6.1.04
Eu não consigo muito me abrir. Com ninguém, salvadas raríssimas exceções (hei, eu tou falando com você mesmo, afinal, espero que pelo menos meus amigos leiam essa porra, embora essa não seja a página do Porra...). Aí eu entro no blog e escrevo o que quero. É fácil, eu uso um pseudônimo... mas, caralho, quem lê esse blog sabe que é o meu. Então não adianta nada. Então é melhor entrar e ficar só escrevendo ficção. Mas aí o legal vai ser que eu vou poder misturar ficção com realidade e você nunca vai saber...
Sobre essa de misturar ficção e realidade, tem um filme muito legal chamado Mephisto (do diretor Istvan Szabó, com o Klaus Maria Brandauer), de 1981, em que um ator alemão (Brandauer) entra tanto na piração do personagem, o próprio Mefisto, que acaba se desligando da realidade em que vive: a alemanha nazista no auge da Segunda Guerra. E, no começo ele era oposição ao governo mas, ao longo do filme, suas aspirações políticas se vão diluindo na incorporação do personagem, culminando numa apresentação para o próprio führer. Talvez a melhor de sua vida... pronto, contei o fim do filme mas tudo bem, não é isso que importa, o legal é você ver a transformação que o personagem de Brandauer sofre ao longo do filme, as concessões pessoais que faz em detrimento de sua "arte" e a indignação que causa nas pessoas próximas a ele.
Talvez seja esse tipo de alienação, aqui no sentido marxista de afastamento, que eu esteja tentando evitar... talvez eu queira, sim, um pouco -e só um pouco- ficcionar minha vida. Talvez eu precise de um pouco mais de ação na minha vida, talvez tudo seja muito chato, talvez eu não faça nada, só fique escrevendo no blog. E olha que eu nem sou tão assíduo assim...
Na verdade, eu fantasio demais. A minha psicóloga já tinha me alertado disso e é verdade... eu sempre fico ponderando e considerando hipósteses antes de fazer as coisas... e quando as coisas dão errado -e isso acontece com certa freqüência- eu fico estipulando planos para que elas não tivessem saído da forma como sairam... eu tenho idéias ótimas e atitudes melhores ainda para evitar merdas que já aconteceram.
Será que é esse tipo de alienação que eu quero? Eu sempre tento ser algo a mais do que sou e, ainda assim, não sendo hipócrita. Como é ser eu mesmo? Quem sou eu? Essa pergunta parece aquelas adolescências imberbes e talvez seja mesmo, mas é o tipo de coisa que me aflige um pouco. Ou melhor, que me aflige de verdade.
Quem somos nós? O que estamos fazendo aqui? (Peraí, assim eu vou acabar descambando em conversa sobre ETs e OVNIs e sei lá o que mais...) Vou mudar de assunto, tenho fortes tendências depressivas e isso pode fazer mal pra mim (chega de tomar anti-depressivo, eles me brocham. De verdade...)
Sobre essa de misturar ficção e realidade, tem um filme muito legal chamado Mephisto (do diretor Istvan Szabó, com o Klaus Maria Brandauer), de 1981, em que um ator alemão (Brandauer) entra tanto na piração do personagem, o próprio Mefisto, que acaba se desligando da realidade em que vive: a alemanha nazista no auge da Segunda Guerra. E, no começo ele era oposição ao governo mas, ao longo do filme, suas aspirações políticas se vão diluindo na incorporação do personagem, culminando numa apresentação para o próprio führer. Talvez a melhor de sua vida... pronto, contei o fim do filme mas tudo bem, não é isso que importa, o legal é você ver a transformação que o personagem de Brandauer sofre ao longo do filme, as concessões pessoais que faz em detrimento de sua "arte" e a indignação que causa nas pessoas próximas a ele.
Talvez seja esse tipo de alienação, aqui no sentido marxista de afastamento, que eu esteja tentando evitar... talvez eu queira, sim, um pouco -e só um pouco- ficcionar minha vida. Talvez eu precise de um pouco mais de ação na minha vida, talvez tudo seja muito chato, talvez eu não faça nada, só fique escrevendo no blog. E olha que eu nem sou tão assíduo assim...
Na verdade, eu fantasio demais. A minha psicóloga já tinha me alertado disso e é verdade... eu sempre fico ponderando e considerando hipósteses antes de fazer as coisas... e quando as coisas dão errado -e isso acontece com certa freqüência- eu fico estipulando planos para que elas não tivessem saído da forma como sairam... eu tenho idéias ótimas e atitudes melhores ainda para evitar merdas que já aconteceram.
Será que é esse tipo de alienação que eu quero? Eu sempre tento ser algo a mais do que sou e, ainda assim, não sendo hipócrita. Como é ser eu mesmo? Quem sou eu? Essa pergunta parece aquelas adolescências imberbes e talvez seja mesmo, mas é o tipo de coisa que me aflige um pouco. Ou melhor, que me aflige de verdade.
Quem somos nós? O que estamos fazendo aqui? (Peraí, assim eu vou acabar descambando em conversa sobre ETs e OVNIs e sei lá o que mais...) Vou mudar de assunto, tenho fortes tendências depressivas e isso pode fazer mal pra mim (chega de tomar anti-depressivo, eles me brocham. De verdade...)