26.8.04
Diálogo
-Nossa, que espelunca!
-Desculpa, gatinha, mas é o que eu posso pagar...
-Você tá maluco? Nunca que eu fico num lugar desses! Olha só pra isso... olha essa renda na colcha... e esse plissé na cortina? Desculpa, bem, mas papel de parede imitando árvore não dá...
-Mas... a gente veio aqui pra quê? Quando a gente apagar as luzes, você nem vai ver...
-O quê? Apagar as luzes? Pirou de vez? Tá louco, é isso? Apagar a luz e deixar esse monte de insetos, baratas e ratos livres e imperceptíveis??? Nem morta!
-Mas...
-"Mas" nada! Me leva daqui! Agora!
-Mas eu já paguei...
-Foda-se, japa gay é um oriental viado... vamo embora!
-Mas eu economizei o mês inteiro pra te trazer aqui...
-Pois, da próxima vez -se houver, é claro-, economiza por dois meses e me leva num lugar decente.
-Mas eu não tenho muitas condições... meu salário é mínimo, você sabe que a grana é curta...
-Bom, se você não tem grana, dá licença que há quem tenha. Eu não posso ficar perdendo meu tempo assim, com um zé-ruela como você.
-Desculpa, gatinha, mas é o que eu posso pagar...
-Você tá maluco? Nunca que eu fico num lugar desses! Olha só pra isso... olha essa renda na colcha... e esse plissé na cortina? Desculpa, bem, mas papel de parede imitando árvore não dá...
-Mas... a gente veio aqui pra quê? Quando a gente apagar as luzes, você nem vai ver...
-O quê? Apagar as luzes? Pirou de vez? Tá louco, é isso? Apagar a luz e deixar esse monte de insetos, baratas e ratos livres e imperceptíveis??? Nem morta!
-Mas...
-"Mas" nada! Me leva daqui! Agora!
-Mas eu já paguei...
-Foda-se, japa gay é um oriental viado... vamo embora!
-Mas eu economizei o mês inteiro pra te trazer aqui...
-Pois, da próxima vez -se houver, é claro-, economiza por dois meses e me leva num lugar decente.
-Mas eu não tenho muitas condições... meu salário é mínimo, você sabe que a grana é curta...
-Bom, se você não tem grana, dá licença que há quem tenha. Eu não posso ficar perdendo meu tempo assim, com um zé-ruela como você.
Ela se vira, abre a porta e recebe o primeiro talho. Na nuca. Nem bem se vira e a navalha abre uma fenda em seu abdôme. Ela tenta falar, mas o corte feito em sua jugular a faz engasgar com seu próprio sangue. Antes de abandonar o cadáver e entregar-se a polícia, ele ainda copula com o corpo. Goza ardentemente. Não ia ser uma virgem fresca que o faria desperdiçar um mês de salário.