21.7.05
Aquarela, de Toquinho
Aliás, era sobre isso que eu queria falar, exatamente.
Quando eu era pequeno, bem pequeno, mesmo -imaginem que o disco é de 1983- eu passava muito tempo na casa do meu tio. E ele sempre punha, junto com outros clássicos como Índia, esse disco pra tocar. Na verdade, não sei se era esse disco todo ou só a música, mas enfim, pra essa história não faz a menor diferença. E, na contra capa, tinha uma aquarela do próprio Toquinho que, por causa do bigode, sempre achei que fosse meu tio. Hoje meu tio tirou o bigode e dizem -quer dizer, me disseram- que agora ele parece o Marco Nanini. Enfim...
Meu tio sempre me punha pra dormir com essa música. E eu ficava prestando muita atenção nela, achava linda e bastante infantil. Gostava muito. Mas o final era foda...
A hora em que tudo começava a descolorir era muito triste... tudo que ele tinha feito perdia a cor e, conseqüentemente, a vida. Tudo, ele cantava a música inteira, acrescentando um "que descolorirá' depois de cada verso.
Até hoje, quando ouço a música, tenho que controlar minha melancolia.
Bem, agora vocês podem clicar aqui nesse link e descobrir como essa animação lidou com o inevitável fim de tudo. Controle-se. Se conseguir.