, duas cervejas, um uísque e pouca gorjeta.
Ligou o carro, acelerou e roletou os faróis.
Destrancou a porta, girou a maçaneta e entrou.
Acendeu a luz, abriu a cortina e ligou a tevê.
Abriu a geladeira, pescou cervejas e fechou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Relutou, mudou de idéia e capitulou.
Abriu a gaveta, pegou a arma e destravou.
Sentou no sofá, tomou cervejas e pensou.
Mudou de canais, tomou cervejas e decidiu.
Apontou a tela, contraiu o dedo e disparou.
Sorriu, gargalhou e chorou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Falhou, errou e engatilhou.
Apontou a cabeça, contraiu o dedo e disparou.
Acertou, sangrou, morreu.