5.6.06
Infância nerd
Bem, acho que não preciso dizer o que vou dizer. Mas vou dizer mesmo assim: tornei-me um viciado no YouTube. Fato primeiro. Talvez a maior diversão seja ficar procurando coisas bizarras.
Hoje achei uma porrada de coisas que me remetaram imediatamente à infância. É foda ser filho único de pais superprotetores: passei boa parte da infância vendo tevê. Bom, contribuiu pra que eu ficasse assim. Ainda bem que agora podemos reviver isso tudo.
Vamos falar das coisas na ordem em que achei (que é a ordem que fui me lembrando). Só vou falar aqui dos tokusatsu, que na época nós, os garotos, chamávamos simplesmente de séries japonesas. Adorava essas séries, praticamente todas que passaram por aqui. Talvez seja influência do sangue que corre por algumas de minha veias, talvez seja o gene da nerdice ou talvez eu seja muito otário, mesmo.
Fato é que eu passava horas assistindo a todas essas séries. E agora vou tergiversar sobre as que eu mais gostava. E ainda, pra fazer o gancho com o YouTube, já que comecei falando dele, vou presenteá-los com as aberturas dessas séries.
Interlúdio
Vou ao banheiro enxugar uma lágrima de emoção.
Fim do interlúdio
O fantástico Jaspion é um marco, um divisor de águas. Ponto pacífico, acredito que não preciso dizer muito a respeito.
O Esquadrão Relâmpago Changeman foi, durante anos, meu grande fetiche. Queria de qualquer modo ser o Change Griffon (nem sei se é assim que escreve) que, à época achava que era Gripon (só fui descobrir o grifo, criatura mitológica, anos depois). Além disso era apaixonado pela Sayaka, que era a Change Mermaid (claro que você se lembra dela).
Também era apaixonado por diversas outras celebridades, como a Gigi do Bambalalão, mas isso não importa. Fato é que Changeman marcou demais minha vida e minhas brincadeiras de moleque na hora do recreio. Claro que marcou de maneira totalmente fútil porque nada disso faz a menor diferença agora. Curioso é que nunca me questionei que o "chefe" dos Changeman, o Sargento Ibuki, não era nem mesmo oficial. O cara era um nada e mandava nos heróis. Fodão, né? Ah, bom, deve ser porque ele era extraterrestre.
Flashman também era bem legal, lembro-me que tinha até o relógio de brinquedo. Gosto das sutis diferenças entre as histórias: Changeman eram soldados que foram "contaminados" por uma força especial-espacial, Flashman eram crianças raptadas da Terra e levadas para outros planetas e voltavam, 20 anos depois.
O que eu gostava mesmo do Flashman é que, além da bazuca (que, aqui pra nós, era muito mais mixuruca que a Power Bazuca dos Changeman, sem falar no tiro cor de arco-íris que, vendo à distância, traz uma conotação outra) cada um tinha uma arma especial na forma humana e, quando transformados, uma respectiva muito mais poderosa, é claro. Não me lembro de todas, mas o GreenFlash tinha um soco-inglês e um par de luvas, a YellowFlash tinha umas bolinhas que explodiam, acho que o RedFlash tinha uma espada. Enfim, era legal.
Goggle Five não era muito conhecido, acho. Passava na Bandeirantes. Aliás, na Band só passavam os mais alternativos, os bons eram mesmo os da finada Manchete. Goggle Five era bizarro, não gostava muito, na verdade, mas vou falar deles aqui pela bizarrice. Era um dos poucos (o único de que me lembro) em que o personagem amarelo não era uma mulher, mas um gordinho bobo.
Esse era, de longe, o seriado mais brega de todos, já que os heróis, quando transformados, possuiam um tipo de cachecol, que ficava pendurado pra fora da máscara. Bizarrice sem precedentes. E eles não tinha bazuca, cada um pegava uma arma especial (mais uma vez, não me lembro de todas, só do amarelo, que era uma bola) e assim eles matavam o monstro. Na verdade, eram todos acrobatas. suas armas eram aparelhos de ginástica olímpica...
