14.6.05
Pileque
Seus olhos injetados pediam mais. Àquela altura, já era tarde para querer controlar seus vícios. Embora não conseguisse desviar os olhos da tela, a vontade de beber e de se embriagar era maior.
Levantou-se e foi até a cozinha, a exatamente oito passos de onde se encontrava. Quando retornou, percebeu o quanto seus movimentos haviam sido mal calculados: o ator gozara e o filme já estava em outra cena de sexo. O que, na verdade, era uma pena: a atriz era anterior era muito mais agradável ao olhar; essa era comum, ele próprio já havia pegado coisa melhor. Mas até que gostava do que via, embora achasse aquela posição meio desconfortável. Definitivamente, não faria com sua namorada. Bem, ela não faria daquele jeito, declarou em seguida.
Não podia revoltar-se com a emissora pornô, afinal, o culpado era ele mesmo. Se perdera a chance de ver a chamada cum shot, aquilo fora nada mais que um erro de cálculo dele. Quando retornou da cozinha com a terceira dose de uísque e não encontrou o que esperava, o volume em sua calça declaradamente diminuiu.
Sorriu amarelamente, como sempre fazia. Era um tique, quase. Se estivesse nervoso, irritado ou desconcertado, sorria daquela maneira. A frustração em seu rosto, embora inegável, era divertida aos outros que estavam com ele, aqueles que haviam visto o final da encenação sexual. Eram todos amigos dele, mas não deixaram, por esse motivo, de rir -e muito- de sua estupidez.
E ele sabia que era ridículo ficar se queixando por esse motivo. A cada gole de uísque suas bravatas diminuíam, seu humor melhorava e sua ereção retornava. Todos na sala protestaram imediatamente quando ele declarou isso, mas ele alegou embriaguez e a "famosa perda dos filtros morais". Não adiantou, aquela confissão fora por demais pesada e, para os outros, broxante.
A primeira coisa que o dono da casa fez foi trocar de canal. Não poderia -nem queria- correr o risco de encontrar um rastro de esperma alheio no espelho do banheiro. Só a imagem mental disso o arrepiava: era ele quem teria de limpar. Recomendou ao amigo explícito que bebesse seu uísque em paz e deixasse a masturbação para mais tarde, quando estivesse a salvo em seu próprio quarto. O amigo excitado aceitou, tomou o resto da dose de um gole e levantou-se. Saiu e nenhum dos outros soube como aquela história acabou.
Levantou-se e foi até a cozinha, a exatamente oito passos de onde se encontrava. Quando retornou, percebeu o quanto seus movimentos haviam sido mal calculados: o ator gozara e o filme já estava em outra cena de sexo. O que, na verdade, era uma pena: a atriz era anterior era muito mais agradável ao olhar; essa era comum, ele próprio já havia pegado coisa melhor. Mas até que gostava do que via, embora achasse aquela posição meio desconfortável. Definitivamente, não faria com sua namorada. Bem, ela não faria daquele jeito, declarou em seguida.
Não podia revoltar-se com a emissora pornô, afinal, o culpado era ele mesmo. Se perdera a chance de ver a chamada cum shot, aquilo fora nada mais que um erro de cálculo dele. Quando retornou da cozinha com a terceira dose de uísque e não encontrou o que esperava, o volume em sua calça declaradamente diminuiu.
Sorriu amarelamente, como sempre fazia. Era um tique, quase. Se estivesse nervoso, irritado ou desconcertado, sorria daquela maneira. A frustração em seu rosto, embora inegável, era divertida aos outros que estavam com ele, aqueles que haviam visto o final da encenação sexual. Eram todos amigos dele, mas não deixaram, por esse motivo, de rir -e muito- de sua estupidez.
E ele sabia que era ridículo ficar se queixando por esse motivo. A cada gole de uísque suas bravatas diminuíam, seu humor melhorava e sua ereção retornava. Todos na sala protestaram imediatamente quando ele declarou isso, mas ele alegou embriaguez e a "famosa perda dos filtros morais". Não adiantou, aquela confissão fora por demais pesada e, para os outros, broxante.
A primeira coisa que o dono da casa fez foi trocar de canal. Não poderia -nem queria- correr o risco de encontrar um rastro de esperma alheio no espelho do banheiro. Só a imagem mental disso o arrepiava: era ele quem teria de limpar. Recomendou ao amigo explícito que bebesse seu uísque em paz e deixasse a masturbação para mais tarde, quando estivesse a salvo em seu próprio quarto. O amigo excitado aceitou, tomou o resto da dose de um gole e levantou-se. Saiu e nenhum dos outros soube como aquela história acabou.
ander_laine é o dono da casa