26.1.05
Breve suspiro de um romance fadado ao fracasso
Ela não era exatamente bonita, mas era o que ele podia bancar. Ele também não era exatamente virgem, mas era mais punheteiro que comedor. Desde que ela entrara no carro o garoto tremia. De leve, quase imperceptivelmente, mas tremia. Suas mãos mal seguravam o volante. E ele insistia que era frio. Ela, obviamente, fingiu que acreditou e, na verdade, desacreditou que aquele garoto semi-virgem tivesse uma carteira de motorista.
Ela não pôde conter o riso quando ele quase bateu o carro na entrada do motel. Ele tremeu, apenas. Entregou os documentos ao porteiro -um velho conhecido da moça, ex-cliente. Dela, não dele, como se vê- e embarcou na microvaga do estabelecimento.
Fechou a porta. Abriu, cinco minutos depois. Saiu do quarto indignado. Não podia aceitar que aquela puta fumasse depois do programa.
Ela não pôde conter o riso quando ele quase bateu o carro na entrada do motel. Ele tremeu, apenas. Entregou os documentos ao porteiro -um velho conhecido da moça, ex-cliente. Dela, não dele, como se vê- e embarcou na microvaga do estabelecimento.
Fechou a porta. Abriu, cinco minutos depois. Saiu do quarto indignado. Não podia aceitar que aquela puta fumasse depois do programa.