Ah, e não tinha um ser como o Gyodai que fazia os monstros crescerem, não. O chefão do mal (talvez fosse uma chefona, em?) enviava do planeta deles um robô gigante do monstro e um raio, que ressuscitava o monstro. Aí ele entrava no robô e o controlava. E isso era particularmente ridículo porque, para cada membro do robô, havia uma cordinha que o monstro controlava com seus membros equivalentes. Imaginem a dancinha bizarra.
Outra diferença das outras séries é que, na hora de formar o robozão dos heróis (normalmente é um avião, um helicóptero e um tanque) eles não entravam de casal e o vermelho sozinho. Não, não. Aqui, só o vermelho, o preto e o azul tinham veículos o amarelo e a rosa ficavam na nave-mãe fazendo sabe-se lá o que. Sexo não era porque o gordinho sempre me pareceu assexuado (e na época eu não tinha mais de nove anos).
Maskman passou já no fim da Manchete. Era legal porque tinha umas coisas de meditação e eu gostava particularmente da transformação. Não sei se você se lembra, mas eles davam um pulão e passavam por uma "parede de luz" da cor de cada um e, assim que a atravessavam, estavam transformados. O final era legal, também: tinha duas pessoas fazendo uma cama-de-gato (aquela do fio) que brilahva. Achava bonito. Ah, e tinha um bando de moleques que ficavam meio que meditando pra ajudá-los. E o chefe meditava junto, aí ele suava pra caramba, maior clima...
E tinha o Cybercops, também, que eu adorava. Talvez um pouco por falta de opção. Mentira, mas fato é que já tinha visto todos os Jaspion, Changeman, Flashman e Jiraya. E além disso, passava às seis da tarde, no Clube da Criança (nessa época quem apresentava era a gostosa da Pat Beijo, outra das minhas paixões juvenis. Muito melhor que a Chucha e a Anjélica. Juntas.), o que me dava motivo pra assistir. Gostava da série. Tinha um visu diferntão, era filmado em beta e não em película e tinha já uns efeitos digitais. Toscos, é verdade. Mas gostava muito dessa série. E eram só quatro caras, só mais pra frente o Lúcifer, que era do mal, passou a ajudar os caras. Mas não era do grupo que nem o Ranger Branco, que virou o sexto Power Ranger. E a mina não virava robô. Cada um tinha uma arma, as armas vinham em maletas pelo esgoto, massa demais.
E agora não me lembro de mais nenhum de grupo (dos que gostava, claro). Então vou falar dos heróis solo. Eu já falei do Jaspion, mas não tem mais o que falar. Acho que do Jiraya e do Jiban vocês se lembram bem. Tinha dois outros, muito toscos mas engraçados.
O primeiro é Metalder, cópia descarada do Jaspion. Percebam que até a apresentação é parecida. Só que ele era o andróide e a mina, a humana. O legal desse é que não tem robozão e o monstro não morre no fim do episódio. O chefão do mal fica numa nave e escolhe um monstro pra cada episódio. E depois eles voltam pra nave. Era legal ver que os mesmos monstros estavam lá em outros episódios (um bom continuista, você vai pensar).
E o outro -cuidado, esse é muito tosco mesmo e eu gostava de verdade. Via todos os dias- é o Machine Man. Um nerdão, bobão, de óculos que pega um telefone, abre-o, fala e se transforma. Isso sem falar que o grilo falante dele é uma bola de beisebol que voa (!!!). Ah, e sem falar na capinha transparente que ele usava. O que eu achava legal é que, qualquer que fosse o veículo que ele fosse usar, ele apenas fazia uma posição (sempre a mesma, é claro) e aparecia um contorno brilhante do veículo e ele VIRAVA o veículo. Entendeu, Machine Man, ahn, ahn? Outra coisa bacana é que esse era o único dos robóticos que mostrava uma parte do corpo: a mandíbula do cara fica à mostra quando ele está transformado.
O legal de ver esse monte de coisa na seqüência é ver que é tudo igual, mesmo. Depois você fala que japa é tudo igual e eles (nós) ficam (os) bravos. É fato. Repare que sempre tem a cena do robozão ao fundo e, meio que separando a tela, um barranco e os heróis parados com explosões coloridas atrás deles. Só no caso do Metalder que não é o robozão (que não há), mas o chefão do mal.
E eu até agora não me conformo que escrevi um texto desse tamanho sobre um assunto tão banal. Pior você, que leu tudo até aqui. Não, brincadeira. O pior mesmo foi que eu não disse metade do que gostaria.
De brinde, como prêmio de consolação, a abertura do seriado japonês do Homem-Aranha. E, calma, não se desespere, tem um robozão, sim. Mas nunca vi essa. Só li a respeito e, por acaso, encontrei...
Claro que há muitos outros: Lion Man, Spielvan, Sharivan, Patrini, Winspector, Kamen Rider RX, Black Kamen Rider, Ultraman Tiga, Power Rangers... mas desses eu não gostava.
Hoje achei uma porrada de coisas que me remetaram imediatamente à infância. É foda ser filho único de pais superprotetores: passei boa parte da infância vendo tevê. Bom, contribuiu pra que eu ficasse assim. Ainda bem que agora podemos reviver isso tudo.
Vamos falar das coisas na ordem em que achei (que é a ordem que fui me lembrando). Só vou falar aqui dos tokusatsu, que na época nós, os garotos, chamávamos simplesmente de séries japonesas. Adorava essas séries, praticamente todas que passaram por aqui. Talvez seja influência do sangue que corre por algumas de minha veias, talvez seja o gene da nerdice ou talvez eu seja muito otário, mesmo.
Fato é que eu passava horas assistindo a todas essas séries. E agora vou tergiversar sobre as que eu mais gostava. E ainda, pra fazer o gancho com o YouTube, já que comecei falando dele, vou presenteá-los com as aberturas dessas séries.
Interlúdio
Vou ao banheiro enxugar uma lágrima de emoção.
Fim do interlúdio
O Esquadrão Relâmpago Changeman foi, durante anos, meu grande fetiche. Queria de qualquer modo ser o Change Griffon (nem sei se é assim que escreve) que, à época achava que era Gripon (só fui descobrir o grifo, criatura mitológica, anos depois). Além disso era apaixonado pela Sayaka, que era a Change Mermaid (claro que você se lembra dela).
Também era apaixonado por diversas outras celebridades, como a Gigi do Bambalalão, mas isso não importa. Fato é que Changeman marcou demais minha vida e minhas brincadeiras de moleque na hora do recreio. Claro que marcou de maneira totalmente fútil porque nada disso faz a menor diferença agora. Curioso é que nunca me questionei que o "chefe" dos Changeman, o Sargento Ibuki, não era nem mesmo oficial. O cara era um nada e mandava nos heróis. Fodão, né? Ah, bom, deve ser porque ele era extraterrestre.
Flashman também era bem legal, lembro-me que tinha até o relógio de brinquedo. Gosto das sutis diferenças entre as histórias: Changeman eram soldados que foram "contaminados" por uma força especial-espacial, Flashman eram crianças raptadas da Terra e levadas para outros planetas e voltavam, 20 anos depois.
Goggle Five não era muito conhecido, acho. Passava na Bandeirantes. Aliás, na Band só passavam os mais alternativos, os bons eram mesmo os da finada Manchete. Goggle Five era bizarro, não gostava muito, na verdade, mas vou falar deles aqui pela bizarrice. Era um dos poucos (o único de que me lembro) em que o personagem amarelo não era uma mulher, mas um gordinho bobo.
Esse era, de longe, o seriado mais brega de todos, já que os heróis, quando transformados, possuiam um tipo de cachecol, que ficava pendurado pra fora da máscara. Bizarrice sem precedentes. E eles não tinha bazuca, cada um pegava uma arma especial (mais uma vez, não me lembro de todas, só do amarelo, que era uma bola) e assim eles matavam o monstro. Na verdade, eram todos acrobatas. suas armas eram aparelhos de ginástica olímpica...
Ah, e não tinha um ser como o Gyodai que fazia os monstros crescerem, não. O chefão do mal (talvez fosse uma chefona, em?) enviava do planeta deles um robô gigante do monstro e um raio, que ressuscitava o monstro. Aí ele entrava no robô e o controlava. E isso era particularmente ridículo porque, para cada membro do robô, havia uma cordinha que o monstro controlava com seus membros equivalentes. Imaginem a dancinha bizarra.
Outra diferença das outras séries é que, na hora de formar o robozão dos heróis (normalmente é um avião, um helicóptero e um tanque) eles não entravam de casal e o vermelho sozinho. Não, não. Aqui, só o vermelho, o preto e o azul tinham veículos o amarelo e a rosa ficavam na nave-mãe fazendo sabe-se lá o que. Sexo não era porque o gordinho sempre me pareceu assexuado (e na época eu não tinha mais de nove anos).
E tinha o Cybercops, também, que eu adorava. Talvez um pouco por falta de opção. Mentira, mas fato é que já tinha visto todos os Jaspion, Changeman, Flashman e Jiraya. E além disso, passava às seis da tarde, no Clube da Criança (nessa época quem apresentava era a gostosa da Pat Beijo, outra das minhas paixões juvenis. Muito melhor que a Chucha e a Anjélica. Juntas.), o que me dava motivo pra assistir. Gostava da série. Tinha um visu diferntão, era filmado em beta e não em película e tinha já uns efeitos digitais. Toscos, é verdade. Mas gostava muito dessa série. E eram só quatro caras, só mais pra frente o Lúcifer, que era do mal, passou a ajudar os caras. Mas não era do grupo que nem o Ranger Branco, que virou o sexto Power Ranger. E a mina não virava robô. Cada um tinha uma arma, as armas vinham em maletas pelo esgoto, massa demais.
E agora não me lembro de mais nenhum de grupo (dos que gostava, claro). Então vou falar dos heróis solo. Eu já falei do Jaspion, mas não tem mais o que falar. Acho que do Jiraya e do Jiban vocês se lembram bem. Tinha dois outros, muito toscos mas engraçados.
E o outro -cuidado, esse é muito tosco mesmo e eu gostava de verdade. Via todos os dias- é o Machine Man. Um nerdão, bobão, de óculos que pega um telefone, abre-o, fala e se transforma. Isso sem falar que o grilo falante dele é uma bola de beisebol que voa (!!!). Ah, e sem falar na capinha transparente que ele usava. O que eu achava legal é que, qualquer que fosse o veículo que ele fosse usar, ele apenas fazia uma posição (sempre a mesma, é claro) e aparecia um contorno brilhante do veículo e ele VIRAVA o veículo. Entendeu, Machine Man, ahn, ahn? Outra coisa bacana é que esse era o único dos robóticos que mostrava uma parte do corpo: a mandíbula do cara fica à mostra quando ele está transformado.
O legal de ver esse monte de coisa na seqüência é ver que é tudo igual, mesmo. Depois você fala que japa é tudo igual e eles (nós) ficam (os) bravos. É fato. Repare que sempre tem a cena do robozão ao fundo e, meio que separando a tela, um barranco e os heróis parados com explosões coloridas atrás deles. Só no caso do Metalder que não é o robozão (que não há), mas o chefão do mal.
De brinde, como prêmio de consolação, a abertura do seriado japonês do Homem-Aranha. E, calma, não se desespere, tem um robozão, sim. Mas nunca vi essa. Só li a respeito e, por acaso, encontrei...
Claro que há muitos outros: Lion Man, Spielvan, Sharivan, Patrini, Winspector, Kamen Rider RX, Black Kamen Rider, Ultraman Tiga, Power Rangers... mas desses eu não gostava.
em off: post editado segundo idéias do Cyranose de Bergeraca. Até que o bobão tem idéias boas, de quando em vez. Se isso fosse um seriado japa, você veria escrito aqui o que aparecia, no fim de cada episódio, no canto inferior direito da tela, a palavra tsuzuku, que signfica "continua". Então, continuem agora com a saga de fraldas GERIÁTRICAS. Tentando salvar a Terra e lutando pra conseguir um robozão